25: O caminho de uma criança perdida nunca foi tão árduo

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alô, bombons! att de madarugada irraaa
tenham uma boa leitura!!! 💗

[ 🍶 .*+]

Estar com Hoseok, na cafeteria, naquela hora da tarde, era estranho. Por outro lado, o mais estranho disso tudo, além de nossa relação estar um pouco embaçada, era que eu escondia meu rosto atrás do cardápio de bolos, vez ou outra alternando minha atenção para Hoseok, cujo também desviava os orbes, tornando a olhar para seu celular — que não tinha notificação nenhuma.

Fazia tempo que eu não conversava com ele. Não conseguia olhá-lo diretamente nem mesmo dá-lo um sorriso, como os que eu costumava dar. Desde aquela noite, em que eu o vi com Hyungwon, eu percebi que eles deviam estar juntos. Era como se fossem almas gêmeas; seus olhares diziam tudo o que queriam, porém, seus corpos, negavam a se aproximar um do outro, fazendo com que ambos ficassem com saudade de algo que eles deixaram para trás. Até mesmo um cego conseguia ver isso. E, o fato de eu ter me envolvido com Hoseok em um relacionamento que eu tinha medo tanto de machucá-lo quanto me machucar, tornou as coisas muito mais complicadas. Conhecer Changkyun, no meio disso tudo, também tornou minha mente uma bagunça. Eu definitivamente estava em um campo minado, contudo, mais para um lado do que para o outro. Apesar de eu brigar mais com Changkyun, quando estávamos nos conhecendo, ele acabava por me entender melhor e gerar uma conexão que eu ainda não tinha com Hoseok e que eu nunca tive com Seojun. Era certo dizer que há pessoas que entram em sua vida para lhe completar e o advogado havia conseguido esse feito em poucos dias.

Obviamente, me veio à memória que eu poderia apenas sentir-me assim porque fazia meses que não me relacionava com alguém e estaria carente. Mas o ego de Yoo Kihyun se negava a acreditar na segunda opção. Sempre fora independente, por que diabos logo agora que o advogado havia aparecido? Confrontei cada pensamento e, durante as vezes em que eu ficava aéreo, Changkyun precisava estalar os dedos na minha frente, para que eu acordasse da imersão que havia criado em minha mente. No trabalho, diga-se de passagem, ocorreu-me pelo menos uma vez na semana. Com quem eu deveria estar? Eu deveria ter um escolhido ou poderia deixar meu coração agir ao seu bel-prazer?

Conforme os dias iam se passando, estar na presença de Hoseok, aquele que sempre me foi um bom amigo, aos beijos e abraços, muitas vezes me pareceu errado. Beijá-lo era como estar nas nuvens, sim, todavia, eu não me sentia totalmente entregue aos seus toques, ao seu calor.

Respirei fundo ao abaixar a folha plastificada que se encontrava em minhas mãos, as quais suavam frio. Umedeci os lábios e engoli em seco, reunindo toda a coragem para olhar Hoseok:

— Não sei bem o que dizer agora que estamos aqui — confessei, ajeitando-me na cadeira — para falar a verdade, eu sinto que devia te pedir desculpas — Hoseok franziu o cenho — não faça essa cara — pedi, sem jeito, ao, de forma desajeitada, coçar minha nuca — não sei descrever bem o que tivemos, mas foi algo que me foi bom, Hoseok. Apesar de eu sentir que te prendi em um relacionamento incerto, devo admitir que eu gostei.

— Eu acredito que também te devo desculpas — disse o Shin.

— Não, não me deve, Hoseok. Desde o início eu fui uma onda de incertezas, com medo de te magoar e acabar me magoando durante o processo. Nós não temos culpa se nossos corações já pertencem à outras pessoas, não controlamos o que sentimos. Você sempre me disse para seguir meu coração, lembra? Foi no nosso primeiro dorama juntos — ri, um pouco envergonhado.

— Devemos dizer que ninguém é culpado, então — Hoseok sorriu — amar é algo lindo, Kihyun. Devemos nos orgulhar de amar alguém de forma tão sincera. E o fato de conseguirmos admitir, torna o sentimento ainda mais forte.

A LEI DO AMOR「 Changki 」Onde as histórias ganham vida. Descobre agora