Quebrando o gelo

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Jaqueline permaneceu em silêncio o trajeto todo, ela tinha em mente que mais cedo ou mais tarde isso aconteceria; só não esperava ser tão rápido, desde a morte do Carlos nada lhe tirava da cabeça que Chris poderia ter algo a ver com isso, afinal de contas, o motorista do carro disse que havia perdido o controle, no entanto não tinha vestígios de álcool em seu organismo. Depois ficou sabendo que Ele tinha sido solto pouco tempo depois após pagar uma fiança altíssima. O que era bem estranho, ela tentou entrar contato com o cara e ele simplesmente desapareceu da face da terra.

Sua atenção voltou para o carro, quando sentiu uma mão fria sobre a sua, ela a encarou e Bruno acariciava sua mão a confortando.

__ Tudo vai ficar bem. Estamos juntos nessa . - falou baixo sem olhá-la e o lançou um olhar neutro. Ela queria acreditar que sim, mas sabia que a realidade era bem o contrário, Cada dia que passava Jaqueline entendia o porquê Melissa o amava tanto, Bruno era um homem incrível, se ele realmente for esse homem maravilhoso que está se mostrando, é mais um sinal que ela deve ficar longe dele. Bruno não merece passar por isso, ele merece uma mulher que não tenha um passado obscuro e um maníaco perseguidor capaz de tudo para arruinar sua vida. Ele já sofreu o suficiente com a morte da Melissa ,e sua filha precisa do pai por perto. Jaqueline tinha tomado uma grande decisão, está claro que Bruno é um ótimo pai, ele pode sofrer por um tempo, mas vai superá-la, afinal esse sentimento ainda está no início. E ela tem que aproveitar que está conseguindo agindo de forma racional , porque se ficar muito tempo ao lado dele pode acabar cedendo. A única coisa que precisa é focar na sua recuperação o quanto antes.

Ao chegar em casa, Bruno levou as meninas e ajudou a desce-la, Ele a encarou com um leve sorriso confortante a qual correspondeu. Ele a colocou na cadeira de rodas e seguiram para dentro juntos.

__ Prefere ir ao quarto? Ou quer ficar na Sala?

___ Quarto. - Respondeu diretamente. Bruno a levou para o quarto, então a sentou na cama, ele se abaixou para tirar os sapatos dela e segurou sua mão, o obrigando a olhá-la.

__ Eu posso fazer isso.

__ Não disse que não podia. - Respondeu sorrindo torto e contínuo o que estava fazendo,  soltou o Ar frustrada.

__ Bruno eu não te amo. Por favor, não se iluda. - Respondeu de forma fria. __ Nada que tente fazer ,vai mudar isso. Não importa o quanto gentil e cavalheiro tente ser. - deu uma risada baixa enquanto segurava seu pé, sua mão fria queimava sobre sua pele e isso a incomodava. Ele a mirou intensamente.

___ Jaqueline, você realmente não me conhece. Não estou tentando te conquistar sendo cavalheiro e gentil, esse Sou eu, faria o mesmo por qualquer mulher nas suas condições. Entretanto, pelo tipo de homens que conheceu na vida é difícil receber cuidado sem pensar que existe segundas intenções. Eu gosto de você, mas esse não é o motivo por te tratar bem. Mesmo que não te amasse, te trataria da mesma forma, ou se esqueceu que quando caiu ao chegar aqui eu te ajudei? Mesmo com raiva eu fiz isso. Confesso que errei te julgando daquela forma, mas jamais seria capaz de feri-la de alguma forma. Isso é o mínimo que um ser humano deve fazer pelo outro. Até porque. - se levantou  e apoiou as mãos no colchão ao seu lado afundando, aproximou seu corpo do dela que encurvou para trás surpresa por sua reação repentina.

__ Você não vai demorar muito para me amar, porque apaixonada você já está. Afinal, sei que não resiste a um rostinho bonito - Abriu um sorriso branco de tirar o fôlego e a olhou com suas pupilas dilatadas, ela engoliu seco. Ele soltou uma mão deixando seu corpo se inclinar mais perto dela, seus rostos estavam praticamente colados e seus olhos presos um no outro. Sua respiração quente bateu contra seu rosto e automaticamente ela fechou os olhos esperando o beijo. " Senhor se é isso que o Senhor quer, sua filha está preparada."  - sussurrou. Porém de repente sentiu o colchão desafundar, e manteve a esperança alguns segundos. Então Abriu os olhos frustrada, Bruno estáva sentado na sua cadeira de rodas com o pé na cama de braços cruzados sorrindo descaradamente.

A verdadeira conversão.Waar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu