Buscando um sinal

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Depois de uma longa conversa que  ambas as partes, tinham aberto seus corações e revelado as chateações que lhes atormentavam no passado. Um novo recomeço surgiu para as duas naquele exato momento. Uma história não de mãe filha e sim de verdadeiras amigas se iniciava.

__ Sinto muito por tudo - Jaqueline a abraçou carinhosamente.

__ Eu também, sei que não fui uma pessoa fácil com você. Quero que saiba que nunca te odiei de verdade, no fundo, sempre fui carente de atenção e como não obtinha respostas, usava a raiva para me defender.

__Eu sei disso, mas não pense por um segundo que não te amei Sara, desde o dia que te peguei no colo me senti a pessoa mais feliz do mundo.  Só que por motivos pessoais decidi me afastar, ao invés de te ferir ainda mais, eu não estava bem comigo mesma, certamente isso fez com que me torna-se um péssima mãe para você.

__ Você pode ser minha segunda tia se quiser.-  Da de ombros. _ Ou talvez, já tenha muitas pessoas a quais buscam por sua atenção - Desviou o olhar sem graça.

__ É.. realmente eu tenho, mas não acho que você aceite perder uma boa disputa, não é?

__ Não quando a linha de chegada no caso é seu coração. 

__Então, Será um prazer. No meu coração sempre vai existir um lugar no pódio  reservado para você meu amor - Beijou sua testa e Sara sorriu abertamente.

Ao retornarem para sala, todos olharam solidários e felizes pelas duas, Bruno também de certa forma sentia o mesmo, mas certamente não queria demonstrar.

__ Já ficamos tempo demais. Jaqueline pegue as coisas da bebê e vamos para casa. - Soou severo.

Tudo era muito estranho para ele, não bastasse a surpresa de descobrir que Jaqueline é na verdade irmã do Yuri, ainda tinha que lidar com a cena ridícula de ciúmes que ocasionou na frente de todos.

__ Prontinho. Aqui estão. - Talita as entregou na sua mão, com a expressão sapeca de sempre.

__ Larga de ser Bobo!  seja feliz, e a trate como uma verdadeira Dama. Sei que sabe fazer isso como ninguém, ou vai se ver comigo - Ele sorriu torto com a expressão ameaçadora e estupidamente fofa dela.

___ Para trata-la como uma verdadeira Dama, preciso analisar primeiro se ela é mesmo uma, e quase fiquei assustado com sua ameaça senhorita..- Brincou  tocando seu nariz e a puxando para um abraço. 

__ Para poder enxergar se ela é uma Dama, precisa ter os olhos e a  sensibilidade de um cavaleiro, alguém disposto a ajuda-la, não a critica-la-  sussurrou e ele sorriu assentindo. Jaqueline viu aquilo e sempre admirou a forma como Bruno tratava Talita, ele tinha aquele ar de irmão mais novo inocente , a mesma leveza que tinha com a Melissa, mas com ela vestia a máscara de homem carrancudo que surgia das profundezas do oceano, parecia ter tido aulas com o homem de gelo que o Ricardo era.

Se despediram de todos e entraram no carro, Jaqueline segurava Esther no colo, isso fazia com que Bruno se quer olhasse na direção delas. Aceitasse ou não, ele sabia que estava envolvido com Jaqueline e Angel até certo ponto. Porque simplesmente não podia parar de vê-las todas as manhãs, tardes e noites, e no fundo talvez nem queria deixar de vê-las. O bom que por enquanto tinha a desculpa do contrato.

___ Dói tanto assim direcionar o olhar para sua filha? Interrompeu o doce silêncio dele.

__ Depende? Se ela brilhar muito - deu um sorriso sarcástico. __ Deve ter percebido que não estou nem um pouco interessado em falar sobre isso.

__ Claro, visto que minha missão é te ajudar, deveria ao menos colaborar. - retrucou afiada.

___ Esqueça Jaqueline - alertou. __Me obrigar a fazer algo que não quero, não é uma ótima maneira de começarmos. 

A verdadeira conversão.Where stories live. Discover now