Tribrida 𖥸 Shadowhunters (Concluída)

𖤝 5. Loop Infernal • Safira 𖤝

Obs: Olá amores eu vim dizer que esse sonho que a Safira teve relembrando o passado dela antes mesmo dela conhecer o instituto de NY não foi apenas colocado aqui por acaso, terá um propósito no final. Então pare de me atazanar obrigado.
(Fiquem com esse gif maravilhoso da Saf com o Magnus)

Era noite e a chuva não colaborava comigo, estava andando pelas ruas de Nova York desesperada, sangue escorria de minha testa para o meu rosto e eu carregava o corpo do Jaspen em meus braços, frio e pálido.

Minha marca de feiticeira ficou exposta, para quem quisesse ver o fracasso que eu sou como shadowhunter, feiticeira ou seelie, deixei Jaspen morrer em batalha isso é inaceitável para mim. Maldito sejam os metamorfos, juro por Raziel que vou matar todos eles!

Assim que cheguei no brooklyn fui até a boate do Magnus, eu não posso voltar até minha mãe não agora, carregando uma derrota e o sangue do meu parabatai na minha mão. Entrei na boate e ainda bem que os mundanos não tem visão passei empurrando todos eles e corri para o escritório de Magnus, deitei o corpo do Jas no sofá.

Lágrimas rolavam pelo meu rosto e vi sangue se misturar a elas, passei a manga da blusa em minha testa me limpando. Me ajoelhei ao lado do Jaspen e apoiei minha cabeça na barriga dele.

— Não pode me deixar, você não tem o direito de fazer isso. — Sussurrei baixo. — Você prometeu que nunca iria me deixar e combinamos que iriamos morrer juntos.

Meu coração não batia mais em compasso e meu corpo todo estava mole, eu não sabia se chorava ou se corria dali para nunca mais voltar. Além de carregar peso da culpa por ter trazido apenas ele e não uma equipe da Clave, também tinha me ferido. Do nada os metamorfos não eram os únicos na rua sem saída, Sharx apareceram e Eidolon uma variedade de demônios que podem mudar de forma.

Eu estava ferida mas nada comparado a Jaspen, olhei meu pulso onde minha runa parabatai estava desenhada e ela estava se esvaecendo.

— Não quero ter que dizer isso Jaspen Blackthorn, não me obrigue dizer! — Gritei com raiva carregando o ódio de ter falhado em meu tom de voz.

— O que está acontecendo, querida? — Aquele tom de voz eu conhecia e eu não queria ter que dizer a ele.

— Magnus, ele morreu... — Me virei com minha marca de feiticeira exposta.

E ele por algum motivo também tinha a marca dele exposta. Ele olhou o sofá e me encarou com piedade e pavor no olhar.

— Vou cuidar disso. — Ele caminhou até o sofá e se abaixou.

Luz de magia azul envolveu as mãos dele. Ele passou da direção da barriga onde tinha sangue por causa da ferida, até o rosto. Ele soava frio e fui até o lado dele dei a mão a ele e me juntei no feitiço de cura.

Nós dois completamos o feitiço e eu olhei minha runa ainda fraca e desbotada. Balancei a cabeça negativamente.

— Não quero ouvir. —Jas disse em um sussurro, pareceu ter tentado abrir os olhos mas se virou para o lado em que Magnus e eu estávamos.

Nossos olhos voltaram as suas cores naturais e Mag estalou o dedo um cobertor apareceu em cima do Jaspen e eu me sentei ao lado dele.

— Você não pode ficar aqui a noite toda — as mãos dele tocaram meu ombro e eu o olhei.

— É o minimo que posso fazer depois de quase ter matado ele.

— Herondales... Herondales e sua culpa... — Ele estendeu a mão pra mim me fazendo levantar.

— Eu não posso voltar com ele ferido para Clave minha mãe me julgaria até o ultimo dia da minha vida. — O olhei nos olhos.

— A Imogen não ficaria brava com você por tanto tempo assim, vem vamos para um lugar mais confortável.

Magnus moveu as mãos e abriu os braços, uma luz na velocidade de um raio envolveu a sala e quando olhei a nossa volta estávamos no apartamento dele. Jaspen agora deitado na cama e nós dois em pé na frente da mesma. Ele me apontou a porta e saímos.

Sentei no sofá da sala dele, com os dois braços apoiados no joelho, e a cara apoiada em minha mão. Magnus foi para o armário e pegou uma taça e martíni, colocou a azeitona em um palitinho e colocou na bebida em seguida.

Andou até onde eu estava e me entregou a taça, eu peguei a mesma e sorri ao ver que agora ele sentava do meu lado e tinha em mãos um copo de uísque.

— Obrigado. — Falei bebericando a bebida.

— Tudo vai se resolver e o Jaspen não vai morrer. Ele só precisa descansar. — Magnus falava de forma calma.

Segurei a mão dele e sorri assentimento.

— Devo muito a você, desde o meu primeiro treino. — O relembrei.

— Você não deve nada a mim, eu gosto de você e não me importo em ter de te ajudar. — Trocamos olhares.

— Mas sou uma shadowhunter, feiticeiro. — Disse em tom humorado.

— Uma tribida. — Magnus me corrigiu e inclinou seu corpo para o lado ficando de frente pra mim que também estava virada pra ele.

— Isso deve ser bom né? — Olhei sorrindo.

— Para mim é ótimo... — Magnus me puxou com cautela me tomou em seus braços e me beijou.

Todo o nervosismo que eu estava sentindo a pouco tinha desaparecido, e os braços reconfortantes de Magnus eram um bom lugar para esquecer de meus problemas.

Minha mão passou por volta do pescoço dele e ele segurava minha cintura delicadamente, com a outra mão ambos ainda seguravam os copos e nos afastamos ao ouvir passos.

Retomamos nosso lugar, mas o gosto das bebidas agora misturadas estava por minha boca, dei um gole no meu martíni e comi a azeitona do palitinho.

Magnus deu uma risadinha e quando olhamos para porta Jaspen estava em pé, bati o olho rapidamente em nossa runa e ela estava da cor que deveria estar.

— O que aconteceu? Por que vocês me sequestraram e me trouxeram para cá? — Ele parecia perdido.

— Minha mãe nos mandou pra uma missão, ela não achou que os shadowhunters de NY fossem dar conta sozinhos do ninho de metamorfos. Viemos juntos e não encontramos os shadowhunters daqui porém os demônios estavam lá, você se machucou... — Comecei perder a voz.

— Me machuquei mas estou bem? Ou eu estava morto?

Minha cabeça embaralhou. E eu fiquei confusa. Jaspen está vivo em minha frente?