Finalmente sábado, de qualquer forma não será um dia de descanso, precisava dar um jeito em meu apê, pois à duas semanas que não dou uma faxina naquele lugar.
Às dez horas da manhã meu celular tocou.
"Ai,como eu odeio toque de telefones! "-pensei querendo jogar aquele aparelho na parede.
— Oi. -atendi.
— Está melhor, Maria caseira? -Caio perguntou.
— Sim,mas estou com o dia cheio hoje. -falei logo, antes que começasse seu plano pra me tirar de casa.
— Vai sair com algum boy magia? -perguntou animadinho.
— Não né, tenho que dar faxina hoje. -esclareci rindo.
— Ah, só não apereço aí pra te ajudar, porque não quero estragar minhas lindas unhas. -disse gargalhando.
— Ok, Caio. Não preciso de ajuda. -falei.
— Então ta, só queria saber como estava, Tchauzinho. -despediu-se.
— Beijos. -joguei o telefone na cama.
Fiz um coque largo no cabelo e comecei arrumando a sala. Estava Realmente precisando.
Já em meu quarto, tirei uns papéis da gaveta para organiza-los. Uma lágrima foi derramada ao ter em mãos uma foto da minha família Já desconstruída.
— Porco imundo! -falei com raiva ao olhar o sorriso de meu irmão na foto. As imagens daquela manhã voltava a minha mente.
Treze anos atrás...
" — Salete me deixe tomar banho primeiro. -Matheus disse.
— Não! Estou atrasada pra aula. -respondi com minha voz de menina.
— Se adianta, garota! -ele gritou furioso.
Matheus, era meu irmão único e mais velho, nessa época, eu tinha onze anos e ele dezoito. Nunca nos demos muito bem, ele era mais infantil que eu e sempre começava as brigas mais idiotas.
Molhava meus cabelos, quando ouvi um barulho na porta, esfreguei os olhos, e me deparei com ele na minha frente, encarando meus pequenos seios.
— Nossa, irmãzinha, te olhando assim até esqueço que é nova. -falou com uma voz grave.
— Saia daqui, seu louco! -gritei.
— Você está demorando muito e ambos estamos atasados, não vejo problema em tomarmos banho juntos. -disse fingindo boa intensão.
— Claro que há problema, seu tosco, nós somos difetentes. -falei tentando esconder minha partes íntimas.
— A,cale a boca! -gritou se dispindo.
Eu tentei sair do banheiro, mas Matheus havia trancado a porta e enfiado a chave, Deus sabe onde.
Em segundos, eu tinha seu corpo colado à mim, e uma água gelada regava nossa cabeça.
Eu não era tão inocente assim , sabia muito bem o que ele queria, mas por um momento imaginei que não seria capaz de tamanha crueldade, afinal era sangue do meu sangue.
Ele passeava com seus dedos sobre meus seios.
— Me deixe sair daqui! Socorro! -gritei lhe dando um tapa no braço.
— Não tem ninguém em casa, sua idiota. E fique quieta, se o vizinho escutar, será pior pra você. -me encarou com um olhar ameaçador. Foi o suficiente pra me manter calada depois de uma frase:
— Você vai se arrepender. -falei baixo, enquanto uma lágrima se misturava com a água que caía do chuveiro.
Ele me fez gemer quando apertou com força meu peito, foi fazendo um caminho de beijos, vez ou outra, mordidas, do meu percoço até a parte mais íntima de uma mulher.
— Abra as pernas, minha queridinha. -pediu debochando.
— Não, por favor, não. -implorei.
— AGORA! -ordenou.
Eu as abrir, as qual Já tremiam. Ele fez o que queria durante longos minutos, me fazendo sentir dor.
— Pare de chorar, e agora saia daqui! -falou voltando a me olhar nos olhos.
Eu apenas o encarei com ódio. Ele segurou meu pescoço e disse:
— Se contar para alguém, eu mato você. -falou baixo. — Entendido?
— Entendido. -respondi com medo.
— Boa garota, agora se manda, vai. -sorriu satisfeito.
Eu me enrolei rapidamente à uma toalha e saí correndo daquele maldito banheiro.
Meia hora depois, eu ainda estava em meu quarto chorando, quando bateram na porta. Era ele.
— Aguarde-me até a próxima,irmãzinha. -sorriu e mandou um beijinho. "
A lembrança da minha primeira vez com aquele porco imundo, me atormentou violentamente, Meu coração pulsava descontroladamente. Devolvi aquele álbum de fotos à gaveta e me joguei na cama chorando e xingando ''meu irmão ''.
Eu preciso achar esse infeliz, vou atrás dele até no inferno se for preciso, mas não hoje, nescessito de um descanso.
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Sonhos Roubados [Completo]
RomanceSalete tem um passado traumático,teve sua infância marcada por abusos sexuais constantes. Hoje com vinte e quatro anos tem uma vida sem graça e vazia. Com isso decide procurar seu agressor, para que a justiça seja feita. No meio dessa sua dif...