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O dia amanheceu nublado em River Falls

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O dia amanheceu nublado em River Falls. O sol escondido entre as nuvens cinzas relutava para refletir os raios, não havia pássaros no céu e era possível ouvir as ondas se quebrando fortemente.

Suspirei sonolenta e estiquei meu corpo sobre o colchão macio – as cortinas amarelas se esvoaçavam conforme o vento entrava no quarto. Corri os dedos pelos meus cabelos e sentei-me sobre a cama; o ecrã do meu celular indicava que já se passavam das nove horas da manhã.

Juntei minhas pernas, levando-as para fora da cama e levantando-me em seguida. No caminho para o banheiro, deslizei o vestido vermelho de seda para fora do meu corpo, deixando-o no chão, e imediatamente entrei debaixo do chuveiro, sentindo a água quente romper minha sonolência e relaxar meus músculos.

Quando terminei toda a minha atividade matinal, segui para fora do cômodo e caminhei até a minha mala, tirando de lá uma camiseta de malha fina e um shorts jeans. Após me vestir, soltei os cabelos penteados e, quando terminei, conferi as mensagens em meu celular e caminhei até a porta, cantarolando uma música qualquer.

Segurei a maçaneta de metal dourada e a girei, e foi no momento em que a girei que eu notei alguém do lado de fora realizando o mesmo gesto que o meu, então empurrei a porta e dei um passo para trás ao ver Hero parado em frente à porta.

Seu tronco estava completamente desnudo e seu corpo era coberto apenas por uma bermuda preta de tecido fino. Os seus cabelos estavam levemente bagunçados, suas bochechas um pouco avermelhadas e ele esfregava os olhos indicando que acabara de acordar.

— Bom dia, honey bun! – um sorriso de canto preencheu seus lábios.

Os braços de Hero agarraram meu corpo, apertando-me em um abraço – sua força suspendeu-me para cima, tirando, por segundos, meus pés do chão.

— Você sabe que odeio quando me chama assim! – revirei os olhos.

O sorriso que surgiu nos lábios do homem à minha frente aqueceu meu coração, e eu retribuí o gesto sentindo minhas bochechas ganhando cor. Era esse o efeito que Hero Miller tinha sobre mim.

— Você sabe para onde as pessoas dessa casa foram? – perguntou.

Balancei a cabeça negativamente enquanto dava de ombros, meus olhos ainda presos no rosto de Hero. Olhando-o de perto, era possível notar as pequenas sardas que manchavam o seu rosto, deixando-o mais atraente. A cor sonolenta que preenchia sua bochechas começava a sumir, seus dedos longos alcançaram seus cabelos e ele os puxou para trás, em um gesto que para mim era completamente sedutor.

— Não tenho ideia, acabei de acordar. – afirmei.

Hero assentiu, dando um passo em minha direção para me tirar da frente da porta, preenchendo o quarto com a sua presença imponente. Fechei a porta e, de repente, todo o clima leve se esvaiu e a tensão preencheu o cômodo. Quando ele se voltou para mim, um vinco de preocupação estampava o seu rosto e seu maxilar estava tensionado.

Um Milhão de CoisasWhere stories live. Discover now