21 | e u - n u n c a

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"Você me salvaria quando eu estiver sozinho
Quando eu precisar do seu amor, se eu precisar da sua ajuda
Você me salvaria?"
— Rescue Me, OneRepublic.

essa música já foi? não lembro porém torço para que não.

[atualização dupla, certifique-se de que leu o capítulo anterior!]

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[atualização dupla, certifique-se de que leu o capítulo anterior!]

O corredor começa a superlotar quando o sinal toca, indicando o encerramento das aulas naquele dia. Observo, parcialmente escondido entre a escuridão de uma sala vazia, os estudantes saírem das salas de aula, loucos por uma folga. Um alívio.

Céus! Nunca quis tanto que os feriados de fim de ano chegassem. Geralmente os odeio, uma vez que eles são cheios de tradições.

E solitários.

No entanto, as provas e trabalhos, assim como a tese que está dando um trabalho tremendo, têm acabado comigo. Isso, somados com as noites preenchidas por pesadelos e, consequentemente, mal dormidas, estão me deixando esgotados.

Então sim, o Natal e Ano Novo já não me parecem tão ruins.

Meus olhos continuam vidrados no corredor, indo de lá para cá a sua procura. Estou aqui, como um lunático escondido na penumbra, desde que, após juntar as minhas coisas o mais rápido possível, eu saí da sala às pressas. Nem mesmo a hipótese de levar uma bronca da Sr. Maxwell fora o suficiente para me impedir de ir embora.

Porra de Jogo da Conexão!

Tranco a respiração assim que a vejo, sem nem perceber. É inevitável. Acho que não importa o tempo que passe, sua beleza sempre irá me fazer perder o ar.

Com a mochila pendurada em um dos ombros, a cabeça curvada para baixo e os cabelos avermelhados caindo em ondas pelas suas costas, Morgan é uma entre as dezenas de jovens presentes ali.

Mas não para mim.

Aguardo até que ela esteja perto o suficiente, e então, estico o braço, fechando a mão em seu pulso e, delicadamente, a puxando para dentro da sala escura e desocupada.

A próxima coisa que faço é fechar a porta.

Morgan não se agita, nem sequer grita. É como se ela já soubesse que eu estava bem ali, a sua espera.

Consigo visualizar alguns de seus traços conforme meus olhos se adaptam a falta de claridade; o bater dos seus cílios, o nariz arrebitado e os lábios cheios e convidativos. Meu coração pulsa descontroladamente sob o peito quando eu me aproximo ainda mais, meu tronco colando-se ao seu ao passo que minhas mãos rodeiam sua cintura, pressionando deliciosamente seu corpo contra o meu.

Two Souls Where stories live. Discover now