Dono de um sorriso torto que deixa qualquer uma de pernas bambas, um físico de tirar o fôlego e olhos penetrantes, Caleb Hughes é tido como o famoso garoto problema.
Por trás de todas as suas particularidades atraentes, no entanto, Caleb esconde to...
"Como você pôde deixar algo tão bom Ser desperdiçado e sangrar até ficar sem cor?" — One, Lewis Capaldi.
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O cheiro forte de vômito alcança as minhas narinas, causando-me certo desconforto.
Seguro os fios loiros de Aurora com uma das mãos, alisando suas costas com a outra palma à medida que seu corpo frágil convulsiona, expulsando do estômago todo o conteúdo indesejável. O líquido viscoso preenche minha lixeira.
— Quanto ela bebeu? — Indago.
— Muito — Aura responde, ocupando-se em trocar os lençóis sujos da minha cama por novos.
Franzo o nariz, pedindo para a outra gêmea – a consciente – abrir as janelas.
— E onde está o motivo dessa merda toda? — Questiono, ciente de uma ruiva me esperando no outro cômodo. — Por que não chamou ele?
A morena interrompe o que está fazendo, colocando as mãos no quadril e me lançando um olhar cético.
— Ele estava ocupado — seu tom sugestivo faz eu me calar na mesma hora.
Aurora Morris tem um problema. Dos graves. E não me refiro ao óbvio consolo que a garota encontra nas bebidas, mas sim ao seu amor platônico e irrefutável por Bryan.
Ninguém entende.
Aurora é inteligente, bonita e perspicaz. Conheço uma dúzia de caras que matariam para apresentá-la aos outros como "minha namorada".
E Bryan não faz parte dessa dúzia.
— Já terminou?
A loira ergue o pescoço para me encarar, a expressão cansada, e acena brevemente com a cabeça. Ótimo, penso. Puxo seu corpo mole para cima, ajudando-a se levantar. Ela cambaleia, os joelhos não suportando o peso do próprio corpo, e sou obrigado a passar o braço ao redor da sua cintura para evitar que a mesma caía.
Aura corre para me ajudar, amparando a irmã enquanto eu procuro algo no meu guarda-roupa para substituir o vestido sujo de Aurora.
Viro sutilmente para o lado quando a outra passa a despir a loira.
— Tem certeza de que não quer dormir aqui? — Pergunto pelo o que acho ser a segunda ou terceira vez. — Vocês podem ficar no meu quarto.
— Prefiro ir para casa — Aura me dá a mesma resposta das outras vezes.
Concordo silenciosamente.
— Pode me ajudar a levar ela até o carro?
— Claro — me prontifico no mesmo instante.
Passo o braço esquerdo de Aurora ao redor do meu pescoço. Aura faz o mesmo com o outro braço.
