Sempre seu filho

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Reyton...

Fui pra casa indignado com o que havia escutado e se não fosse pelo Ancião acho que eu nem acreditaria era provável até de eu dar uma surra no mentiroso.

Pensei até em chegar em casa e não dá um piu mas os meus nervos estava a mil! Eu queria provas do que aquele velhote disse era verdade e só uma pessoa me podia fazer acreditar...

- Pai! - Eu falo em um tom alto de voz acordando então o meu pai que dormia na mesa.

- O que meu filho o que foi o que houve? - Falava o meu pai ressaltado e preocupado.

- Você é meu pai? - Eu pergunto em um tom nervoso.

- O quê? do você está falando filho... - Interrompido.

- Você é o meu pai?! - Eu falo irritado e ele então dá um suspiro e diz.

- Não... - Ele fala em um tom triste e eu derramo uma lágrima.

- Você sabia - Eu falo tentando engolir as lágrimas.

- Filho... - Interrompido.

- Você sabia o tempo todo e nunca me disse nada! - Eu falo gritando.

- Você mentiu pra mim! - Eu continuo gritando.

- Reyton por favor deixa eu explicar - Ele tenta me acalmar.

- Você mentiu! - Eu falo dando um soco bem forte na parede fazendo machucar o meu pulso.

- Você se machucou deixa eu te ajudar - Ele fala tentando me socorrer quando eu o empurro.

- Não! eu não quero a sua ajuda eu tô bem - Eu falo orgulhoso.

- Filho por favor deixa eu esclarecer as coisas por favor - Ele fala implorando.

- Eu não quero ouvir nada eu tô farto das suas mentiras - Eu falo revoltado.

- E não me chama de filho! - Eu falo indo para o meu quarto e batendo a porta.

Eu não acreditava que o meu pai sabia e havia mentido pra mim todo esse tempo eu posso ter exagerado eu podia até deixado ele explicar mas... parte de mim realmente não queria ouvir naquele momento.
Eu só precisava....

Ficar sozinho.

Eu deitei na cama que em seguida logo quebra então sou obrigado a colocar os lençóis e o travesseiro no chão e assim pegar no sono. A miséria não ajuda em nada.

A noite logo havia virado dia e por causa desse dia eu nem havia dormido direito acordei umas 4:30 da manhã e fiquei acordado até as 7:00.
Eu já havia esfriado a cabeça e só estava terminando de forjar a minha espada que por sí já estava quase pronta.

Meu pai havia acordado e me viu então do lado de fora de casa forjando a arma.

- Reyton - Falava o meu pai um pouco desconfiado.

- Oi pai - Eu falo naturalmente.

- Podemos conversar? ou você ainda vai brigar comigo? - Falava o meu pai intimidado.

- Não, não vou não - Eu falo enquanto terminava de forjar a espada.

- Filho... Saiba que tudo o que eu fiz foi por você em nenhum momento eu te tratei com indiferença e em nenhum momento eu fui rude com você. Eu sempre quis dar do bom e do melhor pra você mas as situações não ajudaram... - Ele falava enquanto eu o ouvia.

- Eu era viúvo há 15 anos e um belo dia eu abro a porta e vejo um lindo e forte bebê embolado em um paninho branco com um sorriso no rosto. Você acha que com aquele sorriso eu não iria ser conquistado? - Ele falava dando um sorriso.

- Ellen nunca pôde ter filhos e eu sempre quis ter um para continuar o meu legado e também para cuidar dele e chamá-lo de MEU filho, mesmo sem saber de onde você veio ou quem era os seus pais eu acolhi, eu cuidei, eu amei você - Ele fala em um tom sincero.

- E seja como foi a forma que você descobriu seja por alguma foto, lembrança ou uma pessoa ter falado não importa!
Porque eu sempre vou ser o seu pai - Ele fala decidido e então coloca sua mão no meu ombro e me vira para ele.

- E você é o meu filho!
e sempre será - Ele fala com os olhos cheios de lágrimas eu dou um sorriso e o abraço.

- Eu vou ter que ir - Eu falo parando de abraçá-lo.

- Mas já? - Ele perguntava enquanto enxugava as suas lágrimas.

- Sim, eu tenho treinamento lembra? - Eu falo empolgado.

- Eu me orgulho de você filho - Ele fala com um sorriso no rosto.

- Obrigado pai - Eu falo retribuindo o sorriso.

- Então vá, vá para o seu treino e não esqueça sua espada - Ele fala em um tom imperativo.

- Pode deixar - Eu falo pegando a minha espada que já estava pronta e indo embora.

Eu então chego no campo de treinamento e hoje era o único dia que iria começar mais tarde portanto eu não tive problemas com atraso.

- As mocinhas terminaram de fazer a suas espadas? - Falava o capitão ironicamente e todos concordam.

- Ótimo! antes de tudo eu irei testar para ver a resistência da suas espadas um guerreiro não tem que ser apenas bruto mas também cuidadoso - Ele fala em um tom vaidoso.

Então de todos de um por um foram levando suas espadas para o capitão assim testá-las.
Quando o capitão pega a primeira espada a mesma se quebra quando ele decide da um golpe rápido tão rápido que eu nem sequer conseguia ver a olho nu.

- Quanta preguiça soldado essa espada precisa de mais ferro! - Ele fala repreendendo.

- Desc... - Interrompido.

- Você não se atreva a terminar esta frase - Ele fala o intimidando.

E por assim por diante o capitão continuava a testar as espadas e amaoria se quebrava ou se partia com facilidade e de todos os 18 soldados apenas 12 tinha espadas firmes e fortes.

- Quero ver a sua Reyton - Ele fala em um tom de ordem e em seguida pega a minha espada e a ergue.

- Um modelo meio brega não acha? meio... - Ele fala aplicando golpes rápidos e fortes e a espada se mantém firme e tacta mesmo com os seus golpes.

- Hmm... Bem firme a sua espada Reyton nada mal - Ele fala admirando a minha espada.

- O que adianta ter um modelo bonito e a espada então se partir assim quando se aplica um golpe? - Eu falo em um tom conformado.

- Esse é o espírito, Reyton.
Um guerreiro forte!
E inteligente - Ele fala com orgulho

- Pois bem de todos os 18 apenas 12 tiveram boas espadas não é? o restante dos 18 vão fazer novas espadas e tratem de fazer direito. Os que sobraram irão aprender a manusear as espadas - Ele fala em um tom firme.

- Prontos? então vamos lá - Ele fala motivado.


Eu nasci pronto.














A História de ReytonWhere stories live. Discover now