Capitulo Oito.

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Boa Leitura!

Capitulo Oito

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Capitulo Oito.

Hortênsia.

— Hortênsia, você está maravilhosa. — Diara expressa assim que se afasta para analisar melhor a ajudinha que me deu. Eu liguei para ela assim que voltei para o apartamento. Felizmente nós trocamos nossos números á dois dias atrás antes de nos despedirmos na embaixada venezuelana e uma companheira veio a calhar bem em um momento desses.

— É, realmente. — Concordo me analisando no espelho posto diante de mim. Aliso o vestido de lantejoulas prateadas que se afeiçoa bem ao meu corpo. Como é de frente única, um modelo que escolhi especialmente para provocá-lo, existe uma maior facilidade para retirá-lo. Posso ter me deitado apenas com uma pessoa, mas não sou nenhuma santa. Sei bem como incendiar um homem.

Meus cabelos estão lisos e presos em um rabo de cavalo alto. Na parte de cima Diara fez duas tranças que se perdem após passarem o elástico. Nós duas concordamos que esse penteado é o certo para atiçar um homem, muito embora ela não saiba de qual homem eu estou falando.

Contei apenas que terei um encontro com um canadense que reside aqui no reino por enquanto. Uma breve temporada de amor. Se ela acreditou ou não, seu rosto não transpareceu nada e ambas as duas engajamos em uma conversa sobre tudo do universo feminino.

— Valeu mesmo pela ajuda. — Agradeço. De verdade, se não fosse por ela acho que estaria um tanto perdida. Eu não tinha mesmo ninguém pra ligar. Laila e Seul estavam foram de cogitação. Além do mais, já estava sentindo falta de falar brasileiro e com Diara posso muito bem fazer isso.

— Uma mão lava a outra. Sabe como dizem. — Ela ri e caminha em direção á sua bolsa. — Agora tenho que voltar. Tenho um pouco de trabalho me esperando.

— Boa sorte, garota. — Desejo. Realmente, ela merece. Hoje estava um tanto descontraída. Tão diferente da garota vergonhosa que encontrei naquele divã preto. Diara é uma menina extrovertida e falante.

— Pode deixar. Tchau. — A acompanho até a porta e trocamos um abraço. Agora, sozinha no meu apartamento o frio que já vinha sentindo em minha barriga se intensifica. Caminho até a única cama do lugar, a minha, e me sento. Tudo está bem organizado e cheiroso, inclusive eu. Como não deu tempo de fazer nada e eu nem tenho algo assim pra gente comer, vou deixar a mercê dele o pedido da janta. Se é que ele vai querer jantar, o pensamento vil me assalta.

O importante é que depois de hoje ele vai finalmente me deixar em paz. Né? Céus, estou roendo minhas unhas! A verdade é que quando ele prometeu que iria senti meu peito apertar. É o que eu quero realmente? Que bobagem. É claro que é o que quero. Só vou fazer isso pra me ver livre dele. Como ele disse, treparei com ele só para ficar livre dos seus beijos surpresas.

O barulho da porta me desperta. Como sempre, ele entra sem bater e eu, esqueci de fechá-la.

— Hortênsia? — Sua voz faz borboletas voarem em minha barriga. Me levanto e em passos devagar entro em seu campo de vista. Está vestido com uma thobe negra que destacada sua pele bronzeada e seus olhos verdes escuros. Seus cabelos estão cobertos pelo igal, sobre o característico pano saudita, o vermelho e branco. É totalmente inesperado vê-lo assim, mas está absurdamente lindo. Delicioso. Lambo os lábios.

Príncipe Saudita.Where stories live. Discover now