Capitulo Seis.

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Vamos para o ultimo capitulo de hoje.

Abdulmajeed:




Capitulo Seis.

Hortênsia.

— Fique por perto. — Al Saud adverte assim que entramos no salão da embaixada venezuelana. Ele caminha um pouco a frente, as vestes longas em preto e dourado farfalhando em meus ouvidos mesmo com tantos murmúrios de conversas. Assim que passamos para o centro, um grupo grande de homens se movimentam e o segurança dele, um de mais ou menos a mesma idade, toma seu lado. Escuto ele sussurrar para o príncipe de que "está tudo limpo". Sem repórteres ou câmeras. É uma recepção privada e o novo diplomata está prestes a chegar, acredito eu.

Enquanto Abdulmajeed recebe quatro beijos da direita pra esquerda e aperta mãos, acabo contrariando sua ordem. O lugar é tão grande e tão bonito que resolvo dar uma escapadinha para ver mais. Saio sorrateira enquanto ele continua engolfado pelos cumprimentos e vou para o salão adjacente que igualmente está cheio de pessoas, em sua maioria mulheres. Elas olham rapidamente para mim e logo me deixam de lado, provavelmente deduzem que sou apenas uma empregada e nada demais.

Estou prestes a subir uma escada de caracol para o andar de cima quando uma mão me segura pelo ombro e me puxa com delicadeza para virar.

— Senhorita, o príncipe insiste sua presença. — O segurança está parado diante de mim, um sorriso terno em seus lábios. Emudecida, assinto e sigo-o até o salão principal novamente. Procuro Abdulmajeed com os olhos mais não o encontro. O segurança para diante de uma porta ornamentada e faz sinal para que eu entre. — Ele está te esperando.

— Obrigada. — Agradeço sua gentileza e entro no lugar. É um gabinete pessoal com paredes repletas de adesivos ornamentais, decorado com moveis polidos e rustico. A figura do meu tutor está fazendo sombra no centro do lugar, as mãos mexendo nas próprias vestes. Ele olha pra mim assim que me aproximo, os verdes de seus olhos cravando em mim.

— Você não é muito obediente. — Pondera, não sei se está contrariado ou não. — Me ajuda aqui, por favor. — Indica as suas roupas.

Vou até ele devagar, os olhos cravados em seu vestuário evitando fita-lo tão de perto. Paro na sua frente e espero suas instruções, só que elas não veem. Abdulmajeed segura meu rosto de ambos os lados e levanta minha cabeça, me fazendo encontrar seus olhos anuviados, os lábios levemente curvados em um sorriso e eu totalmente embasbacada como uma idiota.

— Sua bobinha. — Seu tom é doce, totalmente oposto do que o que estava usando comigo fora desse gabinete. Abro os lábios para falar algo e acabo dando passe livre pra ele. Seus lábios quentes cobrem o meu, meu corpo vibra com o contato, as pernas fraquejando por um breve momento. Ele enfia a língua em minha boca e eu malditamente me agarro ao seu pescoço. É inútil tentar não corresponder. Nossas línguas brincam e agora ele sabe que estou totalmente entregue. Suas duas mãos deslizam por minhas costas e me pressionam mais contra seu corpo. Céus! Isso....Ele geme contra meu lábio quando tento me afastar e me comprime novamente.

Por sorte, ele se afasta para tomar ar e me aproveito. Espalmo seu peito por cima das vestes espalhafatosas e recue três passos, o olhar preso nessa fera de olhos verdes. Ambos ensandecidos. Ele se endireita e arruma o igal em sua cabeça. Nossa, tenho que confessar que é mais bonito ainda vestido assim. É elegante e muito sensual. Puxo uma lufada de ar e também ajeito meu terninho. Em vez de permanecer em silencio, ele fala, uma pitada de ironia na voz:

— Eu conversei com um membro do Ministério do Brasil hoje, como era mesmo seu nome... — Ele agita as mãos, indicando que está tentando lembrar. E enfim, se recorda. — Ah, Senhor Souza. — Sorri, exuberante. Com dois passos pra frente, ele está novamente perto de mim. — Está tentando fugir de mim? — Paro o que estou fazendo, ciente de que Abdulmajeed está por dentro da minha conversa de mais cedo. Deixando minha roupa de lado, olho para o homem a minha frente.

Príncipe Saudita.Donde viven las historias. Descúbrelo ahora