Capitulo Dois

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Capitulo Dois

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Capitulo Dois.

Riade, Arábia Saudita.

Abdulmajeed.

Confiro meu celular pela quinta vez. Novamente é uma mensagem, e novamente, é de Mackenzie. Reviro os olhos e resmungo alto. Essa garota não aprende mesmo! O nosso relacionamento aconteceu na universidade Northeastern, quando eu estava nos Estados Unidos e precisava de alguma garota pra passar o tempo. Ela era uma gatinha fogosa e estava sempre disponível para mim, mas isso passou. Eu tenho uma vida aqui na minha terra, uma reputação a zelar e esse passado não deve ser remexido. Além do mais, Mackenzie não foi a única, apesar de nenhuma delas ser tão persistente. O seu direct me informa que está no país em uma visita de trabalho, com visto de turista e pede um encontro para a possibilidade de eu mudar seu visto para trabalho, permanente. Digito um OK em resposta e apago a tela do celular. Se ela acha mesmo que vou dar um passe livre pra ficar no meu país de bobeira com seus modos pecaminosos, está muito enganada. Só preciso que ela me deixe em paz por um momento.

Pouco depois chega outra mensagem, o endereço certamente, por isso não olho. Volto a me concentrar no programa público que tenho em minhas mãos, desenvolvido pelo meu primo Aziz, um dos mais novos e mais inteligentes Al Saud. Ele é um amante de ciência, assim como eu, e por vezes me envia seus projetos. Ano passado nós dois ganhamos um prêmio e reconhecimento pelo projeto desenvolvido com a Make a Wish, uma organização internacional com muitos membros da nossa região, inicialmente impulsionado pelos Al Maktoum dos Emirados Unidos. Muitos membros da nossa família, grande e rica, abraçaram o projeto e viram como uma forma de se redimir pela riqueza exagerada e pelas ações da mão esquerda.

Um aviso do meu secretário me faz lembrar da discipula brasileira que enviaram para mim. Como se não bastasse os problemas que tenho, agora terei que aturar uma mulher do Brasil. Recebemos um pedido irrecusável do Ministério de Relações Internacionais desse país e não pudemos recusar. Allah me ajude, e que ela ao menos seja competente. Levanto-me, estou irritadiço pela impossibilidade de ler o projeto do meu primo e pela tutela sobre a garota estrangeira, algo me diz que ela me trará muitos problemas. Saio para fora da minha sala e me dirijo até a recepção do segundo piso. De longe vejo Jafer, meu secretário, ao seu lado uma mulher pequena, os cabelos castanhos presos em um rabo de cavalo. Meus olhos descem e cravam na bunda marcada pela saia lápis bem justa, um tanto curta também, o que me agrada já que posso ver que tem pernas bem torneadas. Bom, pelo menos de trás ela é agradável de se ver. Atravesso a entrada e reparo que meu secretário oferece café á ela. Decido intervir imediatamente, acho bom já começar aniquilando qualquer contato entre ela e meus homens.

— Jafer, leve esse café pra minha sala! — Ele para abruptamente com a bandeja e olha na minha direção, a expressão um tanto confusa com a minha recente intromissão, mas logo se recompõe e se afasta. Assim que ele some pelo corredor, eu paro atrás dela. A bundinha parece mais convidativa ainda de perto. Então, ela se vira e eu levo um baque. A mulher de antes agora se transformou em uma garota, com um rosto juvenil tão diferente do corpo sensual. E que rosto! Meus olhos caem para a boquinha rosada bem carnuda e meu pau ganha vida dentro da calça. A minha família sempre foi famosa por ter homens gulosos e viris, sempre querendo ter todas as mulheres que veem pela frente. Acho que herdei muito disso. Observo seus olhos castanhos me analisando, os lábios maravilhosos se contraindo e rosno baixo. Sabia que teria dor de cabeça.

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