Capítulo 12

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Obrigada a cada um de vocês pelo retorno precioso no capítulo anterior.

Este capítulo foi totalmente reescrito porque eu estava em um momento de bloqueio total, e nada parecia ficar realmente bom. Também precisei dividi-lo em dois, e tenho a leve impressão de que vocês vão querer me matar, hahaha.

Espero que apreciem a leitura ♥

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Eu não tinha arriscado mais do que uma partida.

Havíamos perdido para Chance, obviamente, e eu estava tentando convencer a mim mesma de que era por causa das minhas falhas gritantes no jogo. Parecia que eu não havia entendido absolutamente nada do que Carter tentou me ensinar. Como se ele não tivesse me ensinado nada.

Era muito mais fácil acreditar nisso do que pensar que eu estava de alguma forma fugindo de qualquer possível contato com Carter outra vez. Àquela altura, eu não confiava mais em mim mesma tanto assim.

Já tinha se passado pelo menos uma hora desde a nossa derrota, e Chance ainda estava fazendo piadas sobre isso. Por sorte, o único que parecia se importar com isso era Carter, considerando que ele já havia prometido assassinar Chance de pelo menos umas cem maneiras diferentes. Em algumas vezes, eu podia jurar que ele estava falando realmente sério.

Observei o jogo mais uma vez. Carter estava se preparando para uma última tacada, seus olhos fixos na bola branca, uma mira perfeitamente calculada entre os dedos da mão esquerda. As tatuagens a cobriam também, assim como provavelmente todo o resto de seu corpo, como se fosse completamente feito de arte.

Ele estreitou um dos olhos, em concentração perfeita. Eu observei quando o taco oscilou em sua mão direita, movendo-se para frente e para trás milimetricamente antes de finalmente se chocar contra a bola branca. Ela rebateu contra a última bola dele que ainda restava na mesa, e a encaçapou com um ângulo que eu não fazia ideia de que era possível.

Se as pessoas conheciam Carter por ser ótimo no poker, provavelmente ainda não o tinham visto jogando sinuca. Mas isso não era algo que precisasse ser dito em voz alta, ele já costumava a agir como o deus todo poderoso sem que alguém precisasse lembrar ele disso.

Chance era um bom jogador também. Só que bom não era o suficiente para vencer Carter. Chance tinha vencido apenas uma de todas as partidas que eles jogaram naquele intervalo de tempo.

- Pra mim chega. - Chance disse, jogando o próprio taco sobre a mesa agora vazia. - Isso foi patético.

Carter sorriu com convencimento, guardando o taco de volta no lugar. Ele moveu o pescoço de um lado pro outro, se livrando da tensão.

- Com certeza foi.

Chance olhou na minha direção, aproximando-se para abrir uma nova garrafa de cerveja.

- Antes que você fique com uma ideia irreal sobre mim, não é sempre que isso acontece. - Assim que Chance terminou a primeira frase, eu pude ouvir Carter se aproximando ao fundo murmurando algo como "É, sim". - Às vezes esse cara simplesmente acorda pra fazer as coisas direito.

- Quer dizer, todos os dias?

- Você é um merda.

- Pode ser, mas hoje eu preciso passar uma boa impressão, afinal eu estou no meio de um encontro.

Seus olhos encontraram os meus de novo. Ele se apoiou lateralmente na mesa, usando o cotovelo.

- Ah, estamos em um encontro.

Mais do que Eu Posso AguentarWhere stories live. Discover now