How to Fix a Broken Heart ~ •Muke•

•Epilogue•

- O que foi?

- Eu não sei o que está aprontando, Gordon, mas eu vou descobrir. - Me deu um leve beijo nos lábios e então o puxei para mais perto. Caleb puxou os cachos de Luke reclamando.- Tudo bem senhor irritadinho, vamos comer e ver se esse seu mal humor passa. Parece até que é filho do Michael.

- Luke, ele é.

Sunshine apenas ignorou minha fala beijando meus lábios novamente e sentando nosso filho ao lado da nossa princesinha e então os ajudou a comer. Eu me recostei contra a pia e fiquei encarando a forma como eles sorriam e como Luke sempre fazia as crianças sorrirem e com apenas um biquinho nos lábios os convenciam de que eles deviam comer. As crianças o amavam tanto que era nítido nos seus olhares. E eu as entendia. Era difícil não se sentir hipnotizado pela presença dele. Vivíamos todos na sua órbita, e isso era mais do que o certo.

****

Depois do café, decidimos levar as crianças ao parque. Era um dia ameno e era domingo, então nada mais propicio que ter um pouco de ar e não ficar mofando em casa. Sunshine e eu sempre que tínhamos tempo quando não estávamos trabalhando, levávamos as crianças para lá. Não só porque era bom para seus desenvolvimentos, mas também porque lá era um dos nossos lugares favoritos. Onde notamos que podíamos confiar um no outro, no dia que Joy e eu brigamos, começamos nosso relacionamento, onde ficávamos para pensar e expor nossos medos; onde o pedi em casamento e onde também decidimos que queríamos ter mais filhos. Aquele lugar era literalmente parte de nossa história e sempre que podíamos, levávamos as crianças e ou passávamos lá só para sentir o ar fresco e lembrar de como mesmo entre todos os momentos ruins, nós conseguimos.

Luke tinha sua inseparável câmera pendurada no pescoço enquanto andava de mãos dadas a Amy. Ela não gostava de ficar no colo quando andávamos na rua. Eu vinha mais atrás com uma mochila nas costas e segurando a mão de Caleb que cantava uma música que ouvia Lilly cantando o tempo todo. Me sinto feliz que ele não tenha aprendido as que falam palavrões.

Nos sentamos no lugar de sempre. As crianças brincavam entre si com alguns brinquedos que trouxeram e Sunshine e eu cuidavamos de arrumar as coisas. Decidimos que comeriamos ali e seria bom para nós. As crianças gostam do espaço para brincar e nós dois gostávamos da sensação do vento contra nossos rostos enquanto nossos dedos ficavam entrelaçados e observamos o que as crianças fazem. Era um ar totalmente familiar e isso enchia meu peito de felicidade.

Muitas vezes Lilly vinha conosco, porém agora que está namorando ela prefere não sair conosco e as crianças. Depois, quando ela não estava sendo uma adolescente rebelde, ela estava estudando o tempo todo, se preparando para quando daqui uns anos faça a prova que a leve para o curso numa universidade boa, não tinha muito tempo. E sabíamos que uma parte é por não querer vir mesmo. Ela quer estudar do outro lado do país e sabemos que a ideia de a ter longe dói, principalmente a Luke que chorou por duas horas ao saber que nossa menina já namorava. E não o condeno, eu ainda a acho nova demais para namorar. Porém, é melhor um namoro consentido e que podemos observar e conhecer quem é a pessoa, do que um namoro escondido e alguma coisa ruim aconteça.

Nesse dia em especial, meu marido estava relaxado e tinha a cabeça deitada contra meu ombro, os olhos fechados e cantarolava comigo uma das músicas que eu estava escrevendo e sempre compartilhava com ele. Estávamos brincando com os polegares. Algumas frestas de sol que passavam pelas folhas da árvore beijavam seu rosto e deixavam seu cabelo brilhando. Não evitei em deixar um beijo nos seus cachos. Ele sorriu e então virou o rosto para mim. Seu olhar analisando cada detalhe que podia, as orbes azuis focavam em toda a minha face, para então olhar nossas mãos dadas. O brilho no seus olhos eram tudo o que era necessário para que me fizesse beijar levemente seus lábios.