- E eu morei. Por anos. - Calum grita. - Você nunca vai superar a falta que eu faço aí.
- Hoje ele tem um marido, Calum. Tem coisas que eu posso dar a ele que você não pode. - Luke aparece na cozinha com Caleb segurando sua mão e esfregando os olhos com a outra e Amy com os olhos bem abertos e puxando seus cachos. A imagem me traz uma sensação de felicidade tão grande que tenho a impressão que vou explodir. Minha filha assim que me viu largou o outro pai e pulou no meu colo. - Se você quiser ver meus filhos você tem de vir aqui e pedir a nós dois. Eu não vou deixar meus bebês andando por aí com você.
- Engraçado, você sempre vive muito agradecido quando vem buscar as crianças quando elas dormem aqui. Principalmente depois dos dias de namoro.
Caleb puxou de leve a bermuda que eu usava e eu abaixei com cuidado por ter Amy no colo e beijei sua testa. Ele sorriu e beijou minha bochecha. Nós dois tinhamos uma ligação muito forte desde o dia que ele me abraçou no orfanato, não tinha um dia que ele não saísse de qualquer lugar que estivesse, poderia ser do quarto ou até do quintal, ele sempre saía correndo e vinha me dar um abraço. Uma vez eu o perguntei o motivo, ele só deu de ombros e me abraçou de novo.
- Eu quero mostrar que te amo, pai. - Ele disse uma vez. - Porque eu te amo do tamanho gigante do papai Luke, tão grande que vai até a lua.
Ele sempre foi um menino doce e que nunca escondeu o que sentia, mesmo passando por situações tão traumáticas antes da adoção. Luke acreditava que se ele tivesse nosso sangue, ele teria os genes nossos perfeitamente combinados, porque ele literalmente tinha o temperamento de nós dois.
Ele levantou os braços e eu o peguei no colo também, com os meus dois filhos agarrados a mim como dois carrapatinhos dengosos.
- Durmiram bem, meus amores? - Perguntei beijando a bochecha e então sentindo o cheirinho de xampu pra criança no seus cabelos. Eles ainda pareciam cansados, mas já era tarde para continuar dormindo.
- Com sono, pai. - Caleb enfiou a cabeça entre meu pescoço. - Papai Luke me acordou e eu não quero acordar.
- Tarde demais, você já acordou. Não quer comer o que o papai fez pra você, meu bebê? - Luke beijou sua bochecha e começou fazer cócegas nele pois sabia que o faria sorrir. - O papai acordou com as galinhas só pra fazer isso pra você. O papai Mike te ama.
- O que é galinha?
Luke e eu nos olhamos e começamos a rir. Nossos filhos eram definitivamente crias da cidade e nunca saberiam o que é o bicho. Mesmo que eu também nunca tenha tido contado com o bicho além dos que compravamos no mercado
- Eu não acredito que vocês me deixaram no vácuo pra falar com as crianças! - a voz de Calum ecoava por toda a cozinha fazendo Amy choramingar.
- Nossos filhos vêm em primeiro. - Luke grita.
- Calum! - Amy pela primeira vez fala no dia. Ela não chamava Calum de tio e ele odiava isso, porque ele tentou ensina-la a chama-lo como tal, mas ela só chama o Ashton assim, este que se acha o melhor tio do universo só por causa disso. - Calum! Papai, o Calum!
- Oi, neném fofa. Me chama de tio por favorzinho.
- Pai! O Calum tá bravo.
- Quem sabe outro dia você não consiga, não é Cal? - Tomei a palavra antes dele acabar falando o que não devia. Com Calum era um perigo constante. - Você e o Ashton apareçam aqui as seis, tchau.
Ao encerrar a chamada, Luke me olhava com aquele olhar de que sabia que eu estava aprontando alguma coisa e então pegou Amy do meu colo e a colocou na cadeirinha dela.
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How to Fix a Broken Heart ~ •Muke•
FanfictionMichael lida com a perda de seus pais em um acidente de carro enquanto tenta se reconstruir e seguir em frente. É então que ele conhece Luke, um garoto animado e sempre feliz, que esconde uma grande tristeza e dor por debaixo de toda positividade e...
•Epilogue•
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