- Sunshine, ela só está apaixonada. E depois, pelo menos sabemos quem é a menina e temos consciência de que pelo menos ela tem consciência dos atos.

- Mas a sua filha não é a namorada da Lilly, mas sim a Lilly. Temos de falar com ela a respeito dessas coisas. Não quero que ela se afaste de nós, mas precisamos dizer a ela que isso está errado.

A adolescência era definitivamente uma das piores épocas para os pais. Rebeldia, hormônios, namoradas e namorados, discussões. Eu sabia bem como era porque não fui o filho mais exemplar para meus pais. Talvez por isso Lilly não me ouça as vezes. Ela usa sempre a desculpa do meu problema de raiva e a impulsividade para se safar. O que é péssimo porque ela tem consciência de como isso é complicado e como isso me magoa por ser algo que sempre foi atrelado a algo ruim para mim e também Luke, que só quer ser o melhor pai possível. Aprendemos que Lilly talvez estivesse descontando todo o trauma que teve na infância conosco, até porque essas coisas não passam assim. Mas não muda que as vezes, sentíamos mal por sempre a entender e a tratar da melhor forma e ela simplesmente não medir palavras para nos machucar.

Mas também sabíamos que ela sentia péssima por isso. Eu andei conversando com Luke e acho que ela provavelmente tem alguns dos meus problemas de raiva, já que eu já fui muito parecido com ela. Ela aceitou fazer tratamento psicológico, mas sempre que o assunto é colocado em pauta, muda de assunto. E isso definitivamente deixa sunshine triste, porque ele realmente tenta. A vida de pais com certeza não é nada fácil.

- Sunshine, vamos falar com ela, certo? - Minha mão entrelaçou a sua e então a beijei. - Sabemos que essa fase é ruim e ela passou por muita coisa, ela é nossa filha e nos ama, eu sei que sim. Eu pareço um pai que passa a mão na cabeça, mas é que nesse momento, precisamos ir com calma. Ben prometeu que falaria com ela, já que Lilly o ouve mais do que a nós, não se sinta mal, mesmo que isso seja uma merda, estamos fazendo o que podemos, entende? Lillian só está confusa.

- Você parece um pai tão responsável e sensato a chamando de Lillian. - Luke sorri. - Certo, vamos falar com ela e ir devagar. Ela ainda está tentando entender que não somos só dela e que mesmo com sobrinhos-irmãos, a amamos e não vamos a abandonar. É só que... Eu não queria que ela pensasse isso. A amo tanto não aguento ver que ela pense coisas assim de nós.

No momento que ele fechou a boca, o seu celular apitou e eu o peguei. Não tínhamos problemas com olhar o celular do outro. Na verdade não nos importavamos. Era Lilly que havia avisado que sairia para almoçar com Ben, que nos amava mesmo que nós fôssemos chatos e desejava parabéns. No fundo, ela ainda era a nossa menina esperta e carinhosa. Quando Luke leu, ele me abraçou e disse que estava com preguiça de se levantar. E como o bobo apaixonado que eu sou, o levei no colo até o banheiro para ele tomar banho.

****

- Definitivamente você é um idiota. - Eu respondia. Calum me ligou simplesmente porque ele queria atrapalhar qualquer que fosse o que eu estaria fazendo. Como uma criança.

- E você me ama, Michael. Aceite - Sua voz ecoava pela cozinha enquanto eu arrumava tudo para quando Luke descesse com as crianças. - Ashton desejou felicidades para você e o Luke e se ofereceu para cuidar das crianças a noite. Sem a minha permissão! Acredita nisso?

- E desde quando ele precisa de sua autorização para ficar com os afiliados? Você mesmo o força a vir os buscar toda semana.

Eu pude ouvir uma risada no fundo e sabia que era Ashton. Eles dois não se desgrudavam, principalmente no fim de semana.

- Ele está usando meu nome, Mike. Não acredite nele. - Ashton diz. Pelo gritinho eu imagino que um dos gêmeos estava em seu colo.

- Se vocês querem ver as crianças, não tem de criar motivos, só venham aqui e busquem. - Respondi. - Vocês já agem como se morassem aqui mesmo.

How to Fix a Broken Heart ~ •Muke• Where stories live. Discover now