How to Fix a Broken Heart ~ •Muke•

•Epilogue•

Demorou um tempo até Lilly entender que nenhuma das crianças substituiriam seu lugar e que a amávamos como também os amávamos, e, que ter filhos nossos com nossos nomes e que poderíamos compartilhar da sua criação era algo que sempre planejamos desde antes o casamento, e isso não ia a afetar em nada.

Acho que até hoje ela ainda não aceita bem o fato de não ser mais o único bebê na vida do irmão. O que Luke claramente tenta contornar a situação, mas ela já está perto dos dezesseis anos e simplesmente acha melhor ficar com Ben, já que meio que criamos ela junto com ele e a esposa.

- Você está acordado a quanto tempo? - Ele me pergunta depois de um breve instante em silêncio.

- Não muito tempo.

Ele afastou a cabeça do meu peito e puxou um dos meus cordões, o que tinha o anel de noivado -que ele igualmente também usava o seu no pescoço-, e me puxou mais para perto.

- Michael Gordon Clifford, eu sei bem que você acorda junto com as galinhas, não venha mentir pra mim.

- Eu estou falando a verdade, Luke Robert Clifford, e só porque eu acordo antes das nove horas não significa que eu acordo com as galinhas.

Sorri e o puxei para perto de mim novamente, mas dessa vez ele me empurrou e sentou em cima de mim. Para quem estava dormindo a cinco minutos atrás, ele mudou muito rápido de estado de espírito. Seus olhos estavam de um azul claro e suas feições estavam tão relaxadas que faziam totalmente um contraste com como ele era tenso e triste anos atrás. A sensação de plenitude e de boas noites de sono mesmo com a responsabilidade de ser pai o fazia muito bem.

- Você está fazendo aquilo de novo.

- Aquilo o quê?

- Me olhar como se eu fosse algum tipo de divindade mística que você felizmente compartilha a cama todas as noites. - Seus olhos se fecharam e ele levantou o rosto para o teto no momento em que eu passei minha mão pelo seu pescoço e então meus dedos foram até seus lábios. - Você sabe como eu me sinto a respeito.

- Se sente amado e desejado, coisa que é o que eu quero passar com esse olhar?

Ele sorriu e mordiscou a ponta do meu dedo.

- Não se faça de bobo, você sabe como eu fico.

E eu sabia mesmo. A questão era que eu não olhava por mal, ele parecia o sol, seus cachos bagunçados cobrindo seu rosto e a forma como ele parecia tão mais leve ao acordar, era o que me fazia acreditar que havia algo superior que provavelmente acreditava que as coisas na nossa vida poderiam ser boas. Olhe o que aconteceu, eu tenho filhos e um esposo que é a representação de um anjo. Mas Luke não só sentia essa felicidade e a sensação de realização. Ele se sentia quente, muito quente. A forma como seu rosto ficava até mais corado me davam a confirmação que poderiam passar os anos, mas ainda sim teríamos efeito sobre o outro.

- Mas você é exatamente uma divindade mística que felizmente divide a minha cama e a vida comigo. - Respondi sorridente, ele fez o mesmo. - Hoje faz três anos que estamos casados.

O seu corpo caiu em cima do meu e logo senti sua respiração contra o meu pescoço e então pequenos beijos na pele pálida.

- Três anos que eu uso um sobrenome do qual eu amo e orgulho de ter. - Ele respondeu levantando o rosto para ficar de frente ao meu. - Eu te beijaria, mas acabei de levantar e eu definitivamente odeio o meu bafo matinal.

- Eu acho que já passamos por coisas muito piores para eu me importar com o seu bafo.

- Você é um porquinho muito adorável. - Ele mordeu minha bochecha e eu belisquei sua bunda. Ele poderia não ter parado com essa mania, mas eu achei uma que o irrite e o agrade tanto quanto. - Eu adoraria matar tempo na cama como fazíamos anos atrás, mas somos pais responsáveis e temos de acordar as crianças e ligar para Lilly. Se ela acha que eu esqueci do que ela fez, ela está enganada. Fugir de casa para sair com a namorada não é algo que se possa esquecer assim.