A decisão

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Sempre fui introvertida, triste na minha infância e também apaixonada por meu único amigo, Naruto, mas ele me deixou sozinha como todos faziam comigo. Por um lado foi bom, pois conheci meu melhor amigo, Sasuke, um garoto quieto diante de muitos, mas a única voz perante a mim. Vou encontrá-lo agora, estou feliz como nunca estive antes, eu decidi contar o que realmente sinto. Dizer a ele que ao brincarmos de sermos namorados eu dizia a verdade, queria estar sempre ao lado dele.

Chegando em sua casa, iriamos ver um filme e depois ficar à toa a tarde toda. Eu iria me declarar para ele neste momento, depois de um filme e durante ele ficar mais perto do Sasuke.

- Oie, tem alguém dentro desta cabecinha? - perguntou Sasuke dando leves batidas em minha testa, eu estou parada na porta dele? - Hin, você vai ficar na minha porta?

- Claro que não - respondi um pouco corada - que filme vamos ver?

- Vamos ver o que o martelo de um deus pode fazer, gata - ele deu um sorriso maroto - ou outra coisa se quiser.

- Thor está bom - respondi retribuindo o sorriso e o empurro para dentro - vamos antes que perc...

Eu tropecei solera da porta (parte debaixo que possue leve elevação) e cai sobre ele, estavamos caídos no chão, não consegui me segurar em nada. Estava caída encima de Sasuke, me levantei com as mãos cercando a cabeça dele e as pernas em volta do quadril, me ajeitei um pouco corada e pedi desculpas. Ele ficou meio estranho depois disso, mas logo voltou ao normal e começou a arrumar tudo para o filme. Logo um dia tão especial e eu tropeço e caio com ele.

- Quer fazer pipoca ou vai ficar como turista aqui em casa? - ele me perguntou indicando a cozinha - Sem pipoca vou cobrar ingresso para o filme.

- Vou fazer a pipoca então preguiçoso - sorri, ele estava normal, às vezes doeu quando cai sobre ele por isso ele estava estranho - quer com manteiga ou sem?

- Hoje quero tudo que tenho direito e um pouco mais - o olhei com um tom de interrogação - quero refrigerante!

Arrumei tudo que ele pediu, a pipoca, o refrigerante e umas balas que eu sabia que ele gostava no final de todos os filmes que fazem mulheres chorar. Não prestei muita atenção no começo do filme, estava pensando no que iria fazer depois disso. Hinata se decida logo, o que fará? Quem mandou ser tão tímida, agora não sabe como reagir a isso.

- Hin, o que você acha do Loke? - perguntou ele me tirando dos meus pensamentos.

- Ele é um vilão, mas não merecia cair da ponte arco-íris - sorte que já havia visto Thor, ou não.

- Olha o spoiler Hinata! - falou chateado - E não é ponte arco íris é Bifröst.

Eu dei um spoleir e ele ficou bravo que boa jogada sua anta, continuei assistindo quando percebi que a mão dele estava próxima a minha, mas deixei tudo como estava. A mão dele veio ao encontro da minha, não pode ser, ele deve ter escorregado e feito isso sem querer. Fiquei indecisa em puxar ou não a mão, dando leves impulsos de puxá-la, mas não completava o movimento. Sasuke tirou a mão da minha, foi um acidente então.

O filme acabou, eu chorei um pouco silenciosamente quando lembrei da frase do Thor na hora que a ponte Bifröst caia. "É certo que um dia tudo será como antes, mais os caminhos os quais planto os pés estão repletos de espinhos e o sol ainda queima o meu amigo, mais tenho a plena certeza um dia verei jardins de lírios e você estará do outro lado a minha espera." foi o necessário para começar a chorar.

Sasuke, colocou uma bala na boca e se distraiu com ela, ele não gostava de coisas triste como esta. Se prestasse atenção, deixaria a sua cara de marento e choraria. Ele é tão fofo quando está emocionado.

Ficamos no quarto dele, ele na cama olhando para o teto e eu sentada no chão apoiada na cama dele fingindo ler um livro.
É agora ou nunca, pensei enquanto folheava o mangá que estava em minha mão, mas o que estou lendo? Olhei e percebi que lia um ecchi, por quê não tentar fazer isso? Fechei o mangá e o coloquei de lado. Sasuke não percebeu minha intenções, em um súbito movimento pulei sobre a cama dele, colocando uma perna de cada lado de sua cintura, cruzei os braços a minha frente e segurei a gola da camiseta dele. Ele estava imóvel, talvez, esperando meu próximo passo, e assim o fiz.

Puxei-o e selei nossas bocas com um singelo beijo, somente nossos lábios se tocando. Parei e sai de cima dele, levantei da cama, peguei o mangá do chão e o levei a prateleira escolhendo outro para figir que estava lendo. Eu não fazia a mínima ideia do que estava fazendo, eu sempre fui reservada e agora ataquei meu melhor amigo, e o papo de que iria me confessar?.

- Hin - disse ele depois de um tempo, eu já estava novamente no chão foleando o novo mangá, mas tão distraída - hum, você sabe que pegou um hentai para ler?

- Um o quê? - parei no momento e olhei para as folhas, eu estava corada, mas para minha sorte não tinha nada na página.

- Hentai sabe... bem, o último era um ecchi e você me atacou, agora este. O que vai fazer comigo?

Ele não ficou bravo, não me expulsou do quarto ou de sua vida como o Naruto me fez? Fiquei parada sem reação, fiquei concentrada no que tudo aquilo significativa. A brincadeira com o mangá, ter ignorado que eu o beijei, eu ter o beijado subitamente, ele não ter me expulsado como o último fizera, principalmente que com seu ex-melhor amigo eu simplesmente falei que o amava.

- Hinata - falou sereno ao meu lado, levei um susto, quando ele desceu da cama e se sentou do meu lado? - eu tenho que te dizer algo, bem não era assim que falaria, mas já que tomou a iniciativa. Hin eu te amo, você é a única que me entende. Todas as outras meninas vem em mim por eu ser bonito, misterioso e super pagável.

- Nada humilde - completei rindo um pouco.

- Isso também, mas eu sou um gato não? - respondeu chegando mais perto de mim - Eu quero ficar com você, pois você me entende, sabe a diferença de todas as minha caras de indiferença. - eu ri desta parte, estava tão feliz - Hinata Hyuuga você quer passar a eternidade comigo e juntar nossas vidas?

- Sim - sorri e ele me tomou em seus braços.

Eu ainda estava do mesmo jeito, encostada na cama e ele estava ao meu lado direito, passou a mão para o outro lado segurando a minha. Um beijo começou casto, mas logo ele colocou sua língua em minha boca a explorando. Me trazendo milhares de boas sensações, meu primeiro beijo que havia amor entre os dois. Levantei um pouco, sem deixar a boca de meu amado, e o girei trocando de posições, assim ele e eu teríamos mais liberdades nos nossos atos.

Riscos da ConvivênciaOnde histórias criam vida. Descubra agora