Mas há também o viver o hoje, cada sensação que a vida te deu. Cada detalhe e cada sorriso que você da ou recebe de alguém. É viver o hoje como se não houvesse amanhã, mesmo que o agora exista amanhã, mas talvez não seja da mesma maneira.
Podem ser sentidos similares, mas ainda são singulares.
Há pessoas que mal podem esperar para o futuro, pensam demais e acabam perdendo o hoje.
Há aqueles que vivem o hoje e não pensam no futuro e acabam vivendo só o agora, mas quando o futuro chega, eles simplesmente não têm estruturas para tal.
E ainda há aqueles que vivem o agora, pensam no futuro, mas não os têm e não os deixam atrapalhar o viver.
Talvez a terceira opção seja eu hoje.
Vivemos de momentos, sentimentos, amores, decepções e muitas outras coisas complexas que talvez façam do ser humano o ser mais complicado do nosso pequeno e simples mundo. Mas há beleza nisso, como também há dor, muita dor. Porém eu já havia dito antes. Os paralelos de dor e felicidade são muito próximos e tênues. Então as vezes, os limites facilmente são rompidos e acabamos por nos perder sem saber em que ponto estamos.
Mas nem sempre se perder pode ser ruim.
As vezes, você precisa não saber quem é para poder se encontrar. Porque no fim, sempre será você e só você.
Claro, com ajuda e sempre buscando um tratamento adequado, mas no fim sempre será com nós mesmos. Porque nada no mundo pode ser feito se você não acreditar que pode ser feito.
E eu acreditei.
Hoje, vejo em que nível isso me levou, e o quão longe eu estou o antigo eu que existia em mim. São partes diferentes de uma mesma pessoa. Um passado que não pode ser apagado, mas pode ser usado de aprendizado. Pode ser remendado e pode se aprender a conviver com as cicatrizes. Pois elas nunca me serão motivo de vergonha. Nunca mais. Eu me orgulho delas.
E então estou eu, a quatro anos vivendo esse momento, lutando, seguindo em frente, amando. Principalmente amando.
Há quatro anos atrás, se me perguntasse se eu acreditava em metade das coisas que acredito hoje, eu provavelmente diria que não. Diria que pessoas como eu não tinham futuro e que provavelmente, eu só me rastejava esperando o dia em que eu fosse enfim, morrer.
Mas aqui estou eu, quase cinco anos depois do início de toda essa jornada, um dois anos e dez meses do qual havia me formando da universidade, um ano e meio do qual Luke finalmente havia se tornado um psicólogo — só para desistir e começar a fazer fotografia —, dois anos e onze meses depois do pedido de noivado de calum a Ashton e com uma Lilly de não mais oito anos, mas sim dez anos e onze meses.
Era um dia mais do que especial para todos nós e eu não conseguia não me sentir nervoso. Há anos estávamos esperando por isso e finalmente ia acontecer.
Depois de todas as conversas, os acordos e todos impasses.
Finalmente haveria um casamento.
Certo, talvez Calum e Ashton não estivessem errados em prolongarem o noivado mais tempo do que o desejado. Mas todos nós já estávamos ansiosos para o acontecimento. Eles dois se formaram, hoje estava estabilizados e muito bem monetariamente. E o melhor de tudo, estavam sendo promíscuos longe de mim e dos meus ouvidos.
Depois de meses de discussão e de acordos, cashton decidiram que não era a hora para se casarem há dois anos. Ashton e Calum andavam muito pressionados pelos seus cursos e eles viram que esse tempo de noivado foi a prova de fogo do relacionamento deles.
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How to Fix a Broken Heart ~ •Muke•
FanfictionMichael lida com a perda de seus pais em um acidente de carro enquanto tenta se reconstruir e seguir em frente. É então que ele conhece Luke, um garoto animado e sempre feliz, que esconde uma grande tristeza e dor por debaixo de toda positividade e...
