quarto.

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7:20 AM ── Seul.

Mesmo que não quisesse, Hoseok se encontrava frequentemente pensando em sua morte

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Mesmo que não quisesse, Hoseok se encontrava frequentemente pensando em sua morte. Em como seria sucumbir ao silêncio eterno, tinha milhões de perguntas guardadas no peito, perguntava-se se havia sido uma pessoa boa o suficiente para ir para um lugar bom, ou se existia este lugar. Ele não estava triste por morrer, mas estava triste por outros motivos.

Kim Seokjin e Kim Namjoon não haviam dado a mínima para si, diferente de seus outros amigos. Quando Jeongguk, seu secretário, soube de sua doença começou a chorar e não parou por um bom tempo. Foi um choro de tristeza e raiva, estava cansado de ter que se conformar com a morte das pessoas que amava. Foi também quando ele notou que amava seu chefe e que mesmo em pouco tempo, haviam se tornado bons amigos.

A pior reação foi a de Jimin. Ele passou muito tempo em silêncio, engolindo as palavras do seu psicólogo. Não chorou, apenas abraçou ao mais velho e disse que sentia muito. Era real e caloroso. O Park realmente sentia muito e não se permitiu chorar ate o último dia de vida do ruivo chegasse. Não na frente do mesmo.

Jung acreditou que em sua morte as pessoas que estariam ao seu lado seria os Kims, mas ambos estavam ocupados demais com seus trabalhos. Apenas disseram que sentiam muito. Por outro lado, Jeongguk ia quase todo dia à casa do ex chefe para contar como era trabalhar com Lee Jooheon, o psicólogo que ficou responsável por alguns dos pacientes de Hoseok.

Jimin, depois que saiu da clínica após uma porrada de burocracia e chatice, como ele gostava de dizer, aparecia todos os dias, com pratos de comida diferentes na porta do ruivo. Uma vez ele levou uma lasanha queimada. Não era um ótimo cozinheiro e no fim pediram pizza.

── Jimin... Você não precisa me trazer comida todos os dias. Estou me alimentando bem... ── hoseok dizia, mas sendo honesto, o moreno nem sequer escutava. Se pudesse ajudar, ajudaria.

Levava Hoseok para as quimioterapias e segurava a mão do mais velho sempre que ele chorava dizendo que não queria morrer, após ficar grogue. O ruivo sempre pedia desculpas, chegou a ser uma piada interna entre eles. "Me desculpe por vomitar em seu sapato", ele dizia isso toda vez que se sentia mal por algo. Jimin ria, porque mesmo que fosse piada, Hoseok realmente havia vomitado em seus sapatos, mas não se lembrava.

Jimin e Jeongguk ajudaram Hoseok a não desistir de tudo, como pintar quadros ou lavar o cabelo, mesmo que estivessem caindo como água. Taehyung, sempre que os via, acabava por sorrir. Aqueles garotos o mostraram que o amor nunca chegava ao fim, que mesmo após a morte de Jung, ele permaneceria em seus corações. Isso lhe arrancava lagrimas no escuro da noite, pois não havia ninguém assim em sua vida. Ninguém que se lembrava de si. Ele sempre soube.

Apesar dos sorrisos, às vezes se sentia desconfortável com os olhares que Jimin mandava para si. Não entendia muito bem o que se passava na cabeça do Park e se de verdade se passava algo. Uma vez, quando ficara sozinho com ele na cozinha enquanto Hoseok ia ao banheiro, experimentou chegar bem perto do garoto, mas a única reação que ele teve foi passar as mãos nos braços, após sentir um breve arrepio. Talvez Jimin fosse louco. Essa era a conclusão.

vermelho e azul || vhope || Livro 01.Where stories live. Discover now