prólogo.

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SEUL. 2:20 AM.

Um silêncio desconfortável socava a boca do estômago de ambos

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Um silêncio desconfortável socava a boca do estômago de ambos.

Jung perguntou novamente ao moreno, deixando as lagrimas caírem. ── Eu não sei se estou pronto ── sussurrou ── Eu só... Não quero mais sentir dor.

As mãos pousaram automaticamente nos pulsos mutilados. Kim fechou os olhos e os apertou levemente, a imagem de Jung Hoseok tentando tirar a própria vida lhe vinha à mente de forma brutal. Os gritos, o sangue, a dor e o desespero, não havia visto nada parecido em sua vida, mesmo ele sendo ele.

── Eu não quero mais sentir dor... ── repetiu em um tom manhoso. Incomodado com o silêncio, encarou o rosto do outro garoto com impaciência. ── Fala comigo... Somos amigos, não so... ── foi interrompido.

── Falando sozinho, Hoseok? ── o enfermeiro que entrava no quarto perguntou, o mesmo esbanjava roupas tão brancas quanto o teto do quarto. E aquela prancheta, fazia Jung querer morrer mais rápido. Os enfermeiros sempre anotavam coisas e ele sempre queria saber quais eram essas coisas. Imaginava se isso acontecia com seus pacientes. ── Faz um bom tempo que não nos vemos né?

── Eu não estou falando sozinho. ── revirou seus olhos e cruzou os braços como uma criança mimada. ── O Kim está bem aqui do meu lado. ── e apontou para a poltrona, para onde, de verdade, estava Taehyung. Mas não era possível ser visto. ── Não o vê?

── Não e prefiro assim. ── admitiu o mais velho, em seguida largou a prancheta para começar a checagem rotineira. ── Você sumiu. Desistiu do tratamento. Por quê? ── tocou no corpo do homem. ── Sente dor?

── Não queria mais fazer e... Não.

── Náusea? Tinha que continuar, assim não pode melhorar...

── Não. E sei que não vou melhorar mesmo com o tratamento.

── Cansaço? Como você sabe?

── Muito. Sabendo.

── Não há nada que queira me contar?

── Sim.

── O que?

── Definitivamente... ── fez uma pausa, apontando para Taehyung novamente. ── Tem alguém ali e...

── Algo que não seja mentira? — interrompeu o menino e o fitou com seriedade.

Hoseok pensou por alguns poucos minutos, sentiu-se como uma criança, era como se estivesse falando para seus pais que havia um monstro dentro do guarda-roupa e nenhum deles acreditava. Era exatamente a mesma coisa.

── Está tudo certo. ── Hoseok disse e em seguida deu de ombros, sem vontade de argumentar.

Era tão cansativo. Existir.

Permaneceu em silêncio até que o homem mais velho saísse de seu quarto, assim que isso aconteceu, seus olhos cor de mel se encontram com os escuros de Kim Taehyung.

── Morrer dói? ── perguntou novamente.

vermelho e azul || vhope || Livro 01.Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt