capitulo 16

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Gustavo narrando

Já passava do meio dia quando eu e o Jp estávamos esperando a Ana Júlia para ir pra casa. Hoje ela iria dormir lá, e segundo o Jp nós tínhamos que dar uma boa "primeira impressão". Como se ela já não nos conhecesse a mais de dois anos.

Eu e a Ana Júlia, nos conhecemos no pré, e desde o primeiro dia não nos separávamos mais. Ficamos um ano inteiro juntos, e as pessoas até começaram a nos chamar de "namoradinhos".

Tudo piorou no ensino fundamental. Eu com meus quatorze, e Ana com treze anos. Estávamos no começo da puberdade, quando fomos a nossa primeira festa, com garotos e garotas da mesma idade, sem pais algum.

Juan, um garoto que agora, está morando no exterior; na época deu a ideia de brincarmos do pior jogo já inventado. Verdade ou desafio.

A garrafa girou e apontou para mim e para a Valentina. Eu escolhi desafio e então o pior aconteceu. Ela me desafiou a beijar a minha melhor amiga, batizada de Ana Júlia Elvira.

Nenhum de nós dois nunca havíamos beijado alguém antes, e eu tenho certeza que, assim como nós, nenhuma pessoa em sã consciência cogita a ideia de perder o bv com o melhor amigo.

Com a vergonha em mim, eu apenas dei um selinho nela.

No final da festa, antes da minha mãe, e de seu avô, chegarem para nos buscar, eu e ela conversamos e resolvemos que o que aconteceu não abalaria em nada na nossa amizade de anos.

Mas, na formatura do ensino fundamental, novamente o Juan deu outra idea de "brincadeira". Mas dessa vez, como estávamos mais velho, a "brincadeira" seria outra.
Sete minutos no céu.

A garrafa parou e adivinha; isso mesmo, eu e ela ficamos sete minutos em um armário minúsculo. Bom, vocês sabem o que aconteceu.

E eu posso dizer novamente que, ela, Ana Júlia Elvira, na época minha melhor amiga, tirou mais alguma coisa de mim. Meu bvl.

Nos beijamos, e no final da festa, conversarmos novamente. Eu falei a ela que gostaria de tentar algo, e ela concordou.

No começo das férias, começamos a ficar sério. Mas no final, eu acabei me ferrando.

No primeiro dia de aula ( e deixando bem claro que nós ainda estávamos ficando ), eu a pego beijando o Pedro. O idiota.

Eu a chamei e perguntei do por que dela estar beijando outro se ainda estávamos ficando sério. A desculpa dela foi que o que tínhamos foi apenas um "romance de verão".

Eu não a questionei, já que o Pedro ( mas como eu prefiro o chamar, idiota que roubou a minha primeira quase namorada ), nos interrompeu, chamando ela para um canto para que eles terminassem o que começaram.

Eu não queria admitir, mas estava apaixonado pela minha melhor amiga. Foi difícil na época, mas eu consegui, e por isso, só por isso, eu falo ( mentalmente ) para meu melhor amigo, Jp Mota, que tudo se resolve com o tempo.

Ana Ju: vamos? - ela pergunta colocando a mão no meu ombro.

JP: vamos. - tivemos que ir andando até em casa, até porque, por culpa da demora da Ana, nós perdemos o ônibus, e o próximo passaria daqui a duas horas. Enquanto andávamos nenhum de nós falava nada, apenas ficávamos andando de cabeça para baixo - então, - o Jp resolve quebrar o silêncio - o que você estava fazendo que demorou tanto?

Ana Ju: eu e o Pepe estávamos nos despedindo.

Gustavo: vocês tiveram tempo suficiente para fazer isso quando o professor nos liberou quinze minutos antes para ir embora - falo olhando para o céu.

Ana Ju: você poderia tentar, pelo menos uma vez, não ser tão grosseiro?! - ela pergunta me olhando com a sobrancelha esquerda levantada.

Gustavo: se você tivesse pensado em como eu me sentiria antes de ter praticamente me dado um par de chifres, eu poderia pensar em ser mais legal com você.

Ana Ju: faça-me-o-favor Gustavo, isso já faz
um anos.

Gustavo: você diz isso porque não foi você que ficou chorando noites. - Ela se cala.

JP: desculpa atrapalhar mas já chegamos em casa, pode entrar Ana.

Ela não fala nada apenas da um sorriso tímido a ele. Assim que entramos, ela olha todo o interior da casa. Por fim seu olhar para no sofá.

Gustavo: podem ir almoçar sem mim, eu estarei no quarto, se precisarem. - falo subindo as escadas.

Entro no quarto e tranco à porta. Não sei por que, mas com a presença da Ana Júlia aqui as coisas ficam diferentes.

Ela foi a primeira garota que conseguiu fazer esse garotão aqui, se apaixonar, e olha que meu coração pode ser confundido com um cubo de gelo.

Eu odeio ter que admitir isso, mas infelizmente eu ainda sinto sentimentos pela Ana Júlia.

Que ódio de mim mesmo. Por que eu não posso simplesmente esquecer essa garota? Por que eu tinha que gostar logo dela? Por que os avós dela tinham que morrer? Por quê? Por quê?

Eu me odeio por ainda amar ela!

❤️

Eitaaaa que todo mundo nessa história está com o coração partido, ou com um par de chifres kkkk. Até o próximo capítulo. Beijos 😽💖

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