capitulo 11

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Jp narrando

Acordo com a luz do sol refletindo no meu rosto, a janela estava aberta, e eu me lembro perfeitamente quando fechei ela ontem antes de tudo acontecer.

Olho para o lado, ainda com o olho meio aberto e meio fechado e a garota pela qual eu procurava não estava lá.

Levantei, fui ao banheiro, passei uma água no rosto para acordar e escovei os dentes. Visto uma blusa sem manga vermelha e coloco uma bermuda branca. Hoje meu cabelo está perfeitamente arrumado. Isso é ótimo.

Quando estou descendo as escadas escuto risos e quando coloco meu pé na cozinha Júlia e Gustavo estavam se abraçando e rindo.

Me sento na mesa. Eles ainda não perceberam minha presença. Pego um pão francês e pego a faca para corta-lo ao meio.

JP: o que está acontecendo aqui? - pergunto sério prestando atenção na faca cortando o pão para não cortar meu dedo.

Gustavo: bom dia pra você também. Acordou mal humorado como sempre? - fala se sentando na mesa.

JP: não teste a minha paciência hoje Gustavo.

Juju: nós estávamos nos abraçando porque eu acidentalmente dei com a tampa da panela na cabeça dele - ela volta rir olhando para ele. O mesmo também ri e só eu fico lá, sério.

Que graça isso tem?

Não falo nada, apenas continua fazendo o meu café da manhã. Enquanto comíamos lembrava de tudo o que aconteceu ontem a noite, Júlia Mara Franco tem gosto de chocolate, e só por isso a partir de hoje chocolate é o meu doce favorito.

Gustavo: então - ele morde um pedaço do seu pão e depois mastiga o engolindo - ontem, quando eu cheguei vi vocês dois deitados na cama. Juntos. - eu olhei para a Júlia e a mesma retribuiu o olhar, deu para perceber que ela estava com medo doque ele tenha achado doque viu - gostaria de saber se vocês... - ele parou de falar.

JP: não fizemos nada se é isso que quer saber. -
falo sério. Já tinha terminado de comer.

Juju: bom - ela fala engolindo seu último pedaço de pão - acho que já vou indo, ontem falei com a minha mãe e ela me disse para chegar antes do almoço. - ela levanta, eu e Gustavo vamos atrás dela.

JP: eu te acompanho, quero conversar com você. - ela assente. Subo e pego meu celular. Quando desço vejo ela se despedindo do Gustavo.

Enquanto nós caminhávamos na rua até o ponto de ônibus nenhum de nós falava nada, apenas olhávamos para o chão.

Juju: então, sobre o que você quer conversar? - pergunta ela se sentando no banco do ponto de ônibus. Me sento ao lado dela.

JP: olha Júlia, você sabe muito bem o que eu sinto por você, e eu sei que infelizmente você só me vê como um amigo. Eu gosto e quero tentar algo com você, mas não te forçarei a nada. O que eu estou querendo dizer é que se você quiser nós podemos tentar algo, não precisa ser necessariamente um namoro, talvez podemos apenas ficar um com o outro. Porque eu tenho certeza de que se você me der uma chance eu te farei gostar de mim.

Ela fica quieta por um tempo, parecendo pensar na proposta que eu a dei. Ela fica olhando para o chão e balanço o pé direito pra frente e pra trás. Ela para de balançar o pé e olha para mim.

Juju: olha Jp, você não é um cara idiota ou fútil do jeito que eu pensava que era. Você é uma pessoa incrível, e merece uma pessoa incrível ao seu lado também. Por mais de que é uma proposta incrível eu não posso aceitar. - o desespero, a frustração e indignação deram conta de mim - Eu tenho medo de não consegui corresponder aos seus sentimentos e te magoar, não quero carregar o peso de machucar seu coração.

JP: bom, você acabou de machuca-lo agora. - me levanto e vou caminhando em direção contrária.

Juju: Jp? - ela grita meu nome. Não viro, pois sei que vai ser pior. Já sei o que aconteceria se eu virasse. Ela me pediria desculpas e ficaria pior.

Enquanto eu andava fiquei refletindo sobre o que aconteceu. Sei que não é o que ela queria ouvir mas é a verdade.

Júlia Mara Franco quebrou o meu coração assim como Ananda Morais também fez. No fim vi que todas as garotas são iguais. Elas nos fazem se apaixonar por elas para depois destruir nossos corações. Dói, dói pensar que eu fui alvo dessa ilusão mais uma vez.

Depois de quase dois anos de um dos piores dias da minha vida eu vi e revi a mesma coisa.

É isso, o amor é o pior sentimento que existe, ele é capaz de fazer seu coração doer, ele é capaz acabar com o que você planejou, e o pior, ele é capaz de te fazer senti-lo.

Júlia Mara Franco e Ananda Morais são pessoas diferentes, mas que tomaram atitudes iguais. Destruir o meu coração e me fazer desacreditar no amor.

Quando tive a minha primeira desilusão amorosa, com a Ananda eu deixei de acreditar no amor, mas quando eu conheci a Júlia eu voltei a acreditar nele, mas agora, eu desacredito dele novamente.

O amor é uma merda.

12 horas Where stories live. Discover now