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Feliz natal, meu leitores!!! E como um pequeno presente, temos um capítulo novo ;)
Espero que vocês aproveitem as festas, comam muito e ganhem bastante presentes.
Próximo capítulo será especial ano novo!

— Vamos passar no mercado antes — Marlene falou quando nós três já estávamos juntas depois da aula. — Preciso refazer meu estoque de sorvete, principalmente para essa noite.

Passamos primeiro no supermercado, onde não compramos apenas os sorvetes que Marlene pretendia no início, e depois fomos para a casa da mesma. Cumprimentamos a senhora McKinnon e fomos para o quarto da Marlene. A loira se jogou em sua cama, Doe no puff e eu me sentei no tapete.

— Então, quem escolhe os filmes hoje? — Marlene perguntou ligando a TV.

— Eu! — Digo erguendo o braço, como uma criança. — Eu já tenho a lista pronta — digo pegando meu celular.

— A gente tem mesmo que rever O Clube dos Cinco? — Doe questionou.

— Claro! — Eu respondo. — Mas esse vai ser o último. Vamos começar com Sociedade dos Poetas Mortos — digo e logo Marlene está colocando para vermos.

Não fazíamos isso sempre. Não era uma tradição do tipo uma vez por mês ou toda semana. Só fazíamos quando tínhamos vontade. Era uma noite de filme, às vezes fazíamos alguns joguinhos, e comíamos sorvetes, chocolates e salgadinhos. Cada dia uma escolhia os filmes que iríamos ver e fazíamos uma maratona. As vezes simplesmente parávamos para conversar sobre coisas aleatórias. Depois de quatro filmes, Doe decidiu que era isso que iríamos fazer.

— A Lily está bem próxima dos Marotos, não acha, Marlene? — A encarei, um pouco confusa. — Fez até piadinha com o Sirius ontem.

— Mas é claro que está, Doe, ela tem que conquistar os amigos do futuro namorado dela — Marlene disse e eu revirei os olhos.

— Sabe, há coisas que não se pode fazer junto sem acabar se aproximando, e ficar na detenção juntos é uma dessas coisas — eu disse dando de ombros. — E eu sempre fui próxima do Remus — Marlene revirou os olhos.

— Até onde eu me lembro, você só sabia reclamar do Sirius e do James — a loira disse.

— Eu descobri que eles não são tão ruins — expliquei. — Não é como se fôssemos melhores amigos agora.

— Eu estou ouvindo os sinos da igreja? — Doe disse, me fazendo jogar uma almofada nela enquanto Marlene ria.

— Vamos voltar para o filme — eu disse me ajeitando no tapete. — Depois é O Clube dos Cinco — disse e ouvi uma lamúria de Doe.

Não fora nada demais a conversa com as garotas. Remus e Severus também haviam me dito isso. E eu sabia que era verdade, mas aquilo nunca ficara na minha cabeça como agora. Eu até parara de chamar o James pelo seu sobrenome, notei, e fiquei me perguntando quando aquilo havia acontecido. Nessa última semana, mal me importei com o fato dele ser a primeira pessoa com quem conversava. Eu cheguei a sugerir que Remus pedisse a ajuda dele em algo. Onde eu, Lílian Evans, iria sugerir a ajuda de James Potter em algo que não fosse pegar detenção? Quando O Clube dos Cinco acabou, mostrei para as meninas que realmente não dava para ficar em detenção juntos sem acabar se aproximando, e então elas entraram em uma discussão de quem eu seria no filme, mesmo que eu insistisse que eu seria o nerd, Doe e Marlene pareciam concordar que eu deveria ser a estranha, dessa forma James seria o jogador, e ficaríamos juntos eventualmente. Depois, arrumamos onde iríamos dormir e ficamos conversando sobre coisas aleatórias, como séries, livros e sobre algumas pessoas da escola enquanto comíamos. Marlene fora a primeira a dormir e senti que, antes de se virar para fazer o mesmo, Doe queria falar algo, mas pareceu ter desistido.

Finalmente olhei meu celular. Havia algumas mensagens da minha mãe reclamando que agora parecia que eu não parava mais em casa, e algumas do Remus, que pedia para eu avisar quando fosse para casa no dia seguinte. Além de mensagens no grupo da escola e nos grupos da família. Respondi Remus e minha mãe e também fui dormir.

Não foi novidade quando foi a primeira a acordar no dia seguinte. Era quase hora do almoço, mesmo assim desci para comer alguma coisa. Vivian, mãe de Marlene, já estava acordada, também tomando seu café. Cumprimentei-a e me juntei a ela. Ela perguntou sobre a minha família e ficamos conversando até que ela teve se sair, já que o hospital em que ela trabalhava como enfermeira parecia precisar dela. O pai de Marlene, como na maioria das vezes em que eu ia para a casa dela, estava trabalhando. Disse que a sra. McKinnon não precisava de se preocupar com as louças, e então ela me agradeceu, com um beijo no topo de minha cabeça e saiu. Antes de voltar para o quarto, arrumei a cozinha. Lene já havia acordado quando eu entrei no quarto e a avisei que a mãe tinha saído. Ela apenas assentiu e perguntou se eu estava acordada há muito tempo. E então me perguntou sobre Severus. Eu ainda não havia contado o que tinha acontecido na quinta a noite para elas, dessa forma, não sabiam que tínhamos brigados. Mas acho que era óbvio que elas perceberam que algo havia acontecido entre a gente. Eu não olhara para ele em momento algum na sexta-feira, enquanto eu sentia que ele acompanhava cada passo que eu dava.

Não hesitei em contar tudo para Marlene, ela era minha melhor amiga e sempre fora tão fácil conversar com ela. Doe acordou quando eu começava a história, e se juntou a Lene na cama. Quando terminei, eu tinha minha cabeça deitada sobre meus braços cruzados em cima da cama, Lene me fazendo cafuné e Doe segurando uma de minhas mãos. Já fazia tempo que nenhuma de nós precisávamos falar algo em momentos como esse, apenas ter a compainha uma da outra parecia ser suficiente. O que era verdade. Elas sempre seriam o suficiente para melhorar meu dia, para me fazer sentir bem. Tê-las do meu lado era a melhor coisas que eu poderia pedir e esperava que aquilo nunca fosse mudar, não importa o quão insconstante fosse as coisas, Lene e Doe eram as minhas melhores certezas.

TroublesWhere stories live. Discover now