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Kyara
- mamãe - escuto a voz do meu filho e abro meus olhos rapidamente

— oi meu amor - falo vendo a hora no celular, eram 8h30 da manhã

— tio Cauê tá lá embaixo - ele disse e eu concordei com a cabeça.

me levantei e fui até o banheiro, lavei meu rosto e soltei meu cabelo do coque deixando ele com alguns cachos pouco definidos, sai do quarto e Caíque veio atrás de mim, cheguei na sala e vi ele parado lá, sorri e me aproximei abraçando o mesmo com força.

— senti saudade - ele disse e eu sorri

— também senti - disse olhando pra ele depositando um selinho na sua boca

— mamãe, eca - Caíque disse olhando pra gente
— ah moleque, vem cá - Cauê pega ele no colo e corre com ele pela casa, escuto a risada do meu filho e sorrio, vou pra cozinha e preparo um leite com nescau pra mim

— mamãe - Caíque chega correndo na cozinha — cadê meus brinquedos pra eu brincar com o papai - ele falou e eu olhei pra ele ao ouvir ele chamar cauê de "papai"

— papai Caíque? tá muito íntimo - eu digo e cauê entra na cozinha

— é amor, ele é quase meu filho - Cauê disse e tomou um gole do meu leite

— ei, larga - falei tomando meu copo dele — amor seus brinquedos tá lá em cima, já vamos abrir as malas - eu disse e ele concordou saindo da cozinha e indo pra sala

***
minha casa já estava cheia, todos os meus amigos estavam aqui, meus irmãos e meu quase namorado. estávamos conversando depois que eu já tinha entregado todos os presentes, quando Cauê chamou a atenção de todo mundo, ele virou pra todo mundo e começou a falar.

— bom, demorei quase 6 meses pra fazer isso e acho que agora é o momento certo, Kyara - ele me chamou pra levantar e eu me levantei ficando de frente pra ele — nunca fui de me apaixonar por ninguém, Matheus e Camille sabem disso, mas você chegou e mudou tudo, nos já tivemos muitas brigas, muitos desentendimentos e já nos afastamos e brigamos muitas vezes, você se tornou a melhor coisa que já apareceu na minha vida! então, você aceita ser minha fiel? - ele falou e eu, com certeza, já estava com lágrimas nos olhos.

ele estava com um par de alianças na mão, eu sorri e concordei com a cabeça abraçando ele, depositei um selinho em sua boca e ele colocou a aliança em mim e eu coloquei nele, meus amigos estavam batendo palmas e vindo nos abraçar, Caíque pulou em mim e abraçou nos dois, foi uma das melhores noites da minha vida.

***
todos já tinham ido embora, Cauê disse que ficaria ali comigo pra me ajudar a arrumar as coisas, sabia que aquela generosidade ia resultar em alguma coisa no final da noite, Caíque estava na sala brincando e Cauê me ajudando na cozinha, terminamos de arrumar tudo e ele veio até mim

— agora sim é oficial, né? - sorriu e entrelaçou  nossas línguas em um beijo incrível

— Caíque ainda tá na sala, eu vou por ele pra dormir - falei e ele assentiu sai da cozinha e fui pra sala vendo meu filho assistir tv e brincar com seus brinquedos — vem amor, vamo dormir - eu falo e ele me olha

— quero colo - ele diz e me estende os bracinhos, sorrio e pego ele no colo

— manhoso - falo e ele encosta a cabeça no meu ombro.

subo as escadas até seu quarto e entro no banheiro com o mesmo, ligo o chuveiro e dou um banhozinho rápido pra tirar o suor e afastar o calor, ele já estava caindo de sono. termino o banho, enrolo ele numa toalha e volto para o quarto, coloco um pijaminha de dinossauro que ele pediu, penteio seu cabelo, passo um pouco de lavanda no mesmo, ligo o ar e logo Cauê entra no quarto vendo eu colocar ele no colo

— vai, eu faço ele dormir amor - Cauê diz e chama Caíque pro seus braços, meu filho aceita e eu sorrio, ele deita a cabeça no colo de Cauê e fecha os olhinhos pra dormir

— obrigada - beijo a bochecha do meu filho e em seguida a de Cauê, saio do quarto dele e vou até o meu.

tiro aquela roupa suja e tomo um banho sentindo meu corpo todo relaxar, saio enrolada numa toalha, coloco um baby doll soltinho e penteio meu cabelo, passo pelo corredor e vejo o quarto de mariana, a porta estava fechada, abri a mesma e fiquei encostada no batente observando o quarto do jeito que ela tinha deixado, eu não mexia ali, ela fazia uma falta danada e eu sei que nunca esqueceria da cena em que minha melhor amiga caiu sem vida no chão e seu sangue escorrer em meus braços. uma lágrima solitária desceu pela minha bochecha e logo a enxuguei rapidamente, duas mãos rodearam minha cintura e eu sorri, ele beijou minha bochecha e encostou o queixo no meu ombro

— ela faz falta - eu falei acariciando seu rosto devagar com as unhas

— eu sei, mas to aqui com você, nada e nem ninguém vai te machucar porque eu não vou permitir isso - ele disse me tirando um sorriso

— as vezes eu queria tirar esse quarto, as vezes não - eu disse

— ela não está presente aqui, isso é só material, ela está presente aqui, amor - ele apontou pro meu peito do lado do coração

— eu sei - falo e logo me recomponho, fecho a porta e tranco a mesma

— vamo dormir? - ele perguntou andando comigo até meu quarto

— vamo, mas vai tomar banho primeiro - eu disse me sentando na cama e ele soltou uma risada

— você que manda, gata - ele disse e tirou a blusa indo para o banheiro

ajeitei a cama pra gente e me deitei, depois de 15min ele saiu do banheiro e se deitou ao meu lado agarrando minha cintura

— boa noite - ele sussurrou beijando minha boca

— boa noite - sorri retribuindo o selinho e logo o sono tomou conta de nós dois.

Por acaso, nós! {concluída}Where stories live. Discover now