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                                   Kyara
acordei e caíque ainda dormia chupando sua chupeta azul que tinha ganhado de Mariana, olhei a hora e já eram 10:30 da manhã, Matheus e Rafaela já deveriam ter saído, peguei meu celular e mandei mensagem pro meu irmão
Mensagem
K🧚🏽‍♀️: bom dia, maninho - ele rapidamente visualizou
Matheus: bom dia, to na boca já
K🧚🏽‍♀️: ta bomm
Matheus: te cuida
K🧚🏽‍♀️: tu também
Mensagem of

visualizei sua mensagem e sorri bloqueando meu celular, Caíque acordou e eu dei o peito pra ele, fiz ele arrotar e fui dar um banho nele, tirei a roupinha e liguei a água morna dentro da banheira dele, coloquei o mesmo dentro, lavei seu cabelo e seu corpinho, tirei o mesmo, troquei ele colocando um body fresquinho, quando vi a hora já eram 11:10 da manhã, coloquei ele deitado na cama com alguns brinquedinhos e os travesseiros ao redor, desci as escadas indo até a cozinha e n vi os vapores na frente de casa, me distrai fazendo um sanduíche pra mim quando escutei a porta bater

— Matheus? Rafa? - perguntei e ninguém respondeu, deixei o sanduíche no prato e sai da cozinha pra ver quem era, quando eu passei pela porta, eu vi ele

— então quer dizer que a vadiazinha fugiu de mim pra vim morar aqui - ele se aproxima de mim e rapidamente puxa meus cabelos pra trás — filha da puta, agora tu vai aprender que não pode me enfrentar - ele me jogou no chão e distribui tapas pelo meu rosto, deu pontapés na minha barriga, murros nas minhas coxas, eu só sabia chorar, não tinha forças pra mandar ele parar, fechei meus olhos sentindo toda a dor de 1 ano atrás novamente, ele puxou meu cabelo e fez eu me levantar, abri meus olhos olhando pra ele enquanto lágrimas saiam pelos meus olhos. — você é uma putinha de merda, merece apanhar até a morte

— então me mata - eu gritei e recebi mais um tapa no rosto

— larga ela - escuto uma voz atrás de nós e logo um barulho de tiro soar pela sala e logo um barulho de vidro também.

CG tinha atirado acertando um vaso na mesa perto da escada atrás de nós, ele me soltou com força fazendo eu cair no chão, CG vem rápido até mim e isso faz com que Luiz corra e fuja saindo pela porta da frente.

— ei, vem cá - ele me chama — consegue levantar? - nego com a cabeça e ele me pega no colo me levando até o sofá, ele me senta no mesmo e eu começo a chorar — cadê o kit de primeiros socorros? - ele pergunta e eu aponto pra um armário debaixo da televisão, ele levanta e pega o mesmo trazendo até mim

— obrigada - eu falo pra ele com a voz falhada de tanto chorar, ele me olha e pega algodão colocando um pouco de álcool no mesmo e limpando os machucados do meu rosto

— quem era ele? - ele pergunta

— meu padrasto, isso não aconteceu só hoje, é desde o ano passado - eu falo

— e o seu filho?

— foi fruto de um estupro, aquele homem me estuprou, só que ele não sabe que eu engravidei e nunca vai saber - eu digo e sinto um dos machucados arder - ai

— desculpa - ele fala, tira o algodão e coloca um band-aid

— posso saber seu nome? - eu pergunto

— Cauê - ele responde dando um sorriso

— eu vou la em cima, Caíque tá lá - eu tento me levantar mas a dor nas minhas pernas me impede

— eu te ajudo - ele segura minha mão e me ajuda a levantar.

Cauê me leva até o quarto e eu vejo Caíque deitado olhando tudo e colocando sua mãozinha quase toda na boca, ele da um sorriso e eu sorrio pra ele. Cauê me ajudou a entrar no box e ficou olhando Caíque pra mim enquanto eu tomava banho, sai do chuveiro e me olhei no espelho, minha bochecha estava vermelha e tinha um corte no meu supercílio e na minha boca, meus braços estavam roxos e minhas pernas também, sai do banheiro usando um blusão e um short de pijama, Cauê estava deitado na minha cama virado pra Caíque que ria com ele e eu sorri vendo essa cena; me sentei na cama e fiquei conversando com Cauê e conhecendo ele até Matheus entrar desesperado pela porta do meu quarto e revezar seu olhar de mim pra Cauê e de Cauê pra mim, Cauê se levantou entregando Caíque pra mim e me deu um beijo na bochecha

— te cuida loira, valeu irmão - ele faz um toque com Matheus e sai do quarto, Matheus olha pra mim e cruza os braços

— como aquele desgraçado te achou? - ele fala e eu sinto uma lágrima descer

— eu também não sei, eu me escondi no último lugar que ele poderia me achar e ele me achou, eu não vou mais me sentir segura matheus - eu falo e ele vem até mim se sentando na minha frente, tira o cabelo do meu rosto e olha meus machucados

— filho da puta, se eu achar ele, eu juro que eu mato - ele disse e eu deitei Caíque ao meu lado e abracei meu irmão

— eu te amo, obrigada por me deixar ficar aqui - ele me abraçou de volta e beijou minha cabeça

— vou colocar 8 vapores ao redor dessa casa e você só sai daqui se tiver alguém com você, ok? você não vai sair sozinha - ele fala me soltando e olhando pra mim

— tá bom - eu falo

— Rafaela ta chegando pra ficar contigo, vou no asfalto resolver uns bagulho e já to de volta - ele diz e eu concordo com a cabeça.

                        1 semana depois
havia passado uma semana do ocorrido, eu estava melhor, meus machucados estavam todos sumindo, nesse tempo eu comecei a me aproximar mais de Cauê, o que fez meu irmão ficar bem enciumado com isso, já briguei com ele dizendo que eu sabia me cuidar e que não era pra ele se preocupar, eu sabia a hora de parar. hoje era dia de baile aqui e ia ser a minha primeira vez, eu ia dançar até não aguentar mais. Eu, camille, rafaela, luísa e vitória, outras duas meninas que eu tinha me aproximado muito, íamos juntas, eu estava no meu quarto enquanto Caíque assistia um desenho, luísa chegou no meu quarto trazendo malu, a filhinha dela e de leão, esses dois se amavam e não se assumem, incrível!

— e aí piranha - luísa chega perto de mim me dando um beijo na bochecha

— piranha é tu - eu digo sorrindo, ela coloca maju ao lado de Caíque e começa a se arrumar junto comigo.

Em 30 minutos meu quarto se encheu com as meninas, estávamos todas quase prontas, eu ia arrasar no baile hoje junto com as meninas que mudaram e transformaram minha vida pra melhor.

Por acaso, nós! {concluída}Où les histoires vivent. Découvrez maintenant