Era uma tarde quente demais quando o carro saiu. Era uma noite muito fria quando Dulce descobriu que sua vida iria mudar de cabeça para baixo.
Com o luto não vem apenas a tristeza, vem a raiva, vem a negação, vem a dor profunda. O silêncio, o silên...
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°•Dulce maria•°
Eu: Mateus..-- Chamei seu nome com minha voz um pouco baixa, a porta de seu banheiro só estava encostada, por isso quando a empurrei de leve com minha mão, ela se abriu.
Mateus: Saí! Saia daqui agora dulce.-- Sua voz soou baixa e um pouco falhada.
Suas mãos apertaram o mármore da pia e ele tossiu, as manchas vermelhas de sangue sujaram a pia branca.
Dei alguns curtos passos para trás assustada. O que ele tem?
Eu: O que você tem?-- Ele lavou sua boca com a água e tampou seu rosto com a pequena toalha azul, respirou fundo e então me encarou depois de alguns longos segundos.-- Merda Mateus! O que está acontecendo?
Mateus: Nada que você precise saber, saia daqui.-- Fiquei parada no mesmo lugar, cruzei meus braços e olhei para ele irritada.
O garoto suspirou fundo tentando manter a calma, andou até a cama quase caindo mas eu o ajudei ele a se sentar no colchão macio de sua cama.
Eu: Me fale o que está acontecendo com você, por favor. Quero te ajudar, pode falar pra mim. Por favor Mateus...-- Seus olhos se fixaram nos meus, segurei suas mãos tentando o transmitir confiança.
Ele encarou nossas mãos dadas e abriu um pequeno sorriso ladino. Olhei no fundo de seus olhos novamente esperando com que ele explicasse o que está acontecendo.
O garoto soltou um longo suspiro cansado.
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°•Guilherme•°
Eu: Não!-- Continuei com meus olhos fixos nos livros que estavam na prateleira.
