18- Mia

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Uma parte minha, sempre achou que eu estava errada em desconfiar de Roger Sinclair e seu caso com o encanador Monroe, mas todos temos essa parte, afinal, dentro de nós sempre irá habitar um eu crítico e sem confiança. A minha outra metade, dizia que eu era esperta e perspicaz o suficiente para continuar acreditando piamente na minha suspeita, e minha parte confiante acertou um gol.

Roger Sinclair foi encontrado esta manhã, morto em sua casa. Ele estava deitado em sua cama — a mesma cama que dividia com Victor Leroy — abraçado ao corpo de Monroe, seu amante.

Quando meu chefe, sr. Smith, chegou a nossa cena do crime, ficou boquiaberto. Eu quase sorri com uma petulância que só os adolescentes têm, contudo, eu não fiz. Fui profissional e fingi que não tinha alertado sobre aquilo, enquanto fazíamos nosso trabalho pericial nos caras mortos.

Agora nosso trabalho se complicou ainda mais, afinal, se eu suspeitei que o marido traidor tinha assassinado o sr. Leroy, como eu provaria isso sem a confissão do nosso morto? Porém, eu já tinha excluído essa possibilidade, quem matou Victor, matou Roger e Monroe, e não tínhamos nada em mãos que ligasse o crime a algum suspeito.

— Eu quero todas e quaisquer informações que vocês conseguiram. Email pessoal, registro de chamada, transação bancária e mensagens de texto — rugiu sr. Smith quando chegamos ao laboratório — Eu quero a porra de um nome — ele estava realmente muito bravo, mas desconfio que estava assim com ele mesmo, por ter sido um babaca arrogante e não ter me dado ouvidos.

Nossa equipe fez o trabalho pericial mais minucioso que já vi na vida. Conseguimos um mandado judicial para vasculhar cada pequena informação sobre nossos três homens mortos, uma equipe foi destinada a casa do Monroe e outra voltou até a casa de Victor e Roger, eu e Annabelle fizemos testes com evidências que coletamos nas cenas de assassinato e ,claro, fizemos a orelha do nosso chefe pegar fogo de tanto falar mal dele.

E no final do dia, não tínhamos merda nenhuma. Parecia um beco sem saída. Não foi crime passional, esses crimes tende a deixar pontas soltas, são mortes conduzidas por emoções, ou seja, sem nenhum planejamento. Nesse caso, estamos lidando com um assassino em série que não deixava nada para trás, nem um fio de cabelo sequer.

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Chloe e eu fomos cedo para a casa da minha mãe no dia de ação de graças. Se fossemos úteis na cozinha, teríamos ido na noite anterior, mas eu, propositalmente, sempre aparecia quando a ceia já estava pronta. Logo que chegamos, Pat e Chloe se enfiaram no quarto e eu fiquei me perguntando se estava rolando algo entre eles, no outro dia achei que fosse com a Louise, mas agora estou inclinada a pensar que meu irmão caçula estava dando uns amassos em Chloe.

— Nick não tá grávida — Jack falou assim que ficamos sozinhos por dois minutos.

— Ótimo — respirei aliviada com aquela informação — Mas agora você tá trabalhando pro Matthew, vê se não faz burrada.

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