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Médico: Bom...- passa aquela maquininha na barrigona da Alê.

Lua: Vai, doutor! É menino ou menina? - pergunto impaciente e ele ri.

Yuri: Calma, mô.- fala rindo.- Parece que o filho é teu, pô.- me abraça de lado.

Lua: É minha sobrinha. Eu tenho direito de saber.- cruzo os braços.

Médico: Como a senhorita sabe que é menina? - pergunta confuso e eu sorrio.

Porra...😀

Lua: Quer dizer que é mesmo? - pergunto empolgada e ele ri.

Médico: Sim! E uma menina muito quietinha.- sorri e eu bato palminhas de empolgação.

Lua: Eu faleeeeeiii! - falo rindo e olho pra Alê que chora sorrindo.

Rei: Tá fudido, parceiro.- fala rindo e põe a mão no ombro do Lucas.

Ele tava intacto!

Não esboçou nenhuma reação.

Apenas arqueou uma sobrancelha com a cara fria.

Sério, cadê meu irmão?

Mano, o Lucas sempre foi babão.

Num podia ver uma criança que já tava brincando, cheirando, fazendo palhaçada...mas agora...

Porra, eu sempre achei que quando ele fosse pai, iria ser o pai mais coruja e amoroso de todos os tempos.

Mas agora ele tá aí todo frio.

Porra, tá bom, esse bb foi gerado num descuido, mas é o filho dele. Independente de quem seja a mãe.

Lua: Garoto, fala alguma coisa.- ponho a mão na cintura.

Lucas: Nossa...que legal.- falou fingindo uma felicidade.

Cemicerrei os olhos e me controlei pá num dar um "pedala-Robinho" bem dado nele.

Respiro fundo e volto a olhar pro médico.

Médico: Bom...querem ouvir o coração dela? - pergunta pegando um aparelinho.

Alê: Dá pra ouvir? - pergunta com os olhos brilhando de felicidade.

Médico: Sim, claro.- acente e põe o aparelho lá.

Um sonzinho bem lento começa a tomar conta do quarto lentamente...

A Alê já começa a chorar, minha mãe abraça meu pai de lado e também choram igual uns bb's.

Até o Lucas sorri bem fraquinho de lado.

"Mais já?"

Eu olho pro Yuri e sorrimos nos abraçando também. Lembro do dia que eu ouvi o coração acelerado do meu pivete...

Nossa mano, nem sei explicar o sentimento.

Médico: Hm...- seu rosto fica sério.

Lá vem.

Alê: Algum problema, doutor? - pergunta preocupada e ele guarda o aparelho.

Médico: O coração dela tá meio lento demais...- fala intrigado e anota algo numa pranxeta.

Meu Deus...

Rei: E qual que é dessa fita? - pergunta confuso.

Médico: Bem...eu tenho de fazer alguns testes...exames...- fala sério e ageita o óculos.

Pronto, começou a putaria...

Lucas: Mas...a bb tá suave? - pergunta esboçando um pouco de interesse.

Hm, já é um começo.

Médico: Eu ainda vou ver...- nega.- Agora, eu preciso ficar sozinho com a paciente. Licença.- aponta pra porta calmamente.

Acentimos e saímos todos.

Sentamos nas cadeiras de espera e suspiramos um pouco preocupados.

Tomára que não seja nada grave.


A Problemática Da Rocinha Onde histórias criam vida. Descubra agora