Lua🌛
Abro os olhos lentamente e vejo uma luz branca...
Carái, minha barriga tá doendo de fome.
Olho em volta: um quarto todo branco.
Porra será que eu morri e num tô lembrando?
Se eu morri, eu vim pro céu?
Oxi, num sabia que todo mundo podia entrar no céu assim não...
Mas, Se até eu entro aqui, o inferno vai falir.
Gente...passada.
Lua: Onde é que eu tô? - pergunto tonta.
Lya: Postinho.- ouço a porta se abrir e vejo a Lya entrar.
Sorrio fraco e ela vem até mim.
Lua: Por quê eu tô aqui? - pergunto me sentando na cama.
Lya: Tu deu mó susto em todo mundo, fia. Tu desmaiou no mei da rua.- fala e eu escondo meu rosto com as mãos.
Eu num canso de passar vergonha.
Lua: Que King Kong que eu paguei, porra.- négo e ponho minha mão na boca.
Ela ri e se apoia na cama.
Lya: Pois é. E eu só consegui te trazer aqui, porquê o Yuri apareceu e te trouxe no colo.- fala e eu franzo as sobrancelhas.
Gente, ele que me trouxe? E no colo? Acho que vou fingir desmaiar denovo depois, só pra ele me pegar no colo outra vez.
Lua: Ele tá aí? - pergunto empolgada.
Lucas: Tá não, cria.- entra no quarto junto com minha mãe.- Ele vazou quando soube que tu tava bem.- se encosta na parede perto da porta.
Aff, nem pra ficar.
Vacilão.
Mas pelo menos ele se preocupou, né.
Sinais, ótimos sinais.
Lua: Mas, enfim, oq foi que me deu? - pergunto e minha mãe faz cara feia.
Será que eu vô morrer?
Thay: Tu passou o dia todim sem comer por quê, Luára? - pergunta brava.
Eita carái, verdade.
De manhã eu nem tomei café, na verdade, nem água eu tomei.
E passei a tarde no salão cheirando produto químico.
É, tô querendo morrer mermo, viu.
Lua: Ai mãe, num me lembrei nem de comer, com tanta merda que aconteceu e com as fofocas do salão.- rio fraco e ela cemicerra os olhos.
Thay: Da próxima vez eu vou te dar uma surra, garota.- aponta pra mim e eu rio.
Rei: E eu ajudo.- entra na salinha rindo fraco e vem até mim me dando um beijo na testa.
Lua: Vão nada, e se tentar eu corro.- debocho e minha mãe dá um tapa no meu pé.
Thay: Deixa de ser aldaciosa.- brinca.
Rei: Puxou à tu.- aponta pra ela rindo.
Ela dá um murro de leve no braço dele e ri.
É como diz a música: Entre tapas e beijos.
Ô família doida.
Mas, eu amo.
...Pópó: Ô menina pá cumê.- fala assustado e com as sobrancelhas franzidas.
![](https://img.wattpad.com/cover/196171307-288-k197455.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Problemática Da Rocinha
Teen FictionEla cresceu com ameaças e com medo de perder quem mais ama, tudo por causa do tráfico. Seu pai é um dos traficantes mais temidos e odiados do Rio de Janeiro, e sua mãe, assim como ela, sempre recebeu inúmeras ameaças, por ser mulher do Traficante ma...