《oito》

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O capítulo é meio tristinho mas eu quis mostrar esse lado da vida do H. Amo vocês.

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Normalmente todos os dias são felizes para Harry, bom, quase todos. Ele sempre amou muito sua família e falar sobre seu pai o deixa emotivo, mas hoje ele sabe que não tem como escapar.

O garoto sorri quando lê as mensagens de Louis dizendo que irá buscá-lo ao fim da tarde e que o ama. Então o de orbes esverdeadas sai de seu quarto e desce as escadas, logo sentindo um cheirinho de bolo por toda casa.

Harry adentra a cozinha e vê sua mãe tirando o bolo da forma.

- Oi, mãe.

Anne sobe o olhar rapidamente, sorrindo amorosamente em sua direção.

- Oi, querido, vai sair? - ela espera uma resposta do filho, logo mudando sua expressão e se dando conta do dia que se trata - Ai amor, eu sou tão distraída que me esqueci.

Vai em direção ao filho, o envolvendo em um abraço apertado e caloroso.

- Eu preciso ir lá sozinho, mamãe - Harry fala baixinho, se sentindo triste.

- Amor, você sempre vai comigo ou com a Gemma, por que isso agora? Eu posso ir com você.

Harry apenas balança a cabeça e beija sua testa.

- Não deixe Gemma comer o bolo todo, ok? - ri quando sua mãe concorda e o abraça fortemente.

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Cinco, dez, quinze e talvez até vinte, Harry não sabia a quantos minutos estava parado em frente a clínica. Estava nervoso e se sentindo um completo idiota por demorar tanto a entrar, era apenas complicado toda a situação para ele. Tentando manter sua respiração calma, caminha até a porta marrom e bate delicadamente, segurando firmemente o diário que descreve uma vida toda ali.

- Harry! - a voz animada faz o menino soltar um pequeno sorriso

- Oi, Tina - sente braços o envolverem e timidamente retribui a senhorinha.

- Estava esperando por você mocinho! Onde estão as mulheres da família? -Tina pergunta ao se afastar dele, ajeitando seu uniforme branco.

- Estão em casa, preferi vir sozinho hoje.

A mulher apenas assente e o guia até o quarto. O caminho é curto, mas para Harry parece durar longos, arrastados e dolorosos minutos, sentindo as batidas de seu coração cada vez mais rápidas.

- Ela está quieta hoje, não falou muito desde que acordou - diz antes de lançar um sorriso sincero em sua direção e caminhar para longe.

Styles abre a porta e se depara com o quarto branco e frio já conhecido por ele: vasos de flores perto da janela e desenhos sobre a escrivaninha.

- Olá, Mary - Harry vê a pequena senhora se virar em sua direção e o olhar confusa.

- Você é o meu novo acompanhante? - sua voz sai fraca e ela o olha com curiosidade.

Harry apenas força um sorriso e se aproxima dela, sentando na pequena cadeira perto da cama.

- Eu sou algo mais parecido como o contador de histórias. Animo as pessoas por aqui.

Mary faz uma pequena careta, ainda o encarando.

- Não lembro de você por aqui rapaz.

Styles apenas ri e a observa.

- Me permite ler para a senhora?

Mary o analisa, passa a mão pelos lençóis limpos e balança a cabeça.

- Estou entediada rapaz, então vá em frente.

O de cachos sorri, abre com cuidado o pequeno diário e começa a ler, logo atraindo a atenção da senhora.

O tempo parece passar bem devagar naquele quarto confortável, os minutos vão se arrastando e Styles lê cada parágrafo como sua vida dependesse disso.

Harry deixa escapar um pequeno suspiro de alívio quando aos poucos a expressão confusa de Mary é substituída por uma de surpresa.

- Harry? - ela pergunta com a voz embargada e quebradiça

- Oi, vovó - a resposta é no mesmo tom, e antes que eles possam se dar conta os dois estão se abraçando.

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Harry desce correndo os pequenos degraus da clínica em direção ao carro preto parado na rua, ele apenas puxa a porta com força e se joga para dentro, soltando pequenos soluços.

Louis leva um pequeno susto ao escutar o namorado e se sente triste na mesma hora. Sempre é assim quando as visitas acontecem, sempre no final seu garoto acaba chorando.

- Ela tinha s-se lembrando de mim Lou, e-e quando eu terminei de ler, ela n-não se lembrava mais e.. - o choro atrapalha suas falas emboladas e se sente péssimo por não poder ajudar uma das pessoas que ele tanto ama.

Mary era mãe de seu pai, Desmont, e aos sessenta e quatro anos foi diagnosticada com Alzheimer. Os médicos indicaram que o melhor era uma clínica e desde então ela mora em uma.

Tomlinson puxa Harry para seu colo e o abraça com força.

- Eu te amo muito, e estou muito orgulhoso por você ter vindo sozinho, amor - Louis tenta passar todo o amor que o menino em seus braços merece.

- Ela f-falou sobre ele, Lou e eu apenas sinto tantas saudades - o cacheado diz com voz quebrada e com o choro ficando preso na garganta.

- Eu sei babe, e sei também que ele estaria muito orgulhoso de você assim como todos em sua volta estão, você é lindo por fora e por dentro, meu amor - Louis segura o rostinho inchado pelo choro e sorri - Você é o nosso maior orgulho, Harry.

Styles apenas concorda, encaixando melhor seu corpo no de Louis e se permitindo relaxar aos poucos.

E eles ficam assim por um bom tempo, com as mãos entrelaçadas e corpos unidos como se fossem um só.

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