Apenas um Desejo Latente (Uncontrolled Guys Series Book 1)

Capítulo 28

Quatro anos depois...

A porta do escritório abriu-se de golpe e seus olhos foram diretamente naquele menino perfeito e enraivado entrando imponente, com o rosto fechado, bochechas avermelhadas e desprezando qualquer pessoa que estivesse naquele recinto que não fosse ele.

Um sorriso se desenhou no seu rosto vendo aquela imagem e uma recordação vindo muito rapidamente em sua mente. A mesma situação pela qual Peter havia entrado no seu escritório há alguns anos atrás fazer reclamações sobre sua administração na sua linha de moda. Não podia deixar de lembrar daquilo, Peter havia estado com ódio durante todo o trabalho e sempre havia feito o possível para que tudo aquilo fosse potencializado, porque amava vê-lo com raiva, amava vê-lo com as bochechas vermelhas querendo soar ameaçador e principalmente amando a forma com a qual conseguia resolver todo o excesso de raiva e estresse que ele parecia demonstrar sem muito esforço.

Seu pênis se contraiu dentro da sua roupa interior.

Carter resmungou algo inaudível.

Aquilo podia parecer algo estranho, mas considerando seus dias, parecia uma reação normal cada vez que via ele e não importava a situação, Peter parecia ter o controle do seu corpo e sabendo muito bem de tal prerrogativa. Estava muito bem com aquilo, até porque sempre havia tido conhecimento de que estava nas mãos dele, e que nada do que pudesse fazer conseguiria libertá-lo ou surtiria efeito. E não queria que isso acabasse, a verdade seja dita.

─ Eu não sei porque você só contrata pessoas sem noção e sem inteligência para trabalhar aqui. Pelo amor de Deus... ─ a voz um pouco rouca de Peter chegou aos ouvidos de Carter estremecendo o corpo dele, fazendo seu estômago sentir algo voando lá dentro, seu pênis pulsando dentro da sua calça e a necessidade de pegar aquele menino ali mesmo, estava latejante no seu interior, mas ele era mais controlado que isso. Além do mais eles tinham plateia, mas mesmo assim sabia muito bem como devia resolver toda a energia que pairava sobre seu menino inglês.

Seu corpo esquentou sentindo aqueles olhos verdes fixos em sua direção, com algo brilhando ali.

Bom, ter uma relação com Peter Clarke era uma realidade com a qual Carter nunca havia sonhado e imaginado viver, principalmente considerando toda a sua predisposição e sua imagem diante dos relacionamentos, que diziam que nunca faria isso na sua vida; algo que havia mudado e o menino responsável por isso comprovando que ele podia ir muito mais além.

Como estava indo, literalmente.

Peter não era fácil de lidar, muito menos compreendia alguém maleável e fácil de manobrar. Pelo contrário, as vezes parecia que nunca iria conseguir entendê-lo e conviver com seu jeito teimoso, forte e arrogante. Ele não havia mudado em nada, e Carter parecia não querer que isso acontecesse, porque a todo momento estava mimando-o, alimentando claramente suas piores características, como se gostasse de vê-lo sendo espinhoso, como se gostasse de vê-lo demonstrando superioridade diante das pessoas, como se gostasse de vê-lo com aquele mesmo olhar que sempre havia visto desde aquela festa quando tudo entre eles havia chegado a intensidade enlouquecedora. Os seus dias com ele somente comprovavam que havia sido um cego em não ter feito a mesma coisa antes, mas não se arrependia tanto assim, porque sempre estavam recuperando o tempo perdido da forma que melhor faziam.

Depois que havia realmente conhecido tudo sobre ele entendendo quem seu menino era, Carter parecia desenvolver um mecanismo de superproteção que as vezes conseguia ser sufocante para ele mesmo, mas nunca para Peter, porque nunca reclamava publicamente nem quando discutiam por outros motivos. Queria sempre tê-lo perto, queria estar sentindo a presença dele, estar tocando-o, beijando e fazendo amor com ele a qualquer hora.