Capítulo 9

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─ O que você está fazendo aqui?

O olhar de Tyler foi exatamente no garoto a sua frente. Ele estava vestindo um moletom preto um pouco abaixo da cintura, sem camisa, expondo todo o seu corpo delicado, aquelas curvas pareciam pedir que as mãos dele castigassem o local, o cabelo tão preto de Peter estava todo embaraçado, seus lábios tão inchados e avermelhados, como se estivessem sido beijados ─ Carter não gostou desse detalhe que havia notado ─ olhos um pouco inchados, bochechas rosadas. Seu pênis pulsou no jeans que estava vestindo, ele não devia reagir assim ao garoto, mas era complicado ignorar que seu pau tomava vida quando estava perto dele. E, pelo amor de Deus, aquele corpo tão pequeno e bem feito era sua maior doença, queria destruir aquilo e explorar cada parte daquele corpo e reclamar como seu.

Não sabia o que estava passando na sua cabeça quando decidiu ir até a casa de Peter. Na verdade, ultimamente sua mente parecia totalmente descontrolada e em um mundo escuro sem capacidade de enxergar outra coisa que não fosse Peter. A explicação para tudo isso era a talvez abertura do garoto para que pudesse, mesmo com resistência de um lado, aproximar-se e poder fazê-lo seu, sem se importar se ele estava querendo ou não submeter-se a isso. Tyler não estava errado, Peter realmente sentia algo por ele, nada daquele jeito desafiador e espinhoso era referente a querê-lo longe e sim para incitar a querer bem mais e perto.

Depois daquele dia em que haviam novamente matado a vontade que estavam tentando enganar-se de que não existia, Tyler parecia cada vez mais instável psicologicamente ─ ainda que estabilidade psicológica não fosse muito sua característica depois de Peter Clarke cruzar o seu caminho ─ e sua mente trabalhava a mil por hora para conquistar uma outra oportunidade para saciar aquilo dentro dele.

A primeiro momento, parecia ser algo prático olhar Peter posando para as fotos, dedicando os olhares mais bem preparados, os gestos mais coerentes e as posições mais indicadas para que tudo fosse exatamente preciso ao espirito despojado das normas que a linha pedia, também desejar e imaginar fazendo aquele garoto seu, naquele lugar. Tyler havia observado e lutado com uma repentina mudança, a questão de sentir que imaginar não era suficiente e nunca havia sido. Ele queria mais. Bem mais. E suas oportunidades haviam surgido muito rápido, sem qualquer aviso, mas destruindo muitos obstáculos que Peter havia levantado. A questão era, haviam transado depois de uma discussão, Peter provavelmente não estava nenhum pouco adepto a querê-lo ali, mas Tyler havia conseguido bem mais do que havia planejado. É claro que ele estava desejando pegar de jeito aquele menino e fazê-lo rogar por seu pênis, aliás era um desejo contínuo desde a primeira vez que haviam feito. E quando discutiram apenas por uma questão de ciúmes e possesividade, Tyler conseguiu ver que podia muito bem fazer algo que ficar imaginando suas mãos naquele garoto.

E a alternativa foi realmente aproveitada, Peter parecia estar de acordo e bem mais instável que ele quando o assunto era o sexo que eles faziam.

A mudança brusca de situação parecia não ser entendida por nenhum deles. Tyler sabia que não devia e nem era seu perfil chegar e iniciar algo para que terminassem transando. Simplesmente devia chegar sem pedir e não esclarecer ponto nenhum. Talvez até mesmo Peter quisesse isso. As duas vezes que haviam transado, pareciam que palavras iniciais que indicariam sexo eram inexistentes. Somente acontecia a discussão com ambos desafiando-se, dizendo palavras depreciativas, atingindo as feridas expostas e ignorando a capacidade de ambos em pensar o resultado final do verdadeiro campo de guerra que montavam.

Bom, isso parecia ser vantajoso para Tyler porque nunca haviam sido muito bom para situar alguém em uma situação que fosse sua "foda", sempre chegavam e faziam sem qualquer iminência de diálogo. Bom, ele tinha que repetir isso com Peter, talvez funcionasse ou talvez Peter fosse realmente igual a ele a ponto de que não querer, com palavras saber o que estava acontecendo ali, porque nem mesmo ele conseguia explicar. A necessidade de ir até Peter, pelo fato de não tê-lo visto o dia inteiro, parecia sem sentido e sem nenhuma explicação, mas havia estado extremamente frustrado por não ter chegado perto do garoto nem sequer alguns centímetros.

Apenas um Desejo Latente (Uncontrolled Guys Series Book 1)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora