27. Lembre-se de mim, amore

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Lora Bertholdi

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Lora Bertholdi

     
        Chegando ao hospital não pude ver Fellipo de imediato, Lavínia resolvera fazer o papel de mãe preocupada com o filho e de bagagem trouxera Giordana. Eu estava com raiva, extremamente estressada e só desejava falar com Fellipo, Lorenzo me segurava e possuía uma expressão estranha no rosto.

Algo estava acontecendo e ninguém queria me contar.

Estou esperando ansiosa quando Lavínia saí de dentro do quarto com um sorriso presunçoso em minha direção. Tinha a sensação de que ela havia aprontado.

Passaram por mim com o nariz em pé e em um ato infantil mostrei a língua para aquela bruxa, odiava aquela mulher e o codinome sogra cobra servia pra ela.

Ouvi Lorenzo e Violetta rirem com o meu gesto, estava pior que Stella e Henrique disso eu sabia.

Afastei aquela presença horrível dela e entrei ansiosa no quarto onde Fellipo agora estava de olhos abertos. Aqueles belos olhos que me faziam delirar só dele me olhar intensamente, sorri com uma felicidade que não cabia em meu peito e o abracei forte sem pestanejar.

— Que susto você me deu Fellipo Barone.

O olhei sorrindo e acariciando seu rosto. Porém ele me parecia confuso, algo no olhar dele estava diferente, ele parecia não me reconhecer.

— Quem é você?

O meu mundo parou a partir daquela pergunta, a confusão me tomou e temi pelo o que poderia ter acontecido.

— Sou Lora, lembra?

— Desculpa, eu não lembro de você.

Droga, mil vezes droga.

Eu não podia acreditar no que estava acontecendo, não queria nem pensar que era isso, não podia ser.

— Você não lembra de nada?

Perguntei com alguma esperança.

— De você não... lembro da minha mamma, de Giordanna, Lorenzo e até de meu papà.- Ele diz aquilo com inocência e confusão.

Não podia culpá-lo, mas aquilo doía como um inferno. Ele não lembrava de mim, até mesmo da sonsa da noiva ele lembrava, mas não de mim, o amor da sua vida.

Foi impossível não chorar, eu sentia aquilo na alma.

Senti dedos tocarem meu rosto e me permiti aproveitar o carinho que Fellipo me proporcionava por pena.

— Não chore, bella.- Ele secou minhas lágrimas.

Eu não pude me conter, não naquele momento. Beijei-o com todo o meu amor e mesmo que pego de surpresa senti sua língua desenrolar em reciprocidade.

Estava com saudade, muita saudade.

Beijar com amor era como ir ao céu, era uma sensação inexplicável, não era vazio.

Proibida Paixão - Leis da Máfia (Livro īī)  Onde as histórias ganham vida. Descobre agora