Sete

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- Querida não tinha um homem vivo lá que não olhasse para você.

Revirei os olhos com a afirmação de Cristian, agradecendo por estarmos no laboratório, e fora Maitê Dulce e eu e não tivesse ninguém mais ali para presenciar os comentários desnecessários de Cristian.

- Mas é claro que ela só tem olhos para o gostosão do Herrera, né Barbie?

- Não. É claro que não. Eu fui me divertir, apenas, Cristian. Ele que se incomodou.

- Espera, espera, espera! – Dulce sinalizou com as mãos para que ficássemos calados e eu encarei a ruiva sentada na minha frente – você tá saindo com o Poncho?

A ruiva tinha o rosto vermelho agora, e me olhava esperançosa. Levantei uma sobrancelha para ela antes de responder

- Não, Dulce. Eu Não estou.

- Não está, AINDA. -corrigiu Cristian me fazendo bufar e Maitê gargalhou – olha ruiva, você tem que superar. Já faz dois meses que vocês terminaram, o cara não quer mais nada contigo.

- Parte para outro, Dul. Não é por nada não mas esse ai já está na da Annie desde que começou a vigiar ela. – Olhei para Maitê irritada, será que todos aqui vão ficar me jogando para cima daquele imbecil?

- Vocês não conhecem Poncho. Annie é bonita, e ele pode estar encantado, - rebateu Dulce se levantando e jogando a franja do cabelo sedoso para o lado – Mas ele certamente não quer nada com ela. Ela simplesmente não faz o tipo dele.

- E ele faz o meu? Ah, me poupe Dulce. Não fui eu que tentei beijar ele noite passada... ops! Escapou. – coloquei a mão na boca fingindo uma falsa surpresa, e recebendo um olhar de ódio de Dulce, que saiu em seguida batendo a porta

- Ok, acho que nos exaltamos um pouco.
- Cristian levantou – vou falar com ela.

- Annie vocês não precisam se odiar. – falou Maitê assim que Cristian saiu – eles namoraram por três anos. Ela veio para cede por ele. Está sendo difícil para ela, mas ela é uma boa menina.

- Você acha? Eu só consigo pensar no quão ridículo foi essa ceninha de ciúmes aqui. Certamente não vou ser amiga de Dulce Maria.

- Você também foi bem desnecessária. Admita. Não precisava contar do beijo. E aliás, como foi isso sua vadia? E porque não me contou?

- Porque quando eu cheguei você estava com Cristian e a Chuck, já.

- ANAHÍ!

- Está bom, com a Dulce.

Cruzei os braços irritada, até Maitê começar a rir, e eu me juntar a ela.

- Vai me contar o que aconteceu ou não?

Sorri me encostando na cadeira e contando para minha melhor amiga os eventos da noite passada. Ficamos um tempo conversando até Dulce voltar com Cristian, Ela estava agora sem maquiagem e com os cabelos presos, evitou olhar para mim e eu decidi que era hora de me retirar.

- Vou descer, estou com um pouco de dor de cabeça, nos vemos depois? – Maitê Confirmou com a cabeça e quando passei por Dulce ela se esbarrou em mim, me fazendo tropeçar no momento certo que Alfonso abriu a porta.

Sorri com a ironia do destino, quando Alfonso me segurou para Que eu não caísse.

- Any tá tudo bem?

- Não, Eu acho que torci o pé.

Me apoiei sobre Alfonso que me encarava sem entender, olhei rápido  para Maitê e Cristian e vi que faziam muito esforço para segurar o riso.

- Como você caiu? – Alfonso tentou me sentar e eu neguei

- Dulce me empurrou,- acusei olhando debochadamente para Dulce, e a visão quase me fez sentir pena dela. – você pode me levar para o meu quarto?

- Dulce te empurrou?

- Foi sem querer Poncho! Eu não vi ela

- É claro que viu. Eu estava do seu lado e você estava me olhando de cara feia. Não que ela seja tão bonita assim...

- Tudo bem... Já chega. – num movimento rápido Poncho me pegou no colo, me assustando, e se virou para sair – Como se todo aquele show lá em baixo não bastasse, você ainda machuca ela? Dulce, quantas vezes vou ter que te repetir que ninguém tem nada haver com nosso término? Muito menos Anahí. Ultimamente eu te desconheço.

Deixei Alfonso me carregar até o elevador e então desci de seu colo fazendo esforço para não rir da cena toda.

- Você não machucou o pé não é?

- Sou bem vingativa às vezes, e acho que o ponto fraco dela é você.

- Ela realmente te empurrou?

- Esbarrou propositalmente eu diria, por ironia você entrou bem na hora. Ela acha que estamos tendo um caso.

- É, Ela foi gritar comigo lá em baixo. Fez um cena, dizendo que Cristian havia dito que você havia me seduzido ontem a noite.

- Que calúnia... – olhei para o lado sentindo o olhar atento de Alfonso sobre mim ainda

- Ainda quer companhia até seu quarto?

- É claro que não Herrera. – o encarei vendo o sorriso debochado começar a se formar nos lábios dele – com licença. – passei por ele entrando no elevador e apertando o  botão para a porta fechar quando Alfonso a segurou

- Enciumar Dulce foi um ato de defesa ou de ciúmes?

- Vai pro inferno Alfonso. – gritei sorrindo quando o elevador fechou.




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