Capítulo 42

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No caminho de volta para o castelo Asterin tinha em sua boca um gosto amargo, mas satisfatório de vitória, faltava receber as notícias das outras bases, mas era quase certo que eles haviam conseguido se livrar dos estrangeiros e Zaark poderia ser mais uma vez considerado um país livre. As moças que tinham sido espancadas foram levadas para o castelo durante a confusão e, provavelmente, já estavam recebendo os cuidados necessários.

A garota estava no cavalo de Kay, sentido dores abdominais, mas temerosa de falar algo e preocupá-los atoa, até que sentiu algo escorrendo. Suspirou e puxou mais o capuz da capa para tapar a chuva que a perturbava e esconder seu rosto vermelho. Que momento para ela dar as caras!

- Kay... - ela disse aproximando-se do ouvido dele - Acho que estou sangrando.

- Está ferida? - o rapaz disse alto e parando o cavalo bruscamente, atraindo atenção indesejada.

- Não... - ela disse revirando os olhos - Fechei o ciclo feminino.

- Ah... - ele gaguejou - Certo. Sentindo algo mais?

- Cólicas... - ela admitiu - Vamos rápido, por favor.

Não foi preciso falar mais uma vez, correndo pela trilha ele chegou a avançar por alguns soldados, os quais teoricamente não poderiam. Ajudou ela descer do animal e alertou os nobres que a esperavam no salão principal, ela sorriu, feliz em ver aquelas pessoas fora do subterrâneo.

Asterin abraçou Marlon apresada e se explicou rapidamente enquanto sentia o sangue escorrer por sua perna. Algumas nobres foram instruídas por Kay e rapidamente estavam preparando o banho da princesa. A moça se lembra de alguém falar alguma coisa sobre contratar novamente os criados para evitar que eles tivessem de fazer esse tipo de trabalho, Valentina que a levava para seu quarto e vendo o rosto pálido da moça diante das dores que iam se tornando mais intensas, disse que isso era para ser visto depois da guerra.

A garota foi deixada no seu quarto com uma enorme banheira de bronze, cheia de águas fumegantes. Entrou ali, sentindo o calor queimar levemente sua pele e respirou fundo quando percebeu que foi deixado ali dentro alguma essência. Estava satisfeita com seu trabalho e torcia para que a guerra que estava vindo fosse tão simples quanto.

A porta foi batida e Valentina apareceu, já seca e com os cabelos ruivos presos, carregando uma caneca com fumaça saindo. Um trovão soou e a chuva piorou consideravelmente, o barulho do rio já estava mais intenso do que antes. A moça sorriu e se aproximou.

- Isso vai ajudar com a cólica. - ela entregou a caneca para a princesa - Eles jogaram tanto mel aí que deve está doce até doer.

- Não tem importância. - ela disse sorrindo e tomando um gole, Val estava certa - Notícias das outras cidades?

- Todas as notícias até agora são positivas, tirando um problema que as Guerreiras tiveram, mas elas mesmas resolveram. - ela disse puxando uma cadeira e sentando próxima da garota - Acho que nenhuma delas está disposta em falar que falharam para a sua tia.

- Você acha? - Asterin disse rindo - Até eu tenho medo de Aloïsia, imagina se eu fosse sua subordinada?

Valentina sorriu e olhou ao redor, animada.

- Você se lembra de mim? - ela falou calma - Quando éramos crianças brincávamos na floresta? Normalmente eu tinha que brigar com o Kay para levar você embora.

- O que? - ela riu.

- Não lembra... - ela fez um sorriso triste - Aquele menino sempre foi protetor. Eu queria te ensinar subir em árvores, ele falar que você ia se arranhar.

- Não me lembro. - Asterin disse rindo - Mas lembro de Kay me carregando por aí por causa de joelhos ralados.

- Morria de raiva disso. - a ruiva bufou sorrindo - Tinha medo que tivéssemos uma rainha mimada, mas acho que isso você não se tornou.

Princesa de Zaark [Concluída]Onde histórias criam vida. Descubra agora