Capítulo 4

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Já estiveram na cidade enquanto a nobreza está andando pelas ruas? É uma bagunça!

Minha profissão muitas vezes me obriga está em vários ambientes assim, mas cansa e, honestamente, quase chorava quando minha mãe me arrastava pela multidão para ver apenas uma carruagem passar pelas ruas. Não julgo quem goste, mas minha natureza prefere está aqui, um ambiente fechado com algumas pessoas.

Por isso eu penso que o último lugar que eu gostaria de está era em Catalan quando Aires chegou. A praça central da cidade estava cheia de pessoas transitando, mulheres ricas indo até as lojas de joias, homens poderosos discutindo na rua, moças pobres pedindo algo, crianças brincando com que podiam e rapazes corpulento carregando o que fosse necessário por trocados.

Não sei se vocês já foram para Catalan, mas acho que já ouviram sobre a exuberância do local, as casa enormes dos comerciantes, o grande teatro cheio de obras falando sobre a história de seu país em seus melhores momentos, a grande loja de jóias, com seus lustres de diamantes e a praça central, onde não havia espaço sem lírios. Longe disso tem a parte em que ninguém gosta de lembrar, prostibulos, casas caindo aos pedaços e pessoas morrendo de fome, mas vou parar por aí, como eu disse, ninguém gosta de falar sobre isso.

Acima de todas essas coisas o castelo de Catalan faz uma enorme sombra em toda a cidade. Não importa onde, você pode ver as enormes e imponentes paredes de pedra escura crescendo até o céu, lembrando cada habitante quem é que manda. Na frente, os portões de ouro brilhavam contra a luz do Sol, simplesmente para lembrar quem é que tinha dinheiro.

Nesse cenário as pessoas se empurravam, tentavam de todas as formas se aproximar da carruagem, onde Aires e o duque acenavam para a população com grandes sorrisos, enquanto Gayla andava a cavalo observando os soldados protegendo os mornacas. A moça olhava para o povo atenta, observando as moças mais novas gritando para chamar a atenção do príncipe, vez ou outra, quando ele lançava um beijo, elas chegavam a brigar.

- Bárbara! - alguém gritou a chamando, era um rapaz que subiu em um telhado, ele sutilmente tirou a camisa e deu uma piscadela - Deixa esse príncipe de lado e vem cuidar de mim!

A guarda tentou esconder a risada e a vergonha, mas foi incapaz, virou o rosto para o outro lado, vendo Aires na janela rindo fez o cavalo andar um pouco mais rápido e ficar do lado dos soldados da frente, os quais começaram a ri também.

Sempre foi essa euforia, por mais que Gayla achasse exagerado, ela não poderia fazer nada para controlar isso.

- Senhorita... - um dos soldados disse para ela com receio - Por favor, fique um pouco atrás de nós.

- Perdão? - ela disse assustada.

- Você viu o rapaz, a senhorita também está correndo risco.

- Mas estou aqui para proteger. - ela disse, mas permitindo o cavalo andar mais devagar.

- Você é a última linha de batalha. - o homem sorriu para ela - Quase uma cavaleira, deixe isso conosco por hora!

Era esquisito como aos poucos ela estava deixando de ser a bárbara e se transformar parte daquilo."

Tomei outro gole da cerveja e fiz um sinal para Stefan pegar um pouco de comida para mim, preciso ficar completamente sóbria. Suspirei e voltei a concentrar.

- Chegando ao castelo de Catalan, os portões foram abertos e na escadaria da frente estava cheio de nobres prontos para receber o príncipe e o duque. Os grandes senhores de terra, com roupas cheia de detalhes, suas joias e rostos passivos, as belas damas com seus vestidos imensos, seus cabelos, predominantemente, castanhos e sorrisos brancos, todos se curvaram quando a carruagem parou.

Princesa de Zaark [Concluída]Where stories live. Discover now