Insólito Alfa

Especial Zayn

"Preparem o paciente 009. "

Os enfermeiros saíram as pressas até a maca de numero 009. Desde que começaram as experiências, foram mais de 100 pacientes testados. Cerca de 75 deles não resistiu, desde crianças até idoso. Todos tinham em comum a mesma coisa, os dois genes.

Alfas e Ômegas Transexuais.

"Senhor ele está desacordado. Devo acorda-lo?" - o homem de jaleco branco olhou de onde vinha a pergunta. Seus olhos grandes e frios encararam a figura inconsciente sobre a maca.

"Sim" - andou até a sua sala. Ouvindo as rodinhas da maca atrás de si.

Pararam em uma sala branca repleta de maquinas super-desenvolvidas. O doutor pegou um de seus aparelho e entregou na mão do terceiro enfermeiro. Já que os outros dois tiravam o corpo magro de cima da maca colocando-o na cama.

"Isso é arriscado, Dr" - Coller, o chefe dos enfermeiros disse.

"Que eu saiba o médico aqui só eu, Coller" - o doutor disse rudemente. - "Não se entrometa em meu serviço. Agora agilize isso!"

Saiu da sala.

Os três enfermeiros se olharam assustados. Suas vidas dependiam daquilo, ou melhor, a vida de suas famílias dependia daquilo.

Alguns enfermeiros mantidos sob pressão não aguentaram assistir todo sofrimento, e morte causada ali. Por fim acabaram perdendo a vida também. Seja pelas próprias mãos, ou por ordem do chefe quando os pegava tentando fugir.

"Ligue a maquina. Nível 10, aumente devagar a voltagem" - o alfa Coller disse. Os outros dois alfas obedeceram.

Coller se aproximou do ômega de pele tão branca que deixava as marcas roxas em seu corpo ainda mais evidentes. Suspirou triste, sentia pena e nojo. Pena do pobre ômega que não deveria ter nem vinte anos. E nojo de si mesmo por não ser corajoso igual os outros enfermeiros, e tentar se libertar disso... mesmo que isso custe sua vida.

O chefe dos enfermeiros desfez os botões da camisola padrão que todos pacientes usava. Ligou a aparelhagem que controlava os batimentos cardíacos do ômega, estava fraco. Suspirou mais uma vez, sabia que tentar o acordar com os choques para dar continuidade aos experimentos bárbaros não resultaria bem.

"Agora, Jason!" - mandou, e o enfermeiro acatou. Encostou as duas extremidades da pá no peitoral do paciente. A voltagem 10 fez seu corpo subir, mas caiu em um baque. Sem resposta. - "Ligue o desfibrilador, Oliver. Rápido" - gritou quando o corpo em cima da maquina começou convulsionar.

Os enfermeiros se apressaram na tentativa de tentar salvar o ômega. Mas já era tarde, seu coração não batia mais. Eles ficaram quietos. O doutor voltou pra sala, parecia zangado.

"Mais um?" - Coller acenou positivamente - "Droga. São todos fracos. Busque o alfa 001" 

O primeiro deles, e o mais forte.

Enquanto os enfermeiros retirava o corpo sem vida da cama, e saia da sala o Dr chamou pelo seu braço direito, este que não demorou em estar de frente pra si na sala.

"Quantos restam?" - perguntou impaciente pro seu comparsa.

"Que ainda respondem aos experimentos, doze. O restante deles, incluindo Malik, são apenas corpos quase sem vida já" - Seu melhor homem disse. - "Algo que eu possa fazer?"

"Quero que se desfaça desses corpos. Cada um deles, em tempos diferentes e países diferentes. Menos o paciente 001" - se referiu aos pacientes que já não eram úteis - "Esse alfa tem alguma coisa, ele é diferente"