72° A Revelação

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Jughead POV

-Enid, entenda.Não vou ficar correndo atrás dela.Quero na verdade que ela se foda pra bem longe de mim.- Reviro os olhos.

-Vocês dois estão me dando lombriga.ELA GOSTA DE VOCÊ SÓ QUE A FICHA NÃO CAIU AINDA.-Ela grita pondo a mão na cabeça.- SE É PRA SER ASSIM, DESENCANEM E CADA UM SEGUE SEU RUMO.MAS NÃO FIQUEM COM ESSE RABO ADOÇADO PELO AMOR DA MINHA CURTA PACIÊNCIA.

Abro e fecho minha mão pra ela.

-Vai a merda.

Acabo com meu sorvete.Algumas pessoas da sorveteria ainda nos olhavam pelo alvoroço da Enid.

-...alguém poderia me atender?Todo lugar que eu vou...-A voz feminina me soava tão familiar.Mas, como se eu a tivesse escutado a anos atrás.

Viro minha cabeça pra ver da onde vinha a voz.Meu olhar sobe pelas pernas sinuosas, o formato da anca, a cintura e os ombros.O cabelo negro caindo pelas costas.Ela batia impaciente no sininho do caixa.

-...Alguém?-Fala de novo.

Carl aparece com um pano na mão.Ele paralisa ao ver a mulher.Olho pra Enid e ela estava com a sobrancelha bem arqueada.

-Carl, é você?Eu não acredito.-Ela se debruça sobre o balcão e puxa o garoto de olhos arregalados envolvendo em um abraço.

-Que putaria é essa?- Eu e a Enid falamos no mesmo instante.

-Me solta doida, a gente nem era muito amigo.-Ele arruma a blusa.

A morena nos olha.A fuzi-lo com o olhar.Ela estava paralisada e o sangue havia sumido do seu rosto ao me ver.

-Jughead...

-Rebeka.-O ódio era reparado ao longe da minha voz.

-Para com essa cara de chupado.E pra você é Beck lembra?- Ela sorri passando a língua nos lábios.

-Eu não vou aguentar isso.-Coloco o dinheiro em cima da mesa.

Vou andando como não vim de carro.E é claro, ela me segue.

-Você ainda ta bravo?Puta que pariu, Jughead.Aquilo aconteceu a anos.Larga de ser rancoroso.-Ela revira os olhos.

Na Betty eu achava isso muito sensual.Mas nela...toda garota que revirar os olhos vai ser sensual.Eu nem devia pensar na Betty.Ela não me quer.

-Acontece que na época eu levava o nosso relacionamento a sério.-Coloco a mão no bolso.Pego um back e ascendo.

-Qual é, foram ingressos para o show do momento.E eu não pensei que você gostava tanto de mim assim.Mas no final você terminou comigo quando descobriu e eu não ganhei os ingressos.-Dá de ombros.-...Agora você fuma?

Graças ao Felipe.

-Eu não fumo, eu inalo substâncias tóxicas.É diferente.-Não vejo a hora de chegar em casa e tirar essa roupa de ontem.

-...Você ficou mais bonito...

Ela me olha de cima a baixo sorrindo.

-E você ficou exuberante em áreas bem expostas.-Sorrio.Ela arqueia a sobrancelha e sorri balançando a cabeça.

-Deu pra notar?-Ela segura os seios.-Antes era como caroços de azeitona.

-Ah eu lembro.E pra parecer maior, você colocava o sutiã da sua mãe e ficava ridícula por ele ser quase tão grande quanto sua cabeça.-Ela bate da minha cabeça rindo.

-Seu trouxa.E você que achava que não tinha testosterona por não ter barba.-Ela ri e eu Reviro os olhos sorrindo de canto.- Parece que agora aceitou isso.-Passo a mão no rosto sem sentir nenhum pelo.-Olha, pelo lado bom você vai ter essa cara de bebê pra sempre.

PRAZER FATAL° RiverdaleOnde as histórias ganham vida. Descobre agora