PRAZER FATAL° Riverdale

51° Eu só te suporto

(Mídia)

Fico sem entender nada.Minutos depois ele desce com a mochila que o Carl trouxe das câmeras e com o baseado na mão.Coloco a mão nos bolsos traseiros.Ok...

—Me ajuda a montar?–Ele diz mostrando a mochila.Concordo e entramos na cabana e ele fica de frente pra mim tirando as coisas da bolsa com uma mão.

Olho por alguns segundos seu baseado.–Você só tinha vinte gramas de maconha...já era pra ter acabado.

Ele olha pra sua mão e depois pra mim.–Pedi pra Enid trazer mais.

—Onde que ela consegue maconha?ou vai dizer que ela tem uma horta?

—É de um bastardo ai.–Pelo seu tom sei que não devo perguntar mais nada.

Pego um tripé e coloco uma câmera e ergo em um posição boa na janela entre as cortinas.Por estar um pouco escuro e só ser uma câmera normal,a imagem fica um pouco azulada.Faço a mesma coisa com a noturna o que agora dá pra ver bem melhor com imagens mais claras e esverdeadas.

—Jughead...você acredita na Enid?–Pergunto usando o binóculo olhando pela janela.

Na casa do Scott só tem uma luz alaranjada acesa,que seria a segunda janela dessa parte do corredor.Era a cozinha,reconheço pela geladeira e um armário em cima da pia ao lado.

—Ah eu não sei de nada.Foda-se.Cansei.Eu quero ir embora desse inferno de lugar.Nunca pensei que ia dizer isso,mas eu sinto falta do colégio.–Ele ri sem humor.O olho largando o binóculo.

—Eu também.–Sorrio fraco.Olho pro seu baseado de novo e passo a lingua pelos meus lábios por estarem secos.–Eu...posso...uma vez?

Aponto timidamente pro seu cigarro.Ele franze as sombrancelhas.

—Quer tragar?–Ele pergunta ainda não entendendo.–De porra nenhuma.

—E por que não?–Ergo uma sombrancelha.–Eu só quero experimentar.

—Olha aqui Elizabeth,isso fode seu pulmão e depois a sua vida.Nem queira experimentar.–Jughead fala sério e olha pela câmera.

—Jughead,eu só quero provar.Sentir como é...

—Eu começei assim.E agora eu to a três fodidos anos fumando.Nem fode.–Ele suga o ar quente do baseado e sopra pela janela.

Fico olhando pra ele.

—É uma vez só.–Digo calma e sem fazer escândalo.

Ele me olha sério.Qual é o problema de me deixar fumar só uma vez?não foi ele que disse pra eu viver a vida?além do mais,eu não ia ficar viciada que nem ele.

—Você vai dar um trago.Só isso.Nem um pouco a mais.–Sorrio.–Não puxa forte e nem rápido se não você vai se engasgar e morrer.Segura um pouco na boca e solta suavemente.

Ele chega mais perto de mim e me entrega o baseado já com o lado da boca virado.Pego.

Coloco a ponta que estava na boca dele e coloco na minha.Puxo devagar e seguro aquele ar quente e amargo na boca.Minha garganta começa a arder e eu solto suavemente a fumaça pelo rosto dele.

Devolvo.

—Nossa...–Olho pela câmera e a luz da casa ainda estava acesa.–Não foi tão ruim assim.

—Ah,não foi tão ruim.Nem vem que a maconha é minha, apesar que foi sexy você jogar a fumaça em mim.–Ele sorri e traga de novo.–Parece que você já é fumante.Esse devia ser o forte dos maconheiros.Você tinha que ver a Vanessa fumando pela primeira vez.Tossiu tanto que eu pensei que ia gospir as caralhadas dela.