Capítulo 2

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Alguns dias depois...

Deitado na cama após ler uma história para Jiwoo, meus pensamento viajam para longe, especificamente no meu pai. Algo me dizia que ele estava planejando algo contra mim e não é algo nada bom.

Já se passaram alguns dias desde a nossa briga e da visita do rei ao povo, a visita dele era sobre o comunicado que os impostos do reino teria uma taxa de diminuição, isso era algo bom de se ouvir. Mas os dias que passaram percebi a forma diferente que meu pai estava agindo dentro de casa. Sempre silencioso e estampando um sorriso maldoso nos lábios, rezo para que seja apenas impressão ou ilusões da minha consciência pesada. Deus, eu nunca o confrontei daquela forma, mas o pior para mim naquela discussão foi o estado emocional que fiquei depois – não é da minha natureza ser agressivo ou desejar o mal de alguém.

Tão submerso dentro da minha própria mente, só percebo minutos depois as vozes diferentes vindas da sala. Jiwoo dorme tranquila ao meu lado. Levanto-me com cuidado, cubro seu corpo com o lençol, beijo sua testa e deixo o livro da leitura da noite em cima da minha cama.

Curioso para saber o que está acontecendo na sala, pois, não somos de receber visitas, saio do quarto em direção ao cômodo à frente quando paraliso ao notar a figura no centro da minha sala, um tanto quanto familiar.

Franzo o cenho buscando na memória onde eu o vi, homem alto de cabelos castanhos avermelhados e rosto angelical. Olho para roupa simples que estou usando e no instante seguinte meus olhos se voltam para o homem alinhado demais para ser plebeu.

Espera aí, aquilo no paletó dele é o símbolo real?

Arregalo os olhos e dou alguns passos para confirmar a minha suspeita. Bingo, ele é o rapaz que vi na praça junto com o rei, o conselheiro. Mas o que faz na minha casa?

Só percebo que já me fiz presente na sala, quando as íris em tom de castanho escuro me encaram de volta. De imediato sinto o rubor tomar conta das minhas bochechas e desvio o olhar, desconcertado, por ter sido flagrado bisbilhotando a conversa alheia. O conselheiro dá um pequeno sorriso de lado e volta a olhar para os meus pais.

— Você tinha razão Hae, ele é belíssimo.

Encaro meus pais, confuso, pelo comentário tão solto e busco no olhar de minha mãe uma explicação, mas ela não me olha de volta.

— Obrigado pelo elogio, mas o que está acontecendo aqui? — meu olhar passa do conselheiro para minha mãe até chegar a meu pai. – O que você fez?

Minha mãe se levanta rápido e corre até mim, é nesse momento que noto o quanto seus olhos estão avermelhados e inchados.

— Querido... Desculpe-me. — ela toca meu rosto. — Não queria que isso estivesse acontecendo!

— O que está acontecendo, mamãe? — indago nervoso pela sua forma melancólica como fala comigo e pelo seu estado.

E, então, quando minha mãe abre a boca para se explicar, as palavras são ditas, mas não por ela e, sim pelo conselheiro do rei.

— Senhor Park Jimin, você é a nova propriedade do rei. – pisco os olhos sentindo-me letárgico e eu sei que o homem continua se dirigindo a mim, mas tudo parece estar em câmara lenta. – Senhor? – ele estala os dedos em frente ao meu rosto e eu volto direto para o pesadelo. – Peço que venha comigo, o rei está o esperando no palácio.

Propriedade?

Eu sou um garoto, um ser humano, não sou um terreno ou objeto para ser propriedade de alguém. Isso acontecia muito na época da escravidão, o que não é o caso de hoje e nem do estilo monarca.

Vendido Para o Rei - Versão JikookWhere stories live. Discover now