[CONCLUÍDA] Ser invisível não era uma novidade na vida de Jeon Jungkook, desde que nascera nunca tinha conhecido uma vida além daquela onde era completamente imperceptível e comum. Com olhos comuns e feição ainda mais normal, ele estava acostumado a...
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J u n g k o o k
Se um dia eu disse que algum poeta antigo estava errado sobre o amor ser o maior dos bens do universo, eu peço perdão.
Naquele pequeno instante, jurei a mim mesmo que ia ter uma reação comum e não muito exagerada quando me dei conta do que estava escrito no post it depois de ler quinhentas vezes. Mas... Eu meio que me excedi um pouco ao ir falar com Jimin que me esperava do lado de fora da casa de minha mãe. Não foi por querer que saí correndo e pulei nele, nos fazendo rolar na grama enquanto eu ria e dizia coisas desconexas para ele.
Mas eu acho que disse que o amava também.
No fim, nossa saída acabou nele sentado no balcão da cozinha enquanto eu fazia um curativo pequeno no seu joelho que a queda fez machucar.
— Eu sou romântico com você e é assim que me agradece? — Ele rompeu o silêncio enquanto eu limpava seu joelho.
— Me desculpa... Eu meio que não queria ter reagido assim. — Sussurrei, terminando de fazer o curativo e com um peso enorme de culpa no coração por tê-lo machucado.
— Eu só te perdoo se você ainda for me levar para sair. — Eu levantei meus olhos para ele, que sorria zombeteiro.
— Estou me sentindo culpado por ter te machucado, Jimin-ssi.
— Oh, pare com isso, JK. Eu estava brincando sobre aquilo, você estava feliz, só isso. — Ele pulou do balcão, me puxando pelo braço até a porta. — Vamos sair, por favor, por favor.
— Não...
— Vamos sair, JK!
— Não faz essa cara para mim, eu não vou ceder.
— Por favor. — Seus olhos começaram a ficar tristes e aquilo não era bom para mim.
Eu definitivamente sou um molenga quando se trata de Jimin, porque eu disse que não ia sair e depois de dez minutos estava dentro do carro com ele, saindo. Nossa última tarde em Daegu foi incrível, as praças ensolaradas e boa comida no meu restaurante favorito. Essa foi a parte mais fácil, talvez a difícil foi ter de dizer que eu precisava sair quando chegamos em casa, e ele não se importou, pois eu disse que iria ao banco. Só que eu não fui bem ao banco... Fui no estabelecimento ao lado, pelo menos a mentira fica menor, né? Então, depois de uma hora, voltei para a casa de minha mãe.
Pode parecer esquisito, mas eu acho que meu namorado tem a cabeça um pouquinho doida. Mas só um pouquinho mesmo.
