[CONCLUÍDA] Ser invisível não era uma novidade na vida de Jeon Jungkook, desde que nascera nunca tinha conhecido uma vida além daquela onde era completamente imperceptível e comum. Com olhos comuns e feição ainda mais normal, ele estava acostumado a...
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J e o n g g u k
Park Jimin vai ser sempre a pessoa mais surpreendente e linda que eu conheci. Tenho vinte anos e não vivi nem metade da minha vida, mas ele... Ele é tudo que nunca vou conseguir explicar em palavras justas o suficiente o que esse garoto significa para mim.
— Poxa... Achei que não ia me perguntar nunca, Jeongguk.
Eu nem sei como fui parar deitado no chão com seus braços me rodeando num abraço desajeitado, mas eu sei exatamente como o prometi em seu ouvido que não importa o que acontecesse, eu estaria lá para ele.
De qualquer forma, nosso momento foi interrompido pelo meu celular tocando, indicando que meu amigo já havia acordado e estava morrendo de fome. Então, segredando meu pedido de namoro bem sucedido, nós voltamos para o apartamento e à base de brigas, decidimos que Taehyung dormiria conosco. Só que conosco, indicou que dormiríamos os três na mesma cama, já que ninguém queria realmente dormir no sofá.
E nós tentamos, eu realmente tentei dormir, o espaço estava apertado e tudo mais, mas o que não me deixava em paz era a minha mente, meus pensamentos e falas prontas voando dentro de mim. Então, uma hora depois de deitarmos, desisti de pegar no sono, me esgueirei para fora da cama cuidadosamente e sem fazer barulho algum, fui para a cozinha preparar um chá ou qualquer outra coisa que me fizesse ficar ainda mais acordado, afinal, era sábado e eu ainda teria que trabalhar.
Quando coloquei o saquinho dentro da água morna, ouvi passos leves atrás de mim.
— Insônia? — Taehyung falou, se encostando no balcão, parecendo tranquilo.
— Algo assim. — Suspirei. — Quer um chá, também? — Ofereci, esticando o sachê, mostrando que faria para ele.
— Eu vou aceitar, hoje meu dia vai ser horrível, vou ter que lidar com a cena que fiz ontem. — Ele falou cruzando os braços. — Mas... há algo que eu possa fazer por você, JK?
Não respondi nada, apenas encolhi os ombros e continuei preparando o chá do meu amigo, sentindo meus pensamentos me sufocarem com força. Ele respeitou meu silêncio enquanto entregava a xícara para ele, enquanto tomávamos o líquido quente na calmaria do dia amanhecendo. Taehyung tomou seu chá lentamente, mesmo que estivesse notando minha agitação interna quando minhas mãos tremeram fortemente.
Coloquei a xícara na pia, suspirando fundo e passando a mão pelo meu rosto. Senti uma mão em minhas costas e soube que era ele no mesmo instante.
— Você sabe que pode me contar qualquer coisa, qualquer coisa mesmo.
O olhei de canto, sentindo tudo dentro de mim ruir, mesmo que eu soubesse que não tinha motivos suficientes para isso, sentia uma dor desconhecida em mim.
