• FOUR •

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Me aproximei da cama e sentei, olhando tudo há minha volta em silencio, por o que me pareceram longos segundos.

Levantei dando um leve suspiro e cruzando o quarto e indo em direção ao banheiro.

Abrindo a porta, entrei já tirando meu All Star preto e o deixando no chão.

O banheiro era muito espaçoso, tinha tudo que eu poderia vir a precisar.

Tinha uma linda banheira de marfim que provavelmente caberia dois de mim.

Mas a primeira coisa que prendeu minha atenção, foi o grande espelho onde vi meu reflexo atentamente.

Cabelos castanhos ainda pingando graças a chuva, lábios carnudos e rosados entreabertos, olhos pretos inchados e pele pelida um pouco avermelhada devido  ao choro recente.

Eu diria que não estou tão atraente como de costume.

Deixando de me olhar fui até a banheira, já abrindo a torneira para que a mesma pudesse encher.

Enquanto isso desabotou os botões da minha blusa e levo minhas mãos a barra da calça para poder  tirá-la e deixar ambos no chão.

Também tirei minha roupa íntima e já nu, passei uma perna de cada vez até estar dentro da banheira, onde recosto meu corpo que no momento parece pesar mais que o normal.

Respiro fundo e solto um longo e cansado suspiro.

Acho até que estou fazendo isso com muita frequência ultimamente mas deixo de lado, Minha cabeça dói tanto que parece que vai explodir.

No silêncio desse banheiro, me permito finalmente sentir minha dor.

Foi exaustivo ter que manter a postura de sucessor da família Park durante todo o velório do meu pai, principalmente quando ninguém me via há 3 anos.

Ter que receber falsos sentimentos de conforto de pessoas que para mim são praticamente estranhas, e só estavam lá por formalidades é cansativo.

Como filho único da família Park e sucessor dos negócios, já deveria ter me acostumado a ser rodeado por pessoas falsas que só se importam com títulos e dinheiro, mas nunca consegui, e naquele momento ter que apertar a mão dessas pessoas e sorrir forçadamente foi quase que insuportável.

Tudo que eu queria era chorar em um canto pela dor da perda, e agora eu finalmente posso.

As lágrimas que tive de segurar, já não podiam mais ser contidas. Juntei minhas pernas ao corpo e as abracei, finalmente chorando de verdade.

Soluçava igual a uma criança mas não me importava, tudo que eu queria era poder sentir a perda do meu modo, e assim o fiz.

Não sei quanto tempo fiquei ali, chorando e soluçando, mas quando parei a ponta dos meus dedos já estavam enrugadas.

Lavei o cabelo e tomei um banho demorado, para que meus corpo pudesse relaxar um pouco.

Sai da banheira me enrolando apenas uma toalha na cintura.

Decidi deixar para dar um jeito nas roupas molhadas depois e então sai do banheiro.

Novamente no quarto, olhei para a porta do closet e fui até a mesma já abrindo e entrando.

Minha primeira reação foi suspirar novamente.

Havia tantas roupa, e a maioria de marca conhecida como Gucci, Valentino e Chanel.

Eu não me importo com essas coisas, estranho usar essas roupas tão caras novamente.

No período que fiquei fora para frequentar a universidade, decidi que iria viver sem tantos privilégios. Então omiti o fato de ser rico de todos a minha volta, vivi como uma pessoa normal, que usa roupas normais e trabalha em um lugar normal.

Eu entrei com uma bolsa de estudos em uma das melhores universidades da Inglaterra, mesmo obviamente podendo pagar.

Eu queria saber como era ser normal e sinceramente foi ótimo não ser cercada por interesseiros.

Ver todas essas roupas, me fez lembrar que esse foi um dos motivos para eu ter partido.

Voltando a analisar as roupas, decidi escolher por uma calça de moletom preta e uma blusa branca simples, que foram encontradas depois de procurar por um certo tempo.

Já vestido, sai do closet e voltei ao banheiro com a intenção de pegar as roupas molhadas que ainda está no chão, e poder finalmente sair no quarto.

Andei pelo corredor até chegar a escada que desci chegando na sala, como as roupas estavam pingando no chão, descido ir pela área de serviço até a cozinha e poder chegar na lavanderia, mas me surpreendo ao ver que tem alguém na cozinha e não é Jungkook.

Um homem que está se costas para mim.

— Olá? – Ele se assustou dando um pulinho e virando para me encarar. Por um segundo fiquei chocado, ele é tão... bonito.

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Oi dnv, tudo bom?
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Até logo.

Um Mordomo Excepcional.  JJk+PJmWhere stories live. Discover now