Capítulo trinta e sete

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Perigo. 🔫

Marquin: Perigo? Que surpresa meu amigo.

Caminhei devagar por aquele beco e apontei minha pistola em sua direção. Ele gargalhou e logo depois me olhou com a sobrancelha arqueada. Em um movimento brusco, ele colocou Naiara na sua frente e encostou sua arma na cabeça dela. Naquele momento, ela nem ligava mais, seu estado era deplorável.

Os hematomas espalhados pelo seu corpo eram mais que perceptíveis. Seus olhos estavam roxo e seu rosto completamente coberto de sangue. Naiara não se aguentaria em pé se Marcos não estivesse segurando a mesma. Meu coração tava apertado e parecia que a qualquer momento eu iria explodir.

Eu só queria tirar ela dalí.

Marquin: Vai, atira em mim logo, seu filho da puta. Atira. - Ele disse e foi chegando para trás. - Atira em mim que sua princesinha também morre.

Perigo: Como tu pôde nos trair dessa forma, Marcos? - Balancei a cabeça. - Seu cuzão do caralho! Tu é digno de pena.

Marquin: Eu nunca fui da facção de vocês, Diego. Desde o primeiro momento eu só queria me aproveitar de cada um de vocês. - Gargalhou. - Mas no meio do meu plano, eu infelizmente perdi o controle. Eu me apaixonei! Me apaixonei, Perigo! Tu acredita nisso? Essa mulher roubou meu coração. - Ele disse e beijou a cabeça de Naiara que chorava copiosamente.

Perigo: Eu vou acabar contigo seu filho da puta! - Rosnei e ele sorriu.

Marquin: Por que está lutando por alguém que não te ama? - Ele apertou a bochecha da Naiara. - Fala para ele amor, fala que tu me ama! Que nós temos planos para nós.

Naiara balbuciou. Seus olhos minavam lágrimas.

Naiara: Eu... Eu o amo, Perigo. - Ela murmurou. - Eu me apaixonei pelo Marcos.

Perigo: Eu não acredito em tu, não mesmo! Eu vejo no teu olho um pedindo de socorro. - Eu gritei, ela mordeu os lábios.

Naiara: Você está louco, Diego! Eu só estava te usando. - Abaixou a cabeça. - Se você realmente me ama e não quer me ver morta, nos deixe ir. - Tossiu. - Será melhor para nós dois.

Perigo: Você não seria capaz de arruinar o resto da sua vida ao lado de um desgraçado. - Balancei a cabeça.

Encarei ela nos olhos. Ela piscou demoradamente e sussurrou um "Atire nele". Eu apenas assenti.

Perigo: Qual a garantia que eu tenho que você não vai me fuder se eu deixar vocês irem, Marcos? - Perguntei.

Marquin: Tu tem a minha palavra. Eu não ligo mais para grana, Diego, meu maior presente está nos meus braços agora. - Ele disse sorrindo. Minha vontade era voar em seu pescoço.

Perigo: Tua sorte é que eu não sinto nada por essa vagabunda. Pode ficar com ela e some daqui, filho da puta. - Ele assentiu, Naiara arregalou os olhos.

Marquin: Eu sabia que tu iria fazer uma boa escolha. - Balançou a cabeça. - Não seja burro igual a mim. Tenha seus negócios acima de tudo, não envolva sentimento, isso só te fode.

Perigo: Aproveita enquanto é tempo e saia dessa favela, fica esperto.

Marquin: Tô ligado. - Ele arqueou a sobrancelha. - Mas antes de eu ir, deixe a pistola e o fuzil no chão. - Ele disse. Filho da puta.

Tirei a pistola da cintura e a fuzil das costas. Joguei elas no chão.

Marquin: Agora chuta . - Engoli seco e chutei.

Marcos andou com Naiara rapidamente e logo sumiu do meu campo de visão. Peguei meu radinho.

Perigo: Se liga, Marcos está saindo pela rua três. Provavelmente ele vai tentar fugir pela mata, atividade nesse caralho.
BG: Coe Perigo, Nem aqui! Pode deixar que eu resolvo isso pessoalmente.

Em seguida Nem desligou. Peguei minhas armas rapidamente e corri para tentar alcançar o desgraçado.

Naiara🎀

Eu mal me aguentava em pé. Marcos me arrastava sem um pingo de dó, mas eu não esperava nada dele, nenhuma compaixão. Ele realmente é doente e precisa de ajuda psicológica.

O meu corpo doía, ele me arrebentou quando me encontrou. Mas admito, que a dor física nem se comparava a da minha alma. Nada se comparava a quanto estava destroçada por dentro. Eu só destruo o que toco, em todos os sentidos. Infelizmente eu cheguei ao meu ápice. Já não tenho mais forças para lutar e o medo de morrer já não é maior.

Quando eu estava fugindo, Marcos me fez prometer que eu ficaria com ele, em troca ele não faria nada com a minha família e com Perigo.

Claro que eu aceitei, ser corajosa nunca foi meu forte. Sempre optei pelo que é melhor para quem eu amo sem pensar nas consequências para mim, isso sempre foi o meu dilema, não deixar as pessoas que eu amo se machucarem e  muito menos decepciona-las.

Farei o que for preciso sempre para que a minha família venha em primeiro lugar. Eu dô tudo que tenho, até minha própria vida para vê-los em paz. E não me importa perder nada!

Depois de ver Perigo praticamente me "dar" para Marcos, todas as minhas esperanças morreram. Me destruiu, acabou comigo. Fez meu coração se despedaçar lentamente.

Marquin: Anda rápido porra. - Ele gritou.

Olhei para Marcos e ajoelhei. Cuspi o sangue que minava na minha boca no chão. Ele me encarou com ódio.

Naiara: Me mata agora, Marcos. - Eu disse. - Me mata de uma vez por todas! - Solucei. - Eu não aguento mais. Eu não quero mais viver, eu já estou morta por dentro. Acaba com isso tudo de uma vez por todas.

Marquin: Tá maluca porra? Não fala isso Naiara. Não fala meu amor! A gente se ama, lembra? - Ele ajoelhou na minha frente e fez carinho no meu rosto. - Nós temos um futuro pela frente. - Eu gargalhei.

Naiara: Futuro? Como eu poderia ter um futuro com um cara que eu odeio? Eu prefiro morrer torturada do que ter que olhar na sua cara todos os dias. - Olhei dentro dos seus olhos. - Eu tenho nojo de você, seu imbecil.

Senti seu tapa estalado em meu rosto. Derramei minhas lágrimas.

Naiara: Ninguém nunca vai te amar, Marcos. Você é asqueroso, você me dá medo! - Marcos apertou minha bochecha me fazendo encara-lo.

Marquin: Você é uma ingrata do caralho. Eu nunca quis que tudo terminasse assim. - Balançou a cabeça. - Mas se seu futuro não é comigo, ele não irá ser com mais ninguém.

Ele levantou e destravou sua arma. Ele apontou a mesma em direção a minha cabeça. Derramei algumas lágrimas e fechei os olhos.

Naiara: Me perdoe por tudo Senhor. Pelos meus pecados, guarde a minha alma. - Sussurrei com o coração acelerado.

Ouvi o impacto e soltei um grito ao sentir algo pesado caindo sobre mim. Abri os olhos e vi meu corpo sendo tomado pelo sangue da cabeça de Marcos. Empurrei o mesmo de cima de mim e vomitei.

Olhei para onde veio o disparo. Nem me encarava sério, logo ele fez um sinal com a cabeça e alguns homens me imobilizaram.

Tentei me soltar mas era impossível, eles eram extremamente fortes e experientes.

Nem: Quero que vocês levem essa piranha para o desenrolo. - Eles assentiram e me colocaram dentro de um carro preto.

O caminho para o alto do morro foi silencioso. Eu não conseguia pensar em nada e muito menos falar. Eu entrei em estado de choque. Saímos do carro e eles me empurraram até um barraco.

Ao entrar no mesmo, senti meu nariz arder. Alí tinha cheiro de podre. Meu corpo tremeu ao ver Nem com uma faca nas mãos.




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bjosssss. 🥰

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