21. PhotoSHOOK

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As fotos para o projeto estão sendo feitas. Algumas em estúdio. Outras no campus onde vai ser filmada a série.

Ao ver Perth Tanapon usando o uniforme azul e branco de futebol, Mean Phiravich entendeu a razão de Saint Suppapong estar tão encantado com o Nong dele. O menino moreno é atraente de uma forma proibida. Sua pele é contrastada pela parte branca do tecido e realçada pela azul.

Mas nada se comparada à combinação perfeita de Plan Rathavit e uniforme universitário. Mangas compridas desabotoadas para combinar com o jeito desleixado de Can. Calça social preta apertando as coxas que Mean tão bem conheceu e desejou em cima de si.

Na sessão com os oito protagonistas. Ukes sentam enquanto semes ficam em pé atrás deles.

Plan faz bico mal humorado e fofo apoiando o punho no queixo. E a perna sobre sua bola de futebol, melhor dizendo, a bola de futebol de Cantaloupe.

Ele é o único que troca de roupa entre os dois.

Mean usa a mesma camisa, calça e gravata em ambas as locações. Enquanto Plan usa tanto o uniforme universitário quanto o esportivo no estúdio fechado e, a céu aberto, o esportivo.

New Siwaj mostra onde e como ele deve segurar o rosto de Plan. E eles precisam manter esse contato por longos minutos.

Não é como se eles não estivessem acostumados.

Mas ambos estão maquiados e o perfume da maquiagem exala fortemente.

Sem muito esforço, Mean mantém as miradas latinas de gavião. Ele sabe que está dentro e fora do personagem ao mesmo tempo. E para sua própria sanidade, prefere fingir que não existe nada dele mesmo nessa atração.

Pois já cansou de negar a si mesmo que tenha mais atração por aquele baixinho que células no corpo.

Ao menos por àquelas horas ele vai conseguindo manter o convencimento pessoal.

Até que...

Plan Rathavit produz risinhos frouxos entre um descanso e outro. Quando o diretor permite a eles respirarem e alongarem os músculos. Não tem nada demais nisso. Ele está tentando descontrair, não?

Talvez Mean Phiravich Attachitsataporn seja apenas o rei da desconfiança. Ou ele pode jurar que aqueles sorrisos não são desinteressados.

"Seduzir-me? É assim? O personagem não faz isso. E mesmo se fizesse, por que não o faz na hora do clique?"

Mean está perdendo a noção de onde termina a ação e começa o delírio.

E a conclusão é que nada tem a ver com a nostalgia por aqueles lábios, pescoço, cabelos sendo explorados pelos seus lábios que estão secos, mesmo parando constantemente para beber água através do canudinho na garrafa oferecida pela assistente.

Ele não somente sente saudade.

Ele sabe que se dele não tivesse provado, estaria na mesma situação. O antes foi o antes. E no presente ele (re)descobre que a tentação em forma de atração é uma bigorna em seu pescoço. Que o impulsiona a baixar-se e devorar todos os fios da teia, juntamente com quem a teceu em tons aleatórios. O caleidoscópio psicodélico do desejo.

(...)

- Temos o suficiente aqui, pessoal!

Anuncia New à equipe.

"Santo alívio"

Mean pensa.

- O que vamos comer?

Um assistente pergunta a outro.

- Desta vez eu decido. Da última, você me levou àquele lugar horrível que fedia a chulé.

- Dependendo da fome, eu até encaro um bife a chulé.

Plan brinca.

- Vocês me esperam? Eu me troco rapidinho e podemos ir.

- Ok, na.

Fala um.

- Chai, krap.

O outro concorda.

Plan se troca no camarim. O uniforme já estava assando nele. Veste uma regata branca com estampa de bichinho e o jeans de lavagem clara. Coloca uma bala na boca para distrair a fome. Transpassa a mochila ladeada e vai ao banheiro. Pois não sabe quanto tempo eles vão levar para encontrar um lugar que agradasse o exigente P'Payot, um dos assistentes mais confiáveis de Phi New. Renova o uso do desodorante perfumado, pois havia suado.

Ele não é de usar perfume, mas faz questão de desodorantes. Alguns fatos o fizeram parar de apreciar perfumes muito marcantes.

Chega ao banheiro do primeiro piso do prédio. Faz seu xixi. Olha-se no espelho enquanto lava as mãos. E ouve alguém entrar.

- Ah. Sumiu você.

Fala secando as mãos na própria calça.

- Esteve me procurando?

Mean pergunta avaliativo. Avaliando-o. Aproximando-se dele.

- Não... É que... Não deu tempo nem de se livrar do figurino? O quê...

Plan sente-se ser puxado e a contragosto levado para dentro de uma das cabines. Onde sem ter tempo nem para reclamar, tem sua boca consumida.

Mean o prensa contra a parede e segura seus braços para não haver fuga.

Não é como se Plan quisesse isso. Mas também não é algo que consiga evitar. Um verdadeiro beijo de causar excitação imediata.

Ele está em choque. De repentino desejo de ser ainda mais consumido.

(W.EngVer)MYIO: Era LBCHikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin