Anjo Compreensivo

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continuação..

J - Eu tenho uma filha!.

Ponto de vista - Michael.

M - O que? - Pergunto com olhar de perplexidade, até pensei ter ouvido errado.

J - Eu tenho uma filha, ela tem 5 anos. - Diz olhando pra mim. Passo alguns segundos a olhando completamente passado com o que eu havia acabado de ouvir.

M - Não, kkk.. Cê tá brincando, só pode.

J - É sério!.

M - Como assim, você tem uma filha Jéssica? - Digo me levantando da cama.
Como você nunca falou dela? Como eu não a conheço?

J - Você a conheceu!
Senta aqui por favor.

M - Não, eu não quero sentar, eu tô processando essa informação. - Passo alguns segundos em silêncio andando pelo quarto.

Que tipo de mãe é você? Que tipo de pessoa é você? Esconder um filho?

Como você não me contou que tinha uma filha Jéssica?

Sobre o que mais você mentiu?

J - Michael, calma, eu posso explicar. - Diz se levantando..

(Como ela pode esconder uma coisa como essa, isso não é o fim do mundo, porque ela escondeu isso?)

M - Pra falar a verdade eu nem sei se eu consigo acreditar em alguma coisa que você diga a partir de agora. - Digo com raiva e ainda andando pelo quarto.
Então, ela me puxa pelo coes da minha calça e me joga na cama.

M - Ficou maluca? - Digo assim que ela me joga na cama, e tento me levantar, porém ela não deixa.

J - Você vai ficar sentado ai e vai ouvir tudo que eu tenho pra dizer!

Você sabe melhor que ninguém, que não se deve tirar conclusões precitaptadas a respeito de alguém antes de saber tudo oque aconteceu.

Então, senta ai, cala a boca e me escuta! - Diz em pé, em tom sério, e olhando fixamente em meus olhos.

Eu respiro fundo e logo a respondo...

M - Ok, então fala. - Ela se senta ao meu lado e começa a falar..

J - Eu faço parte de um Projeto Social da Tailândia.
E, a alguns anos nós fomos com um grupo de voluntários participar de umas ações sociais em Moçambique.

Nesta época eu ainda estava noiva, e ele foi para lá comigo, alguns médicos do Instituto Klausman também foram.

Um dia nos estávamos em uma aldeia e eu ouvi um choro fraco de criança, então o Vinícius e eu fomos procurar, para ver o que era e foi quando eu a encontrei...

(Espera, tenho a impressão de que conheço essa história.)

Faço uma cara de quem estava começando a entender, porém ainda estava incrédulo, e ela continua a falar.

... Ela estava em um buraco, tinha mais ou menos 1 ano de idade, não abria os olhos, não respirava direito, não havia aprendido a falar ainda e nem a andar, suas perninhas estavam tortas e ela não comia a dias.

Imediatamente nós a levamos para o hospital mas próximo, porém eles não possuíam recursos para fazer muito coisa. Foi quando decidimos leva-la ao instituto.

The King And LionheartWhere stories live. Discover now