How to Fix a Broken Heart ~ •Muke•

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— Se sente que pode ser vulnerável? Ter uma crise perto dele e não ter medo dele cair com você? Confiar nele para chorar porque você sente que é pesado?

Respirei fundo. Esse assunto era sempre discutido durante as consultas. Luke mês passado teve uma crise terrível e eu simplesmente entrei em pânico. Odiava ter sido fraco a esse ponto, mas eu também não havia tido um dia bom, e a sua crise me causou uma crise por eu não saber o que fazer. Ele me perguntou se eu estava bem e eu disse que sim, mesmo sabendo que eu estava péssimo. Quando ele soube, acho que nunca me senti tão triste como quando vi seu rosto decepcionado. Havíamos uma promessa de não omitir e nem esconder nada dessas coisas, porém, eu acabei não fazendo isso.

Mas o problema é que uma coisa é agir a distância, outra é praticando todos os dias, tendo que mostrar que pode, e muitas vezes eu posso, mas tem vezes que eu não consigo. É humano e infelizmente não posso deixar essa parte.

— Sinto que é mais fácil a cada dia. — Respondi. — Ele me deixa ver seu lado ferido, e ele sempre viu meu lado ferido, talvez não completo, mas via, agora, sinto que é necessário para nosso relacionamento e para o nosso relacionamento com nossos amigos, sabe. Confiança é a base de tudo.

— Não está falando isso para me enganar, não é Clifford? Saiba que eu te conheço muito bem, estamos a quase um ano trabalhando juntos. — Ela não falava a palavra consulta ou eu estar me consultando com ela, mas sim trabalho. Um trabalho onde éramos parceiros e ela me auxiliava e eu a auxiliava, pois segundo ela, não há resultados se não houver participação de ambas as partes. Já disse que admiro uma mulher hoje?

— Não Joan, eu estou sendo sincero. Tenho medos, mas estou falando a verdade. Eu o amo e tento ser o mais sincero e justo que posso, não temos um relacionamento amoroso, mas temos afetivo. Ama-lo também significa ser vulnerável.

Seu lábio repuxa em um sorriso discreto.

— Que bom então.

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— As vezes, eu só queria poder dormir e não acordar nunca mais. — Luke praticamente chorava frustrado recostado no banco do passageiro ao meu lado no carro enquanto procurava uma rádio decente. — As apresentações de trabalhos estão chegando, seu aniversário está chegando, a cirrose do meu pai atacou de novo e os remédios estão mais caros, Jack está sendo o idiota de sempre dizendo que eu fui ingrato e o abandonei no trabalho. São coisas demais.

Luke tem essa energia de falar e falar sem se cansar e puxar todos para ter sua atenção. O ouvia com toda a atenção que eu poderia ter enquanto dirigia.

— O menos importante na sua lista é o meu aniversário com toda a certeza. — Mantinha o olhar na estrada. Depois da morte de meus pais eu simplesmente comecei a ignorar algumas datas, incluindo meu aniversário. Não havia nada que me deixasse animado nela, era só um lembrete que eu estaria mais velho. — E do restante, você sabe que no que eu puder eu vou te ajudar, nem que seja passando a noite em claro te ajudando montando slides no PowerPoint, ou, o que eu faria de qualquer maneira, mandando seu irmão se foder.

— Momentos como esse que queria ter feito música ou fotografia como eu queria inicialmente. — Franzia o cenho e matinha um bico formado com os lábios. — Você parece que vive em uma eterna brisa, totalmente relaxado, nem parece que tinha mais coisas que eu ainda para fazer.

— Eu me consultei com a Joan hoje, por isso estou calmo. — Dei de ombros. — Ela me ajudou bastante com algumas coisas, se você me visse de manhã, acharia que eu nem dormia mais.

— Queria ter esse dom.

— Você tem, mas de forma diferente.— Dei de ombros. — Ainda não vou esquecer da semana passada, você tentando fazer macarronada.