Passado alguns minutos Harry estacionou seu carro em frente a um grande edifício e desceu comigo. Fotógrafos nos cercaram e logo senti a mão do rapaz na minha me guiando através dos falshes quando fechei os olhos devido a claridade, depois de alguns segundos notei que tínhamos saído de toda multidão e quando abri os olhos já estávamos dentro do hall do prédio.

- Me desculpe por isso. – disse enquanto esperávamos o elevador.

- Harry, está tudo bem. Não é como se você pudesse controlar isso. Fico apenas preocupada com o que irão pensar de você... com uma garota como eu. – olhei para baixo olhando para as minhas roupas velhas e então notei que sua mão ainda segurava a minha. Harry seguiu meu olhar e as soltou como se não tivesse notado ainda que a segurava. Antes que ele pudesse abrir a boca para responder o elevador abriu e entramos no mesmo. E parece que ele desistiu de falar alguma coisa.

Harry tinha uma reunião no mesmo prédio, me deixou na sala que eu iria encontrar o Nate e seguiu para a sua. Logo Nate apareceu se apresentando como Nathanael. Ele era da altura de Harry, tinha os cabelos loiros e olhos verdes. Ele era muito atraente. Conversamos em torno de uma hora, Nathanael que pediu que eu o chamasse de Nate, perguntou das minhas outras experiencias, e explicou o que eu faria. Eu iria auxilia-lo com a agenda de Harry, seus eventos, e tudo que envolvia a imagem do cantor.

- E então, você terá que ter um horário mais flexível e estar disposta a viajar. Quando eu não puder atender Harry você que vai. Tudo bem para você? – perguntou pegando algumas folhas que estavam guardadas na pasta preta que ele trouxe consigo para a sala. – E vamos ao que interessa. Você irá receber esse valor. – apontou para os números no papel. – e no fim do ano esse bônus. Além de plano de saúde e seguro de vida que Harry insiste que seus funcionários tenham.

Tive que me controlar para não me engasgar diante o valor a minha frente. Era basicamente mais de três vezes o que eu recebi durante seis meses trabalhando como garçonete. E esse valor era mensal.

- Só preciso de seus documentos e sua assinatura aqui. – apontou para o fim da folha e me entregou uma caneta. Coloquei meus documentos na mesa e peguei a caneta um pouco receosa. Isso iria mudar minha vida. - E nessa aqui também. – Mudou de folha e eu assinei novamente. – Elizabeth, essas são as suas vias do contrato. – estendeu para mim algumas folhas que peguei rapidamente. – e bem-vinda a equipe. Você começa na segunda que vem. – Estendeu sua mão levantando e eu apertei a mesma sorrindo.

- Muito obrigada pela oportunidade. – disse ainda extasiada com tudo que estava acontecendo. Nate sorriu e logo saiu da sala enquanto eu arrumava os papeis em minha bolsa.

Sai no grande corredor do prédio de luxo e percebi que estava perdida. Sabia que Harry tinha uma reunião no mesmo andar que eu, então comecei a procura-lo. Depois de dobrar em alguns corredores, vi Harry dentro de uma sala. Ele estava sozinho e estava sorrindo enquanto falava com alguém no telefone. Abanei assim que ele me avistou e ele fez um sinal para que eu esperasse um pouco. Depois de alguns minutos ele saiu da sala.

- E então? – perguntou ansioso.

- Faço parte da equipe de Harry Styles. O quão aleatório isso é? – ri e Harry me abraçou me pegando de surpresa. Retribui o abraço sorrindo. – Muito obrigada, por tudo. – disse ainda no seu abraço e ele me apertou mais logo me soltando.

- Temos o dia livre, o que gostaria de fazer? – fomos andando em direção aos elevadores.

- O que sugere?

- Comida. Estou morrendo de fome, e você? – concordei com a cabeça. – Depois podemos... não sei. O que você tem em mente?

- Bom, eu diria para darmos uma volta na cidade, eu nunca consegui conhecer muito bem. – dei de ombros. – mas provavelmente não estaríamos sozinhos. – apontei para os fotógrafos de plantão na frente do prédio enquanto íamos em direção a mesma.

- Nós sabemos o que acontece aqui. Hoje você vai conhecer Londres. – sorri ao escutar a frase que eu havia lhe dito.

Almoçamos em um restaurante italiano que Harry não parava de elogiar um segundo sequer. Ele fez questão de escolher meu prato e novamente dividimos a sobremesa. Estava virando uma coisa nossa. Contei a Harry que nunca havia ido na London Eye e logo estávamos a caminho dela. Como era segunda a tarde, mal tinha movimento, a não ser de alguns turistas e alguns fotógrafos que nos perseguiam desde o restaurante. Harry conseguiu uma cabine apenas para nós dois e a cada segundo eu estava mais encantada com tudo.

- É simplesmente perfeito. – sussurrei encostando no vidro que estava entre eu e a maravilhosa vista de uma Londres nublada.

- É mesmo. – Ele me olhava.

- Obrigada por me trazer. Obrigada por tudo na verdade. Espero compensa-lo por tudo que está fazendo por mim um dia. – me virei para ele.

- Você não precisa agradecer. Nada disso é um favor. Você merece e eu quero ajudar. Você pode não perceber, mas é uma pessoa incrível, Elizabeth. – ele se aproximou. – Espero poder ajuda-la ainda mais e mais. – colocou sua mão em minha bochecha e fez um carinho na mesma.

- Eu não mereço nada disso. Você não precis...

- Eu preciso. – me interrompeu ainda com a sua mão me acariciando – Eu tenho tudo que alguém poderia ter, e mais. Eu quero poder dividir com você. E se alguém merece, é você. Olha tudo que você passou, e não desistiu, nunca. Eu não te conheço a muito tempo, e talvez não o suficiente, mas eu sinto orgulho de você, Liza. Nunca pense que está me incomodando ou que não merece. Bater em seu carro foi a melhor coisa que me aconteceu em meses, pois tive a chance de conhecer você.

- Harry, eu... – sorri diante as palavras dele sem saber o que falar. Ele me abraçou pela segunda vez no dia e então eu senti as lágrimas que eu nem sabia que estava segurando molharem seu moletom. Ele se afastou um pouco apenas para olhar em meus olhos enquanto ainda me segurava diante toda Londres.

- Eu não posso me apaixonar por você. – sussurrou e então antes que eu pudesse dizer algo ele desfez nosso abraço. – Eu não quero machucar você. E não quero que isso seja como todas as outras vezes. Eu não posso me apegar. Não posso passar por isso novamente. – suspirou fechando os olhos enquanto segurava a barra da cabine. – É absurdo... eu não consigo para de pensar em você. – me olhou. – Pensar como existe uma pessoa tão humilde, atenciosa... tão linda em todos os sentidos que existem. Porra.

- Harry, olha pra mim. – parei o homem que andava de um lado para o outro e segurei seu rosto. – Você pode se apaixonar. Pode se apegar. Você pode ser feliz. Você merece tudo que o mundo tem a oferecer de bom. Não deixe que os outros estraguem o que tem dentro de você. Eu só acho que... – o soltei indo em direção a ponta da cabine ficando de costas para ele e vendo Londres inteira. – Eu não sou a garota para você. 




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Oi, meus amores! Espero que tenham gostado desse capítulo. Comentem e me digam o que acharam. 

Obs: Estou com uma fanfic nova, também sobre o Harry. Está no meu perfil, deem uma olhadinha, vocês não vão se arrepender! 

THE CAR - H.S PTWhere stories live. Discover now