Capítulo 6

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Já se passaram mais de duas semanas desde o aniversário da Caroline

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Já se passaram mais de duas semanas desde o aniversário da Caroline. No dia seguinte ela me devolveu as vasilhas da minha mãe e pediu que eu a agradecesse mais uma vez pela ajuda, o que a fez ganhar ainda mais pontos com a dona Júlia.

Depois disso, eu decidi me manter afastado dela, não dando tanta liberdade, pois percebi que ficar muito próximo dela desperta em mim coisas que eu prefiro evitar, como naquele episódio na cozinha.

Mulher nenhuma mexeu comigo como ela mexe e isso me dá medo. Eu sinto que também mexo com ela de alguma forma, pelas reações que tem perto de mim, mas eu não posso permitir que ela crie expectativas pelas quais não tenho condições de corresponder.

Nesses últimos dias notei que ela está tentando se aproximar de mim, mas eu sempre dou um jeito de me esquivar sem ser grosso com ela. Só espero vencê-la pelo cansaço e que ela desista de mim. Vai ser melhor por agora. Já cheguei à conclusão de que não dá para sermos simples amigos, então o melhor é não criar nenhum tipo de relação.

Nas últimas semanas, aconteceu de tudo por aqui. Ela já trombou comigo algumas vezes, já me alfinetou em outras. Em alguns dias eu só quis mandá-la sumir da minha frente, mas me contive para não perder a cabeça. Ela sempre está no meu caminho, mesmo que não queira. Por onde eu ande nessa empresa, eu me esbarro com ela.

Porque ela simplesmente não me deixa em paz?

Parece que quanto mais eu tento fazê-la se distanciar de mim, pior fica. Já disse que essa empresa é do tamanho de um ovo?

Por Deus, estou ficando louco!

Afasto esse pensamento e me concentro na máquina que está na minha frente, onde estou trabalhando na recuperação de arquivos perdidos. Já estou na metade do processo e preciso finalizar isso hoje, pois o cliente vem buscar daqui a algumas horas.

Ouço uma batida na porta e logo ela se abre, entrando uma Caroline toda sorridente, o que não é nenhuma novidade. Hoje estou sozinho na sala, pois o Marcão foi fazer um atendimento externo e eu não sei se vai sair alguma coisa boa daqui.

— Trouxe café para você. — Ela sorri para mim enquanto se aproxima, mas antes de chegar ao seu destino, ela tropeça e a tela do monitor à minha frente se apaga.

Ah, não...

— Porra, Caroline! — Eu resmungo e esfrego as mãos no rosto sem acreditar. Vou ter que começar tudo de novo. Meu Deus!

Ela arregala os olhos e seu rosto fica vermelho.

— Desculpa, Diogo! Foi sem querer. Eu fui à cozinha buscar o café, lembrei que você gosta e...

— Está bem, está bem... — Gesticulo com as mãos, dispensando seus argumentos. Estou me segurando muito para não explodir com ela.

De todas as vezes que ela esteve no meu caminho, essa, definitivamente, foi a pior.

Imperfeito para você [DEGUSTAÇÃO]Where stories live. Discover now